Notícias
RELAÇÕES EXTERIORES
Lula e vice-ministro das Finanças dos Emirados Árabes Unidos debatem relações comerciais entre os dois países
Al Hussaini comentou, durante o diálogo com Lula, que, no último ano, o comércio entre Brasil e Emirados Árabes Unidos cresceu 42% - Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro, com o vice-ministro das Finanças dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohamed Al Hussaini. O encontro ocorreu em paralelo à reunião de pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
A iniciativa conectada aos preceitos de segurança alimentar é a principal proposta da Presidência do Brasil à frente do G20 para eliminação da pobreza extrema até 2030. Tem como objetivo estabelecer uma mobilização internacional para obter recursos e conhecimentos para implementar políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo.
Al Hussaini comentou, durante o diálogo com Lula, que, no último ano, o comércio entre Brasil e Emirados Árabes Unidos cresceu 42%. Os números tornam o país o maior parceiro comercial brasileiro no mundo árabe. O vice-ministro das Finanças dos Emirados Árabes Unidos também confirmou uma visita de Estado ao Brasil de sua alteza, Xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, no dia 21 de novembro, depois da Cúpula de Chefes de Estado do G20.
COMÉRCIO — De acordo com estudo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), os Emirados Árabes Unidos são a 26ª maior economia do mundo e seu potencial de investimentos e comércio é ainda maior. O Brasil, em 2023, de acordo com a Apex-Brasil, figurou como o 28º fornecedor dos EAU, com um valor de US$ 3,2 bilhões em exportações. Em nossa pauta exportadora, têm destaque carnes de aves, açúcares e melaços e carne bovina. Nesses três mercados, o Brasil é o principal fornecedor do país.
O estudo também indica mais de 440 oportunidades para o mercado dos EAU, abrangendo uma variedade de setores, como ouro não monetário, produtos alimentícios e animais vivos, artigos manufaturados e máquinas e equipamentos de transporte. O interesse crescente na celebração de um acordo de livre comércio entre os EAU e os países do Mercosul oferece perspectivas ainda mais promissoras para o futuro das relações comerciais.
ALIANÇA GLOBAL — A ideia de formar a Aliança contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa do presidente Lula, que foi inicialmente proposta quando o Brasil participou da Cúpula do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado, e está sendo trabalhada durante a atual presidência brasileira do grupo. Uma Força-Tarefa, integrada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Fazenda (MF), se reuniu diversas vezes para chegar a um consenso, entre mais de 50 delegações internacionais, sobre os documentos fundacionais da Aliança. A partir de agora, a aliança está aberta à adesão de governos, organizações internacionais, instituições de conhecimento, fundos e bancos de desenvolvimento e instituições filantrópicas.