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EDUCAÇÃO
No Rio, Lula diz que país pode formar seus gênios e permitir que eles trabalhem aqui
O presidente Lula, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia): investimento no futuro. Foto: Ricardo Stuckert /PR
Ao participar nesta quinta-feira (10/8) de visita às obras do local que abrigará o primeiro curso de graduação da história do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o IMPA Tech permitirá que os gênios brasileiros possam ser formados no país e que trabalhem no Brasil em vez de serem exportados para outras nações.
Esse país não pode continuar permitindo que seus gênios vão trabalhar lá fora e se formar lá fora quando a gente pode formá-los aqui dentro e trabalhar aqui dentro. Tudo aquilo que você faz e que traz resultado benéfico para as pessoas é investimento. E não tem investimento mais barato do que investir em educação
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“Esse país não pode continuar permitindo que seus gênios vão trabalhar lá fora e se formar lá fora quando a gente pode formá-los aqui dentro e trabalhar aqui dentro. Tudo aquilo que você faz e que traz resultado benéfico para as pessoas é investimento. E não tem investimento mais barato do que investir em educação. É a educação que vai garantir que esse país seja o que a gente sonha há tanto tempo”, disse Lula.
O IMPA oferece cursos de doutorado, mestrado e mestrado profissionalizante, promove formação continuada de professores de matemática e organiza a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O IMPA Tech é o primeiro curso de graduação da história do instituto, um dos centros de pesquisa de matemática mais respeitados e reconhecidos do mundo.
DESEMPENHO - Com previsão para abrir em 2024, o IMPA Tech vai usar o desempenho dos estudantes em olimpíadas do conhecimento, como a OBMEP, no processo seletivo. O curso terá ênfase em matemática, ciência da computação, ciência de dados e física. O espaço no Porto Maravilha vai abrigar um hub de tecnologia para startups e grandes empresas do setor, além do IMPA Tech.
O Governo Federal, por meio dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, fica responsável pelo custeio da faculdade, começando com 100 alunos no primeiro ano e investimentos de R$ 16,7 milhões. Ao fim de quatro anos, serão 400 estudantes e aporte de R$ 55,9 milhões.
“A gente está falando o seguinte: as 400 mentes mais brilhantes desse país vão vir para cá, vão estudar aqui, morar aqui, e vão ajudar, a partir daqui, a construir um Brasil melhor, um Brasil que acredita no seu potencial, na sua capacidade de fazer e de entregar”, ressaltou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Ele participou da assinatura do Protocolo de Intenções para o Estabelecimento de Programa de Graduação em Matemática Aplicada à Tecnologia e Inovação, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
PORTO MARAVILHA – A solenidade foi marcada pela assinatura do Termo de Declaração do Acordo do Porto Maravilha pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, e pelo prefeito Eduardo Paes. O acordo permite a ampliação e requalificação dos espaços de uso público da região, visando à melhoria da qualidade de vida dos atuais e futuros moradores e a sustentabilidade ambiental e socioeconômica da região.
“O Porto Maravilha é o maior projeto de reforma urbana do Brasil. É a maior operação com maior impacto urbano numa zona portuária. Esse processo começa lá em 2009, em 2017 e 2018 ele praticamente é paralisado por conta de processo judicial e de questionamentos. Em sete meses de gestão, conseguimos destravar isso e refazer o acordo. A pacificação desse acordo vai revitalizar a área, trazer o bem para o turismo, para a área cultural, para a área imobiliária e gerar empregos”, Rita Serrano.
Segundo a executiva, só em empreendimento imobiliário na região há potencial para a geração de quase 400 mil empregos no próximo período.
GALEÃO – O evento também marcou a assinatura da Resolução Nº 1 do Conselho de Aviação Civil (Conac) pelo ministro Portos e Aeroportos, Márcio França. O documento determina medidas para a redução de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Segundo a texto, as operações deverão ser planejadas observando um critério geográfico — distância máxima de 400 quilômetros de seu destino (ou origem), em aeroportos de voos domésticos. Com isso, o aeroporto vai manter rotas para São Paulo, Belo Horizonte e Vitória. Porém, o Santos Dumont não irá manter as operações com aeroportos internacionais, como Guarulhos e Confins, por exemplo.
“Não é preciso ser engenheiro ou gestor para saber que não tem sentido o aeroporto do Galeão ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, preferem sair do Santos Dumont. O Galeão foi construído para ser o aeroporto internacional, a entrada de qualquer estrangeiro que quiser vir ao Brasil. Fazemos isso porque é necessário diversificar para criar uma coisa mais inteligente: as pessoas voarem num aeroporto que pode receber muito mais gente”, frisou o presidente Lula.
A determinação será adotada a partir de 2 de janeiro de 2024, para permitir a adequação das malhas das empresas aéreas e minimizar o impacto sobre os passageiros. A medida atende demanda apresentada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado e Infraero, que administra o terminal. Conforme a Infraero, serão implantadas áreas de escape na pista do aeroporto, visando a segurança operacional dos voos, levando em conta que o Santos Dumont é limitado, geograficamente, pela Baía de Guanabara.
A obra, já executada com sucesso no Aeroporto de Congonhas (SP), faz parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será anunciado nesta sexta-feira (11/8) pelo Governo Federal. O Ministério dos Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tomarão providências necessárias à execução da Resolução, que vigorará até a finalização das obras.