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TÓQUIO 2020
Presidente Bolsonaro define organização do Escritório de Governança do Legado Olímpico
Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra, é uma das arenas sob gestão federal. Abelardo Mendes Jr/ME
Na tarde desta quarta-feira (8), o Presidente Jair Bolsonaro encontrou-se com o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, o general Décio dos Santos Brasil. Na agenda, dois temas principais: o Escritório de Governança do Legado Olímpico e o Movimento Olímpico.
O Escritório de Governança do Legado Olímpico é uma estrutura temporária ligada ao Ministério da Cidadania, criada pelo Decreto nº nº 10.154, com a função de fazer a gestão de instalações que ficaram como resultado dos investimentos federais para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A criação do escritório tem como objetivo suprir as incumbências da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), que teve as atividades encerradas em 30 de junho de 2019.
Durante a reunião, foi definida a organização do escritório que, segundo o secretário Décio, "tem tudo a ver com as políticas públicas em relação ao esporte do Governo Federal." Além do escritório, também foram destacadas entre as políticas públicas para 2020 a valorização do atleta pelo Bolsa Atleta, que garante tranquilidade na preparação final para as Olimpíadas de Tóquio, o Programa Forças no Esporte (Profesp) e o Segundo Tempo, programas considerados carros-chefes na política social de inclusão.
A segunda pauta, tratada com maior detalhamento, foi o planejamento dos eventos relativos aos cem anos de participação brasileira no Movimento Olímpico. As primeiras medalhas do país, conquistadas na Antuérpia, em 1920, pela equipe de tiro completam um centenário."Este é um momento importante do esporte nacional e devemos reverenciar estas personalidades", afirmou o general.
O Escritório de Governança do Legado Olímpico
De acordo com o texto do decreto de criação do Escritório, os cargos para exercer as funções necessárias na entidade virão de remanejamento de profissionais vinculados à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. São 27 servidores. As atividades de operação das arenas ficarão sob supervisão do Ministério da Cidadania. Os projetos ligados ao estudo para desestatização das arenas terão supervisão do Ministério da Economia.
No Parque Olímpico da Barra, as estruturas a serem geridas são as Arenas Cariocas 1 e 2, o Centro Olímpico de Tênis e o Velódromo. No caso das estruturas sob comando federal no Parque Olímpico de Deodoro, segue em vigor o acordo de cooperação entre Ministério da Cidadania e Exército Brasileiro. Por ele, o Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) administra a Arena Coronel Wenceslau Malta, o Parque Equestre General Eloy Menezes, o Centro de Treinamento de Hóquei sobre Grama e o Centro Militar de Tiro Esportivo Tenente-Coronel Guilherme Paraense.
O decreto elenca, ainda, as competências que fazem parte da equipe do Escritório de Governança do Legado Olímpico. Entre elas, estão:
1. Administrar os bens e instalações do legado olímpico sob posse ou domínio da União
2. Viabilizar a adequação, a manutenção e a utilização das instalações esportivas olímpicas e paraolímpicas destinadas às atividades de alto rendimento ou em outras manifestações desportivas
3. Formular e implementar o planejamento estratégico, financeiro e orçamentário relativo à utilização dos bens e das instalações do legado olímpico
4. Estabelecer parcerias com a iniciativa privada para a execução de empreendimentos de infraestrutura destinados à melhoria, à exploração comercial e ao uso das instalações esportivas, aprovadas previamente em ato do Ministro de Estado da Cidadania
5. Fixar contrapartida onerosa, financeira ou material, ou a combinação de ambas, para as atividades relacionadas ao incentivo do esporte e ao estímulo do uso dos bens e das instalações do legado olímpico.