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CONVERSA COM O PRESIDENTE
Desenrola Brasil é uma revolução extraordinária, diz Lula
O jornalista Marcos Uchôa e o presidente Lula em mais uma edição do Conversa com o Presidente, desta vez direto de Bruxelas, na Bélgica. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Uma "revolução extraordinária" para facilitar a vida de milhões de famílias que podem voltar ao mercado de consumo. Assim o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu o Desenrola Brasil, programa criado pelo Governo Federal para ajudar famílias brasileiras a saírem do endividamento e limparem os nomes. A afirmação foi durante entrevista ao jornalista Marcos Uchôa em mais uma edição do Conversa com o Presidente, bate-papo semanal pelo ambiente digital.
Acho que o Desenrola vai ajudar o povo brasileiro. Vamos libertar milhões de brasileiros que vão poder voltar ao consumo livremente, alegre, sorrindo, podendo comprar aquela coisinha que ele sonha comprar"
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
"É extraordinário. Se der certo, a gente vai salvar no mínimo 72% da população que está endividada e permitir que essa pessoa possa voltar ao mercado de consumo, porque todo mundo sempre tem uma coisinha para comprar", disse, alertando para a necessidade de as pessoas consumirem de forma responsável, com gastos que caibam no orçamento.
O presidente comemorou a boa receptividade do programa com bancos. Alguns, segundo ele, oferecem até 96% de desconto na primeira fase do programa . Nela, dívidas de até R$ 100 são automaticamente negativadas e, para pessoas que recebem até R$ 20 mil mensais, há um incentivo para negociações diretas com instituições financeiras em condições facilitadas.
Em setembro, uma nova etapa será iniciada focada nas dívidas de até R$ 5 mil com o varejo. Por meio de um aplicativo, outros milhões de endividados podem negociar melhor com os credores.
"Acho que o Desenrola vai ajudar o povo brasileiro. Vamos libertar milhões de brasileiros que vão poder voltar ao consumo livremente, alegre, sorrindo, podendo comprar aquela coisinha que ele sonha comprar".
MAIS MÉDICOS - No Conversa com o Presidente desta terça (18/7), transmitido de Bruxelas (Bélgica), onde cumpre agenda internacional, Lula também comentou sobre a importância do Mais Médicos para a democratização do acesso e a melhoria da qualidade da saúde no Brasil.
O importante é que esses médicos não vão ficar na Avenida Paulista, na Avenida Copacabana ou na Avenida Boa viagem. Eles vão para a periferia e para o interior mais longínquo, onde ninguém quer ir. É uma revolução que estamos fazendo na saúde"
Em cerimônia na semana passada no Palácio do Planalto, o presidente sancionou a nova versão da lei para o programa criado em 2009, no governo Dilma Rousseff. Com 15 mil contratações neste ano, o programa chegará ao fim de 2023 com 28 mil profissionais para atender 96 milhões de pessoas nas periferias das grandes cidades e em lugares longínquos de todo o país.
"O importante é que esses médicos não vão ficar na Avenida Paulista, na Avenida Copacabana ou na Avenida Boa viagem. Eles vão para a periferia e para o interior mais longínquo, onde ninguém quer ir. É uma revolução que estamos fazendo na saúde. Parabéns à ministra e a todo o pessoal da Saúde", afirmou Lula.
O presidente defendeu ainda a valorização dos profissionais que atuam no programa e a celebração de convênios com especialistas para que, por meio do SUS, os mais pobres tenham acesso a esses profissionais. E voltou a destacar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS). " O que precisamos é aperfeiçoar esse sistema que é extraordinário e que é motivo de orgulho do nosso Brasil", declarou.
CIÊNCIA E CULTURA - Lula destacou, ainda, a importância da pesquisa e do investimento em ciência para o desenvolvimento do Brasil e voltou a mencionar o papel estratégico da Cultura. Na semana passada, todos os estados e 98% dos municípios aderiram à Lei Paulo Gustavo, que prevê incentivos para a produção cultural. Com ela e a lei Aldir Blanca juntas, haverá uma injeção de quase R$ 8 bilhões no setor em todo o país.
"Agora é criar os comitês culturais nas capitais para que a gente valorize a cultura local. A gente precisa fazer cultura no Brasil inteiro. É isso que estimula a gente a fazer esses investimentos.", disse, destacando o potencial econômico e financeiro da Cultura.
"A atividade cultural é muito forte economicamente. Quem fala que dinheiro na cultura é gasto, é um bobão, um mentiroso, um ignorante. Dinheiro em cultura significa investimento, geração de emprego, oportunidade e distribuição de riqueza, além de conhecimento. Viva a cultura".