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ENTREVISTA
Lula: "O Maranhão merece o que a gente tem a oferecer de melhor"
Presidente Lula durante entrevista à Rádio Mirante News em São Luís: amplo pacote de investimentos no estado do Maranhão - Foto: Frame de vídeo
Em entrevista à Rádio Mirante News em São Luís, no Maranhão, nesta sexta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou o amplo pacote de investimentos federais no estado, em áreas como educação, habitação, energia, esporte e infraestrutura.
"Nós viemos anunciar mais três escolas técnicas no estado, mais investimento na universidade, mais quase 10 mil Minha Casa, Minha Vida, nós vamos entregar 55 mil chips para os alunos aqui do Maranhão, e o (André) Fufuca (ministro do Esporte) vai anunciar 31 arenas. As coisas vão acontecer e é por isso que eu vim aqui"
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
O presidente falou sobre a expansão do Programa Luz Para Todos para quase 10 mil unidades consumidoras e sobre a renovação do contrato de delegação do Porto do Itaqui — principal porto do Corredor Centro-Norte do país — por mais 25 anos.
"Nós viemos anunciar muita coisa. Nós viemos anunciar mais três escolas técnicas no estado, mais investimento na universidade, mais quase 10 mil Minha Casa, Minha Vida, nós vamos entregar 55 mil chips para os alunos aqui do Maranhão, e o (André) Fufuca (ministro do Esporte) vai anunciar 31 arenas. As coisas vão acontecer e é por isso que eu vim aqui", detalhou Lula.
Nas palavras do presidente, "o Maranhão merece o que o Governo Federal tem a oferecer de melhor" para os nordestinos. "Daqui a algum tempo, a gente vai olhar para o Maranhão e a gente já não vai ver mais um país pobre, um estado pobre, a gente vai ver um estado em via de desenvolvimento, gerando emprego, renda, um estado digitalizado em que as pessoas possam usufruir da evolução tecnológica do planeta".
Confira alguns trechos da entrevista:
NOVO PAC NO MARANHÃO – Quando eu assumi, chamei os 27 governadores de estado em Brasília. Todos seriam tratados em igualdade de condições. ‘Eu quero que vocês me entreguem as obras que vocês entendem que são prioritárias para o estado de vocês, que nós vamos fazer uma oferta de construir um novo Programa de Aceleração do Crescimento’. Os governadores fizeram a proposta, nós assumimos o PAC, que é de R$ 1,7 trilhão para o Brasil, e, só aqui no estado do Maranhão, é um PAC que prevê investimento de R$ 94 bilhões. Não é pouca coisa.
MARGEM EQUATORIAL – Nós vamos explorar a Margem Equatorial. E o Brasil não vai deixar de certificar, porque por enquanto não é explorar. O que nós queremos é fazer um processo de medição para a gente saber se tem e qual a quantidade de riqueza que tem lá embaixo. E se tiver, temos uma coisa que é o seguinte. A nossa Petrobras é a empresa de maior competência tecnológica para explorar petróleo em águas profundas. E a gente vai fazer isso com, primeiro, certificar, e depois a gente vai explorar e ver quais são os cuidados que nós temos que ter, porque eu acho que o combustível fóssil está entrando numa rota de colisão com a modernidade e as exigências do mundo.
PETROBRAS – A competência da Petrobras está trazendo hoje o petróleo do pré-sal com a diferença de menos de um dólar no barril de petróleo da Arábia Saudita. A Petrobras é uma empresa altamente respeitada e nós, obviamente, temos que compatibilizar isso com a questão ambiental.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – Eu acho que nós, no Brasil, temos outra chance extraordinária, que é a transição energética. É mudar a matriz da energia para eólica, para o solar, para a biomassa, e o hidrogênio verde que é o sonho de todo governador do Norte e Nordeste.
DESVALORIZAÇÃO DO REAL – Olha, não preocupa o governo, porque quando você é governo e você tem um problema preocupante, você tenta mudar esse problema. O Brasil é o quarto país com reserva internacional do mundo, uma reserva que começou no nosso governo em 2005, que nós chegamos a US$ 370 bilhões de reserva. Então, nós estamos tranquilos, esse nervosismo de especulativo que está acontecendo não vai mexer com a seriedade da economia brasileira, os nossos bancos públicos estão emprestando muito dinheiro, muito dinheiro.