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Lula entrega indenizações a moradores de "prédios-caixão" de Pernambuco
Presidente Lula entrega "cheque-esperança" durante cerimônia de cumprimento do acordo-base relativo aos “prédios-caixão” - Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira, 2 de julho, da cerimônia de assinatura de acordos indenizatórios de moradores dos chamados “prédios-caixão”, em Recife (PE). O Governo Federal vai investir R$ 1,7 bilhão no ressarcimento a proprietários que receberão indenizações de até R$ 120 mil por apartamento — valor quatro vezes superior ao que era pago antes. Cerca de 14 mil famílias são proprietárias ou ocupantes de apartamentos em 431 prédios interditados e com risco iminente de desabamento na região metropolitana de Recife.
“Quando o Estado está preocupado em ajudar a resolver os problemas das pessoas, não existe problema que não seja resolvido. Eu acho que essa combinação perfeita entre a Advocacia-Geral da União, a Caixa Econômica Federal, a governadora do estado e as empresas de seguro da própria Caixa demonstra que não precisava o povo ter esperado 30 anos para receber a sua indenização”
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
“Quando o Estado está preocupado em ajudar a resolver os problemas das pessoas, não existe problema que não seja resolvido. Eu acho que essa combinação perfeita entre a Advocacia-Geral da União, a Caixa Econômica Federal, a governadora do estado e as empresas de seguro da própria Caixa demonstra que não precisava o povo ter esperado 30 anos para receber a sua indenização”, ressaltou o presidente Lula ao entregar as primeiras indenizações chamadas “cheque-esperança” a beneficiários.
Os vícios de construção dos prédios ocasionaram várias tragédias em cidades de Pernambuco. Desde 1990, ocorreram 20 desabamentos com dezenas de mortos. Só no ano passado, foram mais de 20 mortos em desmoronamentos em prédios na Grande Recife.
“É um histórico de drama do estado de Pernambuco. Foram construídos, durante anos, prédios que não tinham a capacidade construtiva necessária para abrigar milhares de famílias. Muitos caíram, infelizmente, muitas famílias perderam suas vidas. Não há dinheiro que apague a cicatriz das perdas de vidas que nós tivemos, mas hoje nós estamos aqui honrando a vida das pessoas que se foram e as famílias que ficaram, fazendo um acordo justo”, declarou o advogado-geral da União, Jorge Messias.
A União também vai inserir as famílias no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e transferir os imóveis ao estado de Pernambuco, que vai realizar a desocupação dos prédios. Após a demolição, vai destinar os terrenos para utilização pública ou social, com auxílio do Ministério das Cidades.
“Essa tragédia está sendo reparada por um acordo que certamente não trará o alento das famílias, mas trará de certa forma aquilo que o senhor tanto preza que é a justiça social”, afirmou o presidente da Caixa, Carlos Vieira, que também pediu um minuto de silêncio em honra das pessoas que perderam suas vidas.