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POLÍCIA FEDERAL
Novo diretor-geral da PF promete reestruturação e gestão sem interferências
Atento ao compromisso da Polícia Federal com o Estado brasileiro e com o exercício de suas atribuições, o novo diretor-geral do órgão, o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, tomou posse nesta terça-feira (10/01), em cerimônia realizada no Salão Negro do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília (DF).
Em seu discurso, o diretor-geral destacou a relevância do investimento em uma "reestruturação inédita da Polícia Federal, em todo o Brasil, com a criação de novas diretorias, delegacias e núcleos nas 27 Unidades da Federação", em um processo que chegará a seu formato ideal, segundo ele, durante a nova gestão.
O evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas os ministros Flávio Dino (da Justiça e Segurança Pública), Luiz Marinho (do Trabalho e Emprego), Luciana Santos (da Ciência, Tecnologia e Inovação) e Marina Silva (do Meio Ambiente e Mudança do Clima); o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias; o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho; além do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na ocasião, foram apresentados os diretores das diversas áreas da Polícia Federal.
"Nossa atuação será pautada pelo estrito cumprimento da lei e pelos princípios do Estado Democrático de Direito", adiantou o diretor-geral da PF. "Esse será o Norte inafastável na gestão das investigações policiais, que serão coordenadas com base no trinômio da qualidade da prova, da autonomia investigativa e na responsabilidade, com absoluto rigor em relação a desvios ou personalismos”, acrescentou. Rodrigues garantiu que projetos pessoais, interferências ou pressões não irão pautar qualquer ação institucional. “Absolutamente nenhum desvio de finalidade será tolerado", afirmou.
SEM DESCANSO – Rodrigues agradeceu a presença de todos, em especial de colegas da Polícia Federal que, segundo ele, não dormiram na noite passada em decorrência da “maior operação de polícia judiciária da história”, voltada à prisão dos criminosos que invadiram e depredaram, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal no domingo (dia 8).
O novo chefe da PF também exaltou o trabalho de homens e mulheres que atuam no órgão e destacou os três principais eixos que devem nortear seu trabalho. "Muitos são os desafios, mas estou convicto de que podemos enfrentá-los com muito trabalho e foco na inovação nas diversas dimensões institucionais, dentre as quais quero destacar três principais eixos: as pessoas, a governança e a transformação organizacional da Polícia Federal".
Ressaltou ainda a participação das mulheres na próxima gestão. "Teremos duas diretoras pela primeira vez na história da Polícia Federal e o maior número de superintendentes mulheres da nossa história". Para Rodrigues, é preciso "trazer a governança da Polícia Federal para o século XXI, com foco na formação continuada de gestores e líderes, utilização de modelos decisórios baseados em dados e métricas, mapeamento simplificado de processos internos, desburocratização, estruturação do conhecimento, integração entre as diversas áreas, prospecção de novas tecnologias, planejamento de cenários para o futuro e, finalmente, a gestão por resultados", detalhou.
Currículo de Andrei Augusto Passos Rodrigues
Natural de Pelotas (RS), Rodrigues tem 52 anos, é graduado em Direito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e mestre em Alta Gestão em Segurança Internacional pelo Centro Universitário da Guarda Civil da Espanha (CUGC) e pela Universidade Carlos III de Madri (UC3M).
Delegado de Polícia Federal há mais de 20 anos, foi chefe das delegacias de Repressão a Entorpecentes em Manaus (AM), Repressão a Crimes Fazendários em Porto Alegre (RS) e do Aeroporto Internacional em Brasília (DF). Foi integrante da comissão que elaborou o Manual de Planejamento e Gestão de Operações da Polícia Federal.
Na instituição, também atuou como Assistente da Diretoria-Executiva, como Chefe de Segurança (nas Eleições de 2010) da então candidata Dilma Rousseff à Presidência da República e como Oficial de Ligação da Polícia Federal em Madri, na Espanha.
O delegado exerceu a função de Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do MJSP, como responsável pela segurança da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O diretor-geral também foi coordenador-geral de Polícia Fazendária e chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Diretoria de Tecnologia da Inovação da Polícia Federal. Por fim, foi chefe da Divisão de Relações Internacionais da Polícia Federal.
Desde o início da campanha eleitoral de 2022, foi responsável pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tendo permanecido na função após a eleição. No Gabinete de Transição, integrou o Grupo de Trabalho de Justiça e Segurança Pública e coordenou o Grupo de Trabalho de Inteligência Estratégica, onde foi responsável pelas discussões sobre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Inteligência Policial e Polícia Técnica (perícia).