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Você está aqui: Página Inicial Acompanhe o Planalto Entrevistas Entrevista do presidente Lula para grupo de rádios de Minas Gerais
Info

Entrevista do presidente Lula para grupo de rádios de Minas Gerais

Entrevista por videoconferência concedida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para as rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNews FM BH, de Minas Gerais, em 5 de fevereiro de 2025
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Publicado em 06/02/2025 16h06


Transmissão ao vivo realizada pelo Canal Lula, no YouTube


Murilo Rocha (Rádio BandNews): Pergunta inaudível

Presidente Lula — Olha veja, companheiro Murilo, há uma coisa muito interessante nessa questão da inflação. Nós levamos ela muito a sério e eu acho que ela está razoavelmente controlada. A nossa preocupação é apenas evitar que os preços dos alimentos continuem prejudicando o povo brasileiro, e é por isso que nós temos feito reuniões sistemáticas com os setores que estão, na nossa visão e na visão dos pesquisadores, mais altos.

Por exemplo, a carne está muito alta, nós temos outros produtos que estão altos e nós precisamos discutir com os setores por que esses preços cresceram tanto de 12 meses para cá. Porque a verdade é que, em 2023, a carne caiu 30% e depois ela voltou a subir. Não tem um único fator que significa e que mostra o preço das coisas.

O que nós precisamos é tentar ajustar, porque a inflação causa muito prejuízo ao povo trabalhador. Nós estamos trabalhando com a ideia de que, primeiro, nós vamos controlar a inflação. Nós queremos dizer ao povo de Minas Gerais que o reajuste que poderá ser feito na Petrobras, tanto no diesel como em outros produtos da Petrobras, ainda está menor do que estava em dezembro de 2022.

É muito importante levar. Inclusive com a inflação de 7% ou 8% no período, ainda estão mais baixos, tanto o diesel quanto a gasolina. Nós estamos discutindo para saber o seguinte: como é que a gente faz a compensação na hora que você tem um reajuste, em que esse reajuste pode impactar no preço do transporte e, no transporte, impactar no preço do alimento.

Nós estamos discutindo isso. Nós temos consciência de que nós vamos baixar a inflação. Nós temos consciência de que nós vamos baixar o custo de vida e nós temos consciência que a cesta básica vai ficar mais acessível ao povo brasileiro, porque é disso que o povo precisa. Alimento barato e de qualidade na mesa. E o governo inteiro está trabalhando com isso.

Ainda ontem eu fiz uma reunião com a Fazenda [Ministério da Fazenda] e nós vamos encontrar uma solução. Eu tenho uma reunião nesta semana com o pessoal da carne, com o pessoal do Ministério da Agricultura, para que a gente encontre uma solução para fazer com que esse alimento chegue na mesa do trabalhador, compatível com o poder aquisitivo do trabalhador. É isso que está nos motivando, Murilo.

E nós vamos trabalhar com muito afinco para que a gente coloque as coisas nos eixos. Porque a economia brasileira está bem. O Brasil está crescendo. O emprego está crescendo. A massa salarial está crescendo. As coisas estão acontecendo, inclusive no estado de Minas, muitas coisas boas. E nós, então, precisamos cuidar com muito carinho do preço dos alimentos para o povo mais pobre, que é quem sofre com a inflação.

Sávio Scarabelli (Rádio Mundo Melhor): Presidente, Sávio Scarabelli, aqui da Rádio Mundo Melhor, Leste de Minas. Eu queria perguntar ao senhor sobre um outro assunto a respeito da política, a nova política migratória envolvendo o governo Donald Trump [presidente dos Estados Unidos], e um assunto que interessa muito aqui a região do leste de Minas Gerais, especialmente agora que começaram as deportações com a nova gestão americana.

A gente tem relatos de brasileiros, especialmente aqui da nossa região, que é conhecida internacionalmente por enviar muitos brasileiros para os Estados Unidos, sobre situações de maus-tratos que foram sofridas nesse primeiro voo de deportados que chegou ao Brasil, um assunto que, inclusive, ganhou muita repercussão. A gente conversou com um valadarense que denunciou, inclusive, que viu e presenciou dentro desse avião agressões contra idosos e até mesmo crianças autistas por parte de autoridades americanas.

