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Nações Unidas
Presidente Jair Bolsonaro fará discurso na abertura da 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU
A assembleia deste ano vai abordar temas como a recuperação sustentável dos países frente a Covid-19 - Foto: Alan Santos/PR
Abordando a necessidade de respostas globais intensas em relação à Covid-19 e com um formato diferente com participações presenciais, virtuais e gravadas, terá início nesta terça-feira (21) a 76ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O Presidente Jair Bolsonaro fará o discurso de abertura na sede da ONU, em Nova Iorque. A fala inicial do Brasil na Assembleia cumpre uma tradição de 1947.
O tema deste ano é Construindo resiliência por meio da esperança - para se recuperar de Covid-19, reconstruir a sustentabilidade, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas.
Nos debates será tratada a necessidade de maior urgência para acabar com a Covid-19 e para garantir uma recuperação global equitativa, ambientalmente sustentável e com implementação acelerada dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU marca a retomada da reunião presencial entre parte dos chefes de Estado e de Governo. Isso porque no ano passado, em razão da Covid-19, não houve encontro presencial na Assembleia Geral da ONU. Os líderes apenas enviaram declarações gravadas. O evento vai até a quarta-feira (22).
Encontros bilaterais
O Presidente Jair Bolsonaro chegou a Nova Iorque no domingo (19) acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de ministros. Nesta segunda-feira (20), se reuniu com o Primeiro Ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Em novembro deste ano, o Reino Unido vai sediar a COP 26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas.
Na terça-feira (21), antes da abertura da Assembleia Geral da ONU, o Presidente Jair Bolsonaro tem pelo menos dois encontros previstos na agenda, um com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, e outro com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Participação brasileira nas assembleias da ONU
Essa é a terceira participação do Presidente Jair Bolsonaro em Assembleia Geral da ONU. No ano passado, no discurso de abertura, ele afirmou que o Brasil tem tolerância zero com crimes ambientais e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Em suas participações, o Presidente Jair Bolsonaro já abordou também temas como segurança, política econômica externa e combate à violência e à corrupção.
Tradição
A fala inicial do Brasil cumpre uma tradição de 1947, quando o diplomata Oswaldo Aranha presidiu a Assembleia em dois momentos. Primeiro, entre abril e maio, quando o Reino Unido solicitou uma convocação extraordinária para discutir o status da Palestina, que desde o fim da Primeira Guerra Mundial estava sob um mandato britânico.
E, depois, em novembro de 1947, quando esteve à frente da 3ª Assembleia Geral das Nações Unidas que discutiu e aprovou a criação do Estado de Israel.
As Nações Unidas
A Organização das Nações Unidas foi fundada em 24 de outubro de 1945 para trabalhar pela paz e desenvolvimento após ratificação da Carta das Nações Unidas pela China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários.
A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre Organização Internacional que se reuniu em São Francisco de 25 de abril a 26 de junho de 1945. A Polônia, também um membro original da ONU, assinou o documento dois meses depois.
A primeira reunião da Assembleia Geral ocorreu em Londres, em 1946, quando foi definido que a sede permanente seria nos Estados Unidos e que a comunicação se daria em seis idiomas oficiais: inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo.