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EDUCAÇÃO
“A educação é o oxigênio de uma nação”, diz Lula durante premiação da Olimpíada de Matemática
Presidente Lula durante a cerimônia de premiação da 18ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), no Rio de Janeiro - Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resumiu nesta terça-feira, 11 de junho, no Rio de Janeiro, durante a cerimônia de premiação dos 650 medalhistas de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), o que o talento, esforço e o brilhantismo desses estudantes representam para o país: “A educação é o oxigênio de uma nação. A educação é a nossa capacidade de nos tornar competitivos, tanto do ponto de vista da qualidade quanto do ponto de vista da produtividade, em qualquer país do mundo. O Brasil pode. O Brasil tem condições. E o Brasil tem vocês”.
Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), a OBMEP é a maior competição científica do país e, neste ano, reuniu mais de 18,3 milhões de participantes, do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, de 55,3 mil escolas públicas e privadas de 99,8% dos municípios brasileiros.
“Podem ter certeza de que o maior sonho do pai de vocês e da mãe é deixar vocês com uma boa formação acadêmica, com uma boa formação profissional. A única coisa que eu quero é que todos, sem distinção, todos, meninas e meninos desse país, possam ter a mesma chance de discutir as mesmas coisas para a gente ver quem é quem na história desse país”, destacou o presidente.
Durante muito tempo existiu descrença nos jovens mais pobres e na educação pública do Brasil. Todo mundo tem inteligência suficiente, não existe criança mais inteligente que a outra. O que faltava para os jovens brasileiros era oportunidade e investimento na educação.
— Lula (@LulaOficial) June 11, 2024
MAIS CIÊNCIA NA ESCOLA — Lula assinou, durante a cerimônia, decreto que cria o Programa Mais Ciência na Escola, uma parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério da Educação para fortalecer a cultura científica dentro das escolas brasileiras.
"O Mais Ciência na Escola vai disseminar o letramento digital e a educação científica na educação básica, com a implantação de laboratórios makers em escolas públicas, acompanhadas de planos de atividade, formação de professores e bolsas para professores e alunos"
LUCIANA SANTOS
Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação
"A juventude não quer apenas ter acesso ao conhecimento, ela demanda participação. O Mais Ciência na Escola vai disseminar o letramento digital e a educação científica na educação básica, com a implantação de laboratórios makers em escolas públicas, acompanhadas de planos de atividade, formação de professores e bolsas para professores e alunos. Uma parceria entre escolas e instituições científicas tecnológicas e de inovação com caráter de extensão", explicou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
O edital para implementação do programa em mil escolas do país foi lançado durante o evento, e vai selecionar propostas de institutos de ciência e tecnologia interessadas em constituir redes estaduais do programa Mais Ciência na Escola e implementar os laboratórios makers, "que estimularão os alunos a aprender fazendo, investigando, experimentando", de acordo com a ministra.
"Nessa primeira chamada, será realizado investimento de R$ 100 milhões do programa Conecta e Capacita Brasil. Com recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, o custo por escola será de até R$ 100 mil, para que seja implementado laboratório, bolsa para estudantes, além do suporte para as atividades", pontuou Luciana.
O ministro da Educação, Camilo Santana, celebrou o esforço e a dedicação dos alunos, que somaram 99% de participação dos municípios brasileiros nas Olimpíadas. "Há 20 anos, o presidente Lula teve a ideia de levar essas Olimpíadas para as escolas públicas, porque muitas vezes as escolas públicas eram vistas como uma escola de baixa qualidade. E nós estamos mostrando exatamente o contrário. A escola pública no Brasil tem que ser a melhor escola desse país", declarou Santana.
"Há 20 anos, o presidente Lula teve a ideia de levar essas Olimpíadas para as escolas públicas, porque muitas vezes as escolas públicas eram vistas como uma escola de baixa qualidade. E nós estamos mostrando exatamente o contrário. A escola pública no Brasil tem que ser a melhor escola desse país"
CAMILO SANTANA
Ministro da Educação
DUAS DÉCADAS DE HISTÓRIA — O diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Marcelo Viana, relembrou o início de uma das mais importantes políticas públicas da educação. "Faz 20 anos que fomos bater no Palácio do Planalto com a ideia ousada de criar uma Olimpíada de Matemática para as escolas públicas. Uma Olimpíada para os pobres, nas palavras do presidente. Nesses 20 anos, a OBMEP estimulou o gosto pela matemática, descobriu os jovens mais talentosos do Brasil e levou oportunidades de vida a todos os recantos desse país imenso", acrescentou.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, destacou a importância das Olimpíadas para a inclusão social dos jovens. "Quando a gente sonha, quando a gente acredita, quando algumas oportunidades são colocadas diante de nós, dá pra chegar muito longe", afirmou.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA – Além dos 650 estudantes premiados com a medalha de ouro nesta terça-feira, a 18ª OBMEP já distribuiu, em cerimônias regionais, 1.950 medalhas de prata, 5.850 medalhas de bronze e 48.163 menções honrosas. Os medalhistas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. A iniciativa oferece bolsa de R$ 300 a alunos de escolas públicas que integram o programa.
OBMEP – Criada em 2005 pelo IMPA e realizada com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). Destinada a estudantes do 6º ano do Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, a OBMEP contribui para estimular o estudo da Matemática e identificar jovens talentos. Outros objetivos são promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento e contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros acesse material didático de qualidade.