Notícias
TURISMO
Brasil lança programa inédito para ampliação da conectividade aérea internacional
Silvio Costa Filho, Ministro de Portos e Aeroportos, Ana Carla Machado Lopes, Secretária Executiva do MTur, e Marcelo Freixo, presidente da Embratur, durante lançamento do PATI - Foto: Renato Vaz / Embratur
O Brasil lançou nesta quarta-feira (20) um programa piloto para ampliação do número de assentos e voos internacionais com destino ao Brasil. Denominado "Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI)", a iniciativa inédita será implementada por meio de parcerias público-privadas com as companhias aéreas e aeroportos.
O programa é executado pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) em parceria com o Ministério do Portos e Aeroportos e Ministério do Turismo brasileiros. Os recursos são provenientes do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
O alcance das metas de crescimento do turismo internacional no Brasil está intrinsecamente associado a um fator de mercado, que é a conectividade aérea. Não adianta o crescente interesse internacional em conhecer o Brasil se não houver voo direto ou com conexões curtas, em preço competitivo. Com esse programa, adaptamos para nossa realidade as melhores práticas internacionais de atração de novos voos
MARCELO FREIXO
Presidente da Embratur
Na primeira fase, em caráter piloto, a previsão de investimento é de US$ 660 mil, pelo edital público do PATI. As companhias aéreas e aeroportos deverão apresentar propostas de investimento em promoção de novos voos e seus respectivos destinos turísticos voos, com ações como campanhas publicitárias no país de origem dos voos e realização de viagens promocionais com jornalistas, influenciadores digitais e operadores de turismo estrangeiros no destino dos voos, dentre outras possibilidades.
As propostas selecionadas receberão, com recursos do FNAC, a Agência vai custear parte das ações de promoção destas novas rotas aéreas. Serão R$ 40 por cada assento em novo voo que pouse no Brasil durante o período de 27 de outubro de 2024 a 29 de março de 2025. Em contrapartida, as companhias aéreas deverão investir, no mínimo, o mesmo valor nas ações de promoção.
Políticas de fomento similares, executadas por países como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Suécia, serviram de referência para a produção do PATI. “O alcance das metas de crescimento do turismo internacional no Brasil está intrinsecamente associado a um fator de mercado, que é a conectividade aérea. Não adianta o crescente interesse internacional em conhecer o Brasil se não houver voo direto ou com conexões curtas, em preço competitivo. Com esse programa, adaptamos para nossa realidade as melhores práticas internacionais de atração de novos voos”, explica Marcelo Freixo, presidente da Embratur.
Indução de novos voos
Para pleitear o recurso, a companhia tem que garantir um crescimento da malha aérea, em comparação à da temporada 2023/2024, e os recursos estarão vinculados aos novos assentos. O edital também estabelece critérios que privilegiam voos que decolem de países considerados “mercados estratégicos”, porque possuem potencial de crescimento emissor para o Brasil ou porque são grandes emissores internacionais, ainda que não possuam atualmente grande relevância para o turismo do país. Os voos da China para o Brasil, por exemplo, retomarão apenas em maio deste ano.
Como forma de induzir a ampliação da conectividade entre a maior quantidade de países, com voos diretos para diferentes destinos no Brasil, também serão melhor pontuadas para participar do PATI as propostas de criação de rotas que decolem de aeroportos que não tem voo direto para o Brasil, ou de países que não tem voo direto para o aeroporto brasileiro.
A frequência semanal maior do voo também é premiada com maior pontuação, assim como a conveniência do horário de chegada e partida, com preferência para o intervalo entre às 9h e às 18h, mais atrativo para os turistas que chegam ao país.
Por fim, serão melhor ranqueadas as propostas que usarem aeronaves mais modernas, que emitem menos carbono na atmosfera, e as empresas que assumiram acordos de alcance para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, com políticas de sustentabilidade e meio ambiente, combate ao tráfico de pessoas, atendimento à mulher, inclusão social e diversidade.