Notícias
COMUNICAÇÃO
“Temos muita obra importante para anunciar em Minas Gerais”, afirma Lula
Presidente Lula durante entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (27) - Foto: Ricardo Stuckert/PR
“Minas Gerais é um estado muito importante. Nós temos muita obra importante para anunciar em Minas Gerais. Eu vou vir aqui várias outras vezes”. A frase, dita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à jornalista Edilene Lopes, da Rádio Itatiaia, nesta quinta-feira, 27 de junho, demonstra o compromisso do Governo Federal em investir no maior estado em extensão da região Sudeste.
“Quanto mais investimento no setor produtivo, mais emprego. Quanto mais emprego, mais salário. Quanto mais consumo, quanto mais comércio, todo mundo melhora de vida. É esse país que eu quero. É todo mundo melhorando de vida"
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
Antes de participar da cerimônia sobre os investimentos federais em Contagem (MG) nas áreas da saúde, cultura e infraestrutura urbana, o presidente Lula destacou durante a entrevista que serão aplicados R$ 5 bilhões em linhas de transmissão de energia elétrica e R$ 1 bilhão em universidades no estado. O Governo Federal também pretende construir oito novos institutos federais em Minas Gerais e realizar o leilão da BR-381.
“Anúncio da construção de um novo campus de Ipatinga e a nova Universidade Federal de Ouro Preto. R$ 380 milhões para a construção de novos prédios, reforma, melhoria em 11 universidades federais do estado localizadas em 20 municípios e R$ 224 milhões para a expansão e consolidação dos hospitais universitários no estado, com destaque para o hospital universitário de Juiz de Fora”, compartilhou Lula.
O presidente também expressou sua vontade de ver ainda mais investimentos no setor produtivo e lembrou que o país já abriu 145 novos mercados no exterior para os produtos agrícolas brasileiros desde o início de sua gestão, em janeiro de 2023. “Quanto mais investimento no setor produtivo, mais emprego. Quanto mais emprego, mais salário. Quanto mais consumo, quanto mais comércio, todo mundo melhora de vida. É esse país que eu quero. É todo mundo melhorando de vida. É um país de ganha-ganha. Não é um país onde poucos ganham e muitos perdem”, frisou.
Confira alguns dos trechos das respostas do presidente na entrevista:
TRANSPORTES — Você vai ficar surpresa amanhã com o anúncio do ministro dos Transportes. É que nós estamos fazendo num ano mais do que tudo o que foi feito em quatro anos aqui nesse estado em se tratando de ferrovia. E qual é a novidade? É que a gente vai fazer o leilão da 381. E a gente agora não vai dar vazio, porque vai comparecer, porque a proposta é boa e porque o trecho mais difícil que é até João Monlevade nós vamos fazer com o dinheiro do orçamento. Numa demonstração de que a gente quer tratar Minas Gerais com carinho que nunca foi tratada. Por isso eu estou aqui, para anunciar a coisa em Contagem, para anunciar a coisa em Belo Horizonte, para anunciar a coisa na educação, para anunciar a coisa na saúde, coisa na cultura.
EDUCAÇÃO — Eu digo sempre que uma pessoa de classe média alta pouco precisa do governo, um empresário rico pouco precisa do governo. Agora, quem é que precisa do governo mesmo? As pessoas que moram na periferia, que estão sem água, sem esgoto, às vezes sem luz, às vezes sem um sistema de saúde perfeito. Então, nós vamos cuidar disso com muito carinho aqui em Minas Gerais. E, ainda, você vai ver muita coisa que a gente vai anunciar aqui. Só para universidades, nós vamos colocar R$ 1 bilhão. Nós vamos fazer algumas coisas importantes. São oito novos institutos federais no estado. Lançaremos a pedra fundamental de dois, Minas Novas e João Nepomuceno. Anúncio da construção de um novo campus de Ipatinga e a nova Universidade Federal de Ouro Preto. R$ 380 milhões para a construção de novos prédios, reforma, melhoria em 11 universidades federais do estado, localizadas em 20 municípios. E R$ 224 milhões para a expansão e consolidação dos hospitais universitários no estado, com destaque para o hospital universitário de Juiz de Fora.
GANHOS — O que a gente quer é que as pessoas invistam no setor produtivo. É preciso aumentar a produtividade, aumentar a qualidade, aumentar as exportações, aumentar a nossa produção agrícola, a nossa produção de bens de capital, ou seja, o Brasil tem tudo para isso. Então quanto mais investimento no setor produtivo, mais emprego, quanto mais emprego, mais salário, quanto mais consumo, quanto mais comércio, todo mundo melhora de vida. É esse país que eu quero. É todo mundo melhorando de vida. É um país de ganha-ganha. Não é um país onde poucos ganham e muitos perdem. Não, é um país onde todos ganham. A gente não quer que ninguém perca.
BENEFÍCIOS — Por mais que a gente queira fazer política social, por mais que a gente queira fazer benefício, você não pode jogar dinheiro fora. Então só vai receber o benefício quem tem direito. Nós estamos fazendo um estudo profundo. Estamos fazendo um estudo em todos os ministérios, em todos os investimentos. Nós estamos fazendo uma operação pente-fino para saber se tem coisas que você pode parar de fazer, se você está gastando erradamente, você não pode. Você não pode gastar dinheiro errado. Benefício: se o pobre tiver direito, ele não vai perder o benefício. Fazer ajuste em cima dos pobres não vale na minha vida. Não vale. Nós temos que fazer ajuste. Esse país tem muito subsídio, esse país tem muita desoneração, esse país tem gente que pede R$ 5 bilhões de desoneração, R$ 10 bilhões. Como é que eu vou mexer no salário mínimo? “Ah, mas o Lula está aumentando o salário mínimo”. O mínimo é o mínimo. Ou seja, não pode ter nada menor do que o mínimo. Como é que eu vou cortar? Nós estamos dando a reposição inflacionária, que é a obrigação a ter para manter o poder e está dando a média do crescimento do PIB dos últimos dois anos.
DÍVIDA DO ESTADO — O que eu vim fazer aqui também é o seguinte: o companheiro Pacheco (presidente do Senado Federal) está compromissado com o Governo Federal, com Minas Gerais, nós queremos fazer um acordo da dívida de Minas Gerais. Nós queremos fazer um acordo, então estamos aqui. O Pacheco teve uma reunião ontem com o representante do ministro Haddad (da Fazenda), o companheiro do Tesouro. Na semana que vem deve ter uma reunião com o Haddad e depois o Haddad vai me apresentar junto com eles a proposta. A hora que a proposta tiver mais ou menos a gente vai anunciar porque a gente quer, na verdade, tranquilizar o país, tranquilizar Minas Gerais, tranquilizar os estados devedores, que lamentavelmente os quatro maiores são os que mais devem, sabe? Então, nós queremos fazer um acordo porque a União precisa de parte desse dinheiro para aplicar nos estados que têm mais necessidade, fazer muita obra, sobretudo na educação.
INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA — Nós estamos fazendo um projeto de integração — e isso eu vou mostrar para o Luis Arce, o presidente da Bolívia — que passa pela Bolívia para a gente sair em Porto, no Peru. Então, a gente vai facilitar isso, é um projeto extraordinário que está sendo coordenado pela Simone Tebet. É um projeto que tem cinco espaços de integração. O Brasil vai se aproximar da China, pelo menos, em 10 mil quilômetros, ou seja, quando a gente chegar ao Pacífico, seja pelo Equador, seja pela Colômbia, seja pelo Peru, a gente vai estar encurtando a distância entre Brasil e China em 10 mil quilômetros. Você imagina que vai ter uma vantagem comparativa no comércio extraordinária.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA — O Brasil, em se tratando de transição energética e climática, é imbatível. O Brasil é como se fosse o olho do furacão para aqueles que querem fazer investimento na produção de produtos limpos, de produtos verdes, sem carbono. Então, quem quiser fazer siderúrgica, utilizar energia limpa, vem aqui, quem quiser produzir qualquer outra coisa com energia limpa vai vir para o Brasil. Então nós estamos acreditando que o Brasil vai ter um volume de investimento muito grande por causa dessa questão energética, por causa da questão climática e também porque nós vamos aperfeiçoar nossa relação internacional.
ABERTURA DE MERCADOS — Eu só tenho um ano e sete meses de governo. Sabe quantos mercados novos nós abrimos para os produtos agrícolas brasileiros? 145 mercados. Só para carne, foram 38, só da China, em uma tacada só. Eu fui inaugurar um frigorífico que era para ter funcionado desde 2018, estava paralisado.