Então, eu queria perguntar ao senhor como que o Governo Federal está acompanhando essa situação dessas deportações de imigrantes brasileiros que estão vindo dos Estados Unidos e como é que o Governo Federal vai se posicionar a partir de agora que esses relatos estão chegando e que, inclusive, brasileiros estão se unindo à Justiça em busca de reparação judicial contra o governo americano por conta dessa situação sofrida nesse primeiro voo de deportados que chegou ao Brasil.

Presidente Lula — Ô Sávio, na verdade, nós não tratamos a coisa como “deportação”, nós tratamos como repatriação. Porque são companheiros e companheiras brasileiras que foram para lá à procura de um mundo melhor, à procura de sorte, à procura de um emprego melhor e que não conseguiram se legalizar ou não foram aceitos pelo governo americano. O governo americano fez um acordo em 2019 e depois esse acordo foi refeito em 2021, que cria as condições para que eles venham para cá.

Eles vêm num avião alugado, eles vêm acompanhados, certamente, da Polícia Federal, do FBI americano e eles descem em Manaus e depois eles seguem para Belo Horizonte. Nós tivemos contato com o caso mais grave que foi o avião que teve problema na sua pressurização. Esse avião parou em Manaus e aí as pessoas estavam acorrentadas para descer do avião e eles queriam levar as pessoas acorrentadas para Minas Gerais.

A nossa Polícia Federal interveio, o nosso Ministério das Relações Exteriores interveio, a nossa ministra dos Direitos Humanos interveio e nós, então, acertamos que eles não iam poder ser acorrentados. Ou seja, enquanto eles estão dentro do avião no território americano, eles são cidadãos que pertencem à política e à lei dos Estados Unidos. Mas quando eles chegam no território nacional, que o avião abre a porta, eles estão submetidos à legislação brasileira e disso nós vamos cuidar.

Vamos cuidar com muito carinho porque nós queremos que os brasileiros sejam bem tratados. É só importante lembrar que não é um problema do Trump. Esse é um problema que foi feito um acordo ainda na época do governo Temer [Michel Temer, ex-presidente da República], depois no governo Bolsonaro [Jair Bolsonaro, ex-presidente da República] e isso foi feito ainda com o governo Biden [Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos].

É um acordo de deportação — que nós aqui tratamos como repatriação — e, portanto, nós vamos tratar com muito carinho. Tem muita gente nos Estados Unidos, muitas delas estão presas, muitas delas não querem voltar para o Brasil porque querem continuar trabalhando lá, mas o governo americano não quer que elas fiquem lá. Então, é uma questão de direitos humanos.

Você está vendo o discurso do presidente Trump: todo dia ele fala uma coisa, todo dia, é uma coisa que a gente não consegue compreender como é que um homem pode falar tanta coisa que não tem, muitas vezes, consequência, todos os dias. Mas nós vamos tentar cuidar dos brasileiros com carinho e respeito. Hoje (dia 7), vai chegar um avião. Eu fui informado que vai chegar um avião. Ele vai parar em Fortaleza (CE). Aí nós vamos ver quantas pessoas tem, de que estado são as pessoas, para a gente poder cuidar quando chegarem aqui.

Eu acho que, inclusive, nós estamos conversando com o Itamaraty e com a Polícia Federal para que a gente comece a ter todos esses dados lá em Louisiana [estado dos Estados Unidos], onde eles embarcam, para que a gente possa se preparar para recebê-los aqui e fazer com que eles cheguem no seu destino de origem. Eu sei que tem muita gente de Minas Gerais. Isso é histórico, a quantidade de mineiros que foram para os Estados Unidos, sobretudo, a começar de Governador Valadares.

Mas não é só, tem gente do Brasil inteiro e nós precisamos cuidar dessas pessoas quando voltam. Posso te dizer, Sávio, que nós estamos muito, muito atentos, a Polícia Federal, o Ministério da Justiça [e Segurança Pública], o Ministério dos Direitos Humanos [e da Cidadania] e o Itamaraty, para que a gente dê cidadania a esses companheiros quando chegam ao Brasil. Inclusive com assistência médica para saber se as pessoas estão com algum problema de saúde. E nós vamos tratar como se deve tratar um ser humano, com muito carinho e muito respeito.

Murilo Rocha (BandNews): Presidente, essa mudança do voo chegando em Fortaleza e não em Confins, qual é o objetivo dela? E uma segunda questão, como falamos da relação Brasil-Estados Unidos, eu queria saber também como o senhor está avaliando essa questão dos “tarifaços”, dessas ameaças que o governo Trump tem feