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Lula projeta quase R$ 8 bi em obras no Rio Grande do Sul
O presidente Lula durante a conversa com a Rádio Gaúcha, nesta quinta: reforço à parceria com estados e municípios. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira (29/6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiantou que o Rio Grande do Sul deve ser contemplado com investimentos de quase R$ 8 bilhões no pacote robusto de infraestrutura que será anunciado nos próximos dias e que tem como foco a retomada de obras paralisadas nos últimos anos.
É preciso acabar com essa história de o Brasil continuar sendo um canteiro de obras paralisadas. Se a gente quiser fazer a economia crescer, gerar empregos, é preciso fazer investimentos e vamos fazer"
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“Há uma previsão de que a gente tenha para investir nos próximos anos no Rio Grande do Sul o equivalente a R$ 5,7 bilhões de dinheiro do orçamento e mais R$ 2 bilhões da iniciativa privada, porque nós queremos construir com PPP (Parcerias Público-Privadas) como jamais foi feito nesse país”, disse.
Na conversa com a emissora de Porto Alegre, um dia antes de visitar o estado pela primeira vez depois de eleito, Lula lembrou que o país tem 14 mil obras paralisadas – das quais 180 mil casas e 4 mil na área de educação - e que todas serão retomadas a partir de prioridades definidas em conjunto com governadores e prefeitos.
Segundo ele, apenas na área de infraestrutura serão investidos, em todo o país, R$ 23 bilhões em 2023, mais que os R$ 21 bilhões investidos pelo governo anterior em quatro anos. “É preciso acabar com essa história de o Brasil continuar sendo um canteiro de obras paralisadas. Se a gente quiser fazer a economia crescer, gerar empregos, é preciso fazer investimentos e vamos fazer", disse, detalhando que o novo programa combinará capacidade de investimento do orçamento com a capacidade de financiamento dos bancos públicos e o que for possível fazer PPP.
LIÇÕES PARA O MUNDO - O presidente se disse ansioso para mostrar ao Brasil uma fotografia do que o governo quer para o futuro e destacou o potencial energético do país, que tem a matriz elétrica e energética sustentadas por fontes limpas.
No caso da energia elétrica, 87% da matriz é limpa, bem acima da média mundial de 27%. No caso da matriz energética geral, o percentual é de 50%, enquanto no mundo a média é 15%. “Vamos apresentar um grande leilão de energia eólica, de energia solar, de hidrogênio verde. O Brasil vai se transformar num exportador de energia. O Brasil tem lições a dar ao mundo. Vamos lançar um grande programa para que a gente possa mostrar que se tem alguém preocupado com o planeta somos nós”, afirmou.
Lula destacou a participação dos estados nas prioridades do projeto de infraestrutura – “em vez de ficar pensando do Palácio do Planalto para o Piratini, nós pedimos que Piratini pensasse os projetos e trouxesse para o Palácio do Planalto – e defendeu que os entes federados trabalhem juntos, de forma articulada e em harmonia.
“Se o Estado vai bem, o Brasil vai bem. Se o Estado vai mal, o Brasil vai mal. Queremos que estados e cidades estejam bem para que o Brasil também esteja bem”.
O presidente voltou a dizer que o Brasil vai voltar a crescer, gerar emprego, aumentar o salário mínimo e sair do Mapa da Fome. Segundo ele, para crescer é preciso ter crédito e o dinheiro precisa circular. Para que isso aconteça, é preciso de juros baixos para que as pessoas tenham capacidade de investir e saldar seus compromissos.