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Lula a representantes do varejo: obsessão é gerar emprego e fazer a economia crescer
Presidente Lula, ministros e representantes do setor varejista em reunião no Palácio do Planalto nesta quarta, 14/6. Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Em encontro com representantes do varejo, na manhã desta quarta-feira (14/6) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que sua obsessão é gerar emprego, fazer a economia crescer e melhorar as condições de vida do povo brasileiro.
A minha obsessão é gerar emprego. E minha outra obsessão é transformar esse país num país de classe média. Ninguém quer precisar de ajuda para sobreviver. As pessoas querem ser classe média e esse país tem potencial! Mesmo quando tentaram quebrá-lo, ele não quebrou”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“A minha obsessão é gerar emprego. E minha outra obsessão é transformar esse país num país de classe média. Ninguém quer precisar de ajuda para sobreviver. As pessoas querem ser classe média e esse país tem potencial! Mesmo quando tentaram quebrá-lo, ele não quebrou”, disse, em reunião com empresários de diferentes setores do comércio e serviço para discutir conjuntamente soluções para reativar o consumo e destravar o setor.
» Fotos em alta resolução (Flickr)
Ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o presidente ouviu diretamente dos empresários os entraves que impedem melhor desempenho do setor.
Os empresários apontaram juros altos, que dificultam acesso a crédito, e a concorrência desleal de plataformas eletrônicas que não pagam impostos como problema, e apontaram a reforma tributária como ação fundamental para reativar a economia. Os ministros destacaram ações já adotadas e outras em curso que convergem para a melhoria do cenário apontado pelos varejistas.
Aumento real do salário mínimo, ampliação da faixa isenta do imposto de renda, e o novo Bolsa Família são algumas das medidas de aumento de renda já adotadas, enquanto o Desenrola Brasil permitirá que famílias paguem dívidas e voltem ao consumo. O pacote de obras de infraestrutura, que será anunciado no início de julho, por sua vez, atuará como elemento de estimular a geração imediata de empregos, assim como um acordo para que as empresas estrangeiras de venda online paguem impostos em conformidade com a legislação brasileira.
A gente acredita que o varejo terá um segundo semestre melhor. Fomos bem ouvidos e saímos com várias lições de casa"
Jorge Gonçalves, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo
SOLUÇÕES - O grupo de empresário, liderado por Jorge Gonçalves, do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), e do qual participaram, entre outros, Luíza Trajano (Magazine Luiza), Antônio Carlos Pipponzi (Drogasil) e Marciel Eder Costa (Grupo Soma), se colocou à disposição para seguir conversando em busca de soluções e seguir atuando politicamente pela redução dos juros e da reforma tributária.
Em conversa com jornalistas ao fim da reunião, o presidente do IDV fez avaliação positiva do encontro e disse que as medidas já adotadas pelo governo e as que ainda serão concluídas sinalizam para um melhor momento do setor.
“A gente acredita que o varejo terá um segundo semestre melhor. Fomos bem ouvidos e saímos com várias lições de casa. Só temos a agradecer por sermos recebidos aqui no Palácio do Planalto pelo presidente e pelos ministros”, disse, enfatizando o potencial de geração de emprego do setor, especialmente para o primeiro emprego.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também falou com a imprensa após o encontro, avaliou a reunião como proveitosa, destacou a importância social e econômica do varejo e criticou os juros altos, que prejudicam a atividade econômica e o emprego. “A questão dos juros é extremamente preocupante. Com a inflação caindo, a taxa de juros, mesmo parada em 13,75%, está subindo. Não há razão porque não há demanda crescente”.
Alckmin também destacou a questão da concorrência desleal e disse que a importação de produtos sem pagar impostos, em compras da internet, prejudica o comércio e a indústria. Segundo ele, Fazenda e Receita Federal estão agindo para solucionar a questão.