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À líderes mundiais, Presidente defende união para fortalecer a economia e gerar prosperidade à população
O encontro da Cúpula de Líderes do G20 ocorre de forma virtual neste sábado e domingo (22), sob a presidência da Arábia Saudita - Foto: Marcos Corrêa/PR
Em discurso, neste sábado (21), na Cúpula de Líderes do G20, grupo que reúne as principais economias mundiais, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que, juntos, os países estão superando a grave crise sanitária provocada pela Covid-19, vencendo incertezas e evitando que os efeitos da doença fossem ainda mais devastadores. O encontro ocorre de forma virtual neste sábado e domingo (22), sob a presidência da Arábia Saudita.
“Juntos, estamos superando uma das mais graves crises sanitárias da história recente. Estamos vencendo as incertezas, as dificuldades logísticas e, inclusive, a desinformação”, destaca Bolsonaro ao participar da reunião por videoconferência.
O Presidente ressaltou que, assim como outros países do G20, o Brasil se soma aos esforços internacionais para a busca de vacinas eficazes e seguras contra a Covid-19, com acesso universal e a preços acessíveis. O Presidente lembrou que o país também adota o tratamento precoce no combate à doença.
“O Brasil se soma aos esforços internacionais para a busca de vacinas eficazes e seguras contra a Covid-19, bem como adota o tratamento precoce no combate à doença. Apoiamos o acesso universal, equitativo e a preços acessíveis aos tratamentos disponíveis. É com esse objetivo que participamos de diferentes iniciativas voltadas ao combate à doença”, frisa.
Economia
Na esfera econômica, Bolsonaro destacou que os países do G20 injetaram, em conjunto, mais de US$ 10 trilhões na economia mundial. E os ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais acordaram um plano de ação e de apoio à economia global e à iniciativa de suspensão do serviço da dívida.
“Essas medidas contribuíram para assegurar a devida liquidez aos mercados e conferir alívio fiscal aos países mais vulneráveis. Evitamos, dessa maneira, que os efeitos fossem ainda mais devastadores”, afirma o Presidente.
Bolsonaro ainda destacou a importância dos países do G20 na economia global por representarem dois terços da população mundial, 90% do Produto Interno Bruto [PIB] e 80% do comércio internacional.
Medidas de proteção social
Aos líderes mundiais, o Presidente Bolsonaro citou as medidas tomadas pelo Governo Federal para reduzir os impactos sociais e econômicos do coronavírus no Brasil. “As medidas tomadas pelo nosso Governo atenderam mais de 65 milhões de brasileiros com um auxílio emergencial. Com socorro a mais de 400 mil pequenas e médias empresas, preservamos cerca de 12 milhões de postos de trabalho”, relata.
Bolsonaro também destacou que foram injetados recursos nos estados e municípios para contribuir na redução dos índices de pobreza. “Com essas medidas, garantimos a sobrevivência e a dignidade de milhares de famílias brasileiras, justamente as mais necessitadas.”
Segundo ele, à medida que a crise é superada no Brasil, a vida das pessoas retorna à normalidade e as perspectivas para a retomada econômica se tornam mais positivas e concretas. “Por isso, queremos dar continuidade ao programa de reformas estruturais para fortalecer e estimular ainda mais o crescimento sustentado do Brasil”, disse Jair Bolsonaro.
Reforma na OMC
Aos líderes do G20, Bolsonaro defendeu a reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC), o que, segundo ele, é um elemento-chave para a recuperação da economia mundial em função da Covid-19.
O Presidente afirmou que o Brasil defende avanços nos três pilares da OMC que são negociações; solução de controvérsias; e monitoramento e transparência. E disse esperar que o Órgão de Apelação possa voltar à plena operação o mais rápido possível.
“Na reforma da Organização, queremos que a ambição de reduzir os subsídios para bens agrícolas conte com a mesma vontade com que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais”, afirma. “Adicionalmente, o processo de reforma da OMC deverá contemplar o estímulo aos investimentos e a criação de condições justas e equilibradas para o comércio internacional, não só de bens, mas também de serviços”, disse Bolsonaro.
O Presidente Jair Bolsonaro propôs que os ministros dos países do G20 debatam e compartilhem melhores práticas sobre como lidar com esse tema, evitando armadilhas de subsídios e políticas que distorçam o comércio internacional. “Tenho certeza de que nossa atitude coordenada frente aos desafios será, mais uma vez, fundamental para a recuperação econômica mundial”, ressalta. E acrescentou: “Juntos, vamos fortalecer nossas economias e gerar mais bem-estar e prosperidade a nossas populações.”
Povo soberano
Ao iniciar o discurso, Jair Bolsonaro afirmou que queria fazer uma rápida defesa do caráter nacional brasileiro “em face das tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história”. Segundo ele, o Brasil tem uma cultura diversa e um povo miscigenado e não existe uma cor de pele melhor do que as outras.
“Brancos, negros e índios edificaram o corpo e o espírito de um povo rico e maravilhoso. Em uma única família brasileira, podemos contemplar uma diversidade maior do que países inteiros”, frisa. “Foi a essência desse povo que conquistou a simpatia do mundo. Contudo, há quem queira destruí-la, e colocar em seu lugar o conflito, o ressentimento, o ódio e a divisão entre raças, sempre mascarados de 'luta por igualdade' ou 'justiça social'. Tudo em busca de poder”, relata.
Segundo ele, o povo unido é soberano e, dividido, é vulnerável. “Não somos perfeitos. Temos, sim, os nossos problemas. Existem diversos interesses para que se criem tensões entre nós. Um povo unido é um povo soberano. Dividido é vulnerável. E um povo vulnerável pode ser mais facilmente controlado e subjugado. Nossa liberdade é inegociável”, analisa.
“Como homem e como Presidente, enxergo todos com as mesmas cores: verde e amarelo! Não existe uma cor de pele melhor do que as outras. O que existem são homens bons e homens maus; e são as nossas escolhas e valores que determinarão qual dos dois nós seremos”, afirma. “Aqueles que instigam o povo à discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam não somente contra a nação, mas contra nossa própria história.”