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Em discurso na reunião de abertura do G20, Presidente Jair Bolsonaro ressaltou superação da crise sanitária com melhora nos fluxos de comércio entre os países
Chegada do Presidente Jair Bolsonaro ao Centro de Conferências de Roma (La Nuvola). - Foto: Alan Santos/PR
As preocupações da cúpula do G20 são as mesmas do planeta inteiro: vacinas para todos os povos, recuperação da economia pós-crise e redução do uso de combustíveis fósseis (como petróleo e carvão) para preservar o meio ambiente. Em Roma, na manhã deste sábado, os pontos foram o destaque na plenária de abertura da 16ª reunião do grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo mais a União Europeia.
Depois que o primeiro-ministro italiano Mario Draghi abriu o evento, os chefes de estado discursaram no Centro de Convenções La Nuvola. O Presidente Jair Bolsonaro deu destaque à melhora nos fluxos de comércio entre as prioridades atuais. "Nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas discriminatórias. A integração de nossas economias, por meio de fluxos cada vez maiores de comércio e investimentos, constitui parte das soluções que buscamos."
Ao regressar para a embaixada brasileira após a plenária sobre "Economia e Saúde Globais", o Presidente comentou também sobre as ações do Governo que ajudaram quem perdeu renda nesses quase dois anos de crise sanitária de Covid-19, no Brasil. "Atendemos 68 milhões de pessoas. O Brasil fez o dever de casa e não mediu esforços para atender a população".
Entrada na OCDE
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu destaque às tentativas do Brasil de fazer parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um organismo internacional de assessoria financeira independente. Para ele, o Brasil já cumpriu mais de cem instrumentos de aderência, incluindo um dos principais deles, que é ser um país com baixo índice de emissão de carbono na atmosfera. "O Brasil emite, por ano, 1,7% de carbono na atmosfera. A China (que não faz parte da OCDE) expele 30% os Estados Unidos 15%, a União Europeia 14%. Tenho certeza que o secretário Mathias Cormann é um amigo do Brasil e vai analisar nosso pleito com a devida atenção e sensibilizar os outros membros".
Considerado atualmente um parceiro estratégico do organismo, o Brasil espera receber ainda este ano uma carta-convite para ser membro pleno, decisão que depende da aprovação dos outros 38 sócios, deste que pode ser considerado um clube bastante restrito.
Na embaixada brasileira na Itália, o Presidente Jair Bolsonaro recebeu o secretário-geral da organização, o australiano Mathias Cormann. Na visão da chancelaria, ser membro pleno significa ganhar novos parceiros comerciais e fazer acordos exclusivos.
As reuniões do G20 prosseguem neste domingo com a seção 2, sobre Mudanças climáticas e meio ambiente e a Seção 3, que vai debater Desenvolvimento sustentável.