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Coronavírus
Governo federal e governadores do Sudeste trabalham para debelar efeitos do coronavírus na economia
Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante videoconferência com governadores do Sudeste. Foto: Marcos Corrêa/PR
Nesta quarta-feira (25), o presidente da República, Jair Bolsonaro, e ministros de Estado se reuniram por teleconferência com os governadores da região Sudeste do Brasil. O presidente lembrou que mais de 38 milhões de autônomos brasileiros já foram impactados pelo isolamento social. "Não é apenas um vírus que nos preocupa no momento, mas também o desemprego", defende Bolsonaro.
Na sequência, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, informou que seis medidas serão anunciadas, totalizando aporte de R$ 88,2 bilhões para estados e municípios para o combate aos efeitos do coronavírus na economia. "Essas medidas precisam, antes de mais nada, de efetividade, chegando em quem mais precisa", asseverou.
Dentre as medidas destacam-se:
- Transferência de R$ 8 bilhões para a Saúde. Esse valor é o dobro do solicitado pelos estados. Será feito do Fundo a Fundo de Saúde, do Fundo Federal para os estaduais.
- Liberação de R$16 bilhões para reequilibrar o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que sofrerão impactos da diminuição do dinamismo econômico, e da redução do IPI e do Imposto de Renda.
- Suspensão de dívidas das 27 unidades federativas por seis meses.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, pontuou que a crise sempre afeta os mais pobre. Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, informou que a crise está ainda mais agravada para os mineiros. "Alguns estados têm peculiaridades que precisam ser consideradas. Sugeri que o governo pague parte das folhas de pagamento para evitar demissões. Diferentemente de outros países, aqui, as pessoas não têm as geladeiras cheias. Mais do que ajuda a Minas Gerais, precisamos de ajuda econômica", disse.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que seguirá alinhado com as orientações do Ministério da Saúde e lembrou que os estados mais ricos são os que têm maior desequilíbrio fiscal. Por São Paulo, João Doria informou que o diálogo é importante para vencer a maior crise de saúde pública da história.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertou sobre a necessidade de equilíbrio para o enfrentamento ao coronavírus (Covid-19).
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, lembrou que são duas ondas de crise: uma de saúde e outra de econômica. "Temos brasileiros que lutam pela comida todo dia e não tem para onde ir. Nenhum brasileiro será deixado para trás. O impacto econômico pode ser ainda mais destrutivo [que o coronavírus]", asseverou.
Guedes garantiu, ainda, que não faltarão recursos para a Saúde e para a Educação. Além disso, os "R$ 200 de ajuda vão agora ser R$ 300 e quem recebe o Bolsa Família receberá um cheque cidadão adicional de R$ 100", destacou Guedes em preocupação com a camada de proteção social da sociedade brasileira.