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Lula e diretor da OIT conversam sobre Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e mudanças no mundo do trabalho
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O diretor-geral da OIT, Gilbert F. Houngbo, e o presidente Lula no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro, com o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Gilbert F. Houngbo. A conversa ocorreu no contexto do evento de pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome e Pobreza. Os dois trataram do tema, prioridade brasileira à frente da Presidência do G20, e falaram também sobre mudanças recentes no mundo do trabalho. Lula abordou ainda a iniciativa do Governo Federal de propor um projeto de lei ao Congresso para discutir a regulação das atividades de motoristas por aplicativo, com a intenção de preservar direitos mínimos aos representantes da categoria.
O encontro bilateral ocorre 40 dias após a reunião que Lula teve com o presidente da OIT em 13 de junho passado, em Genebra, na Suíça, durante o Fórum Inaugural da Coalização Global para Justiça Social. A participação de Lula no evento tratou do enfrentamento das desigualdades sociais, concretização de direitos trabalhistas integrados a direitos humanos, expansão da capacidade e acesso aos meios produtivos e promoção do trabalho decente. Na reunião bilateral com Houngbo, em Genebra, o presidente também falou sobre as preocupações do trabalho no século XXI, citando a precariedade das novas formas de emprego.
ALIANÇA GLOBAL — A ideia de formar a Aliança contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa do presidente Lula, que foi inicialmente proposta quando o Brasil participou da Cúpula do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado, e está sendo trabalhada durante a atual presidência brasileira do grupo. Uma Força-Tarefa, integrada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Fazenda (MF), se reuniu diversas vezes para chegar a um consenso, entre mais de 50 delegações internacionais, sobre os documentos fundacionais da Aliança. A partir de agora, a aliança está aberta à adesão de governos, organizações internacionais, instituições de conhecimento, fundos e bancos de desenvolvimento e instituições filantrópicas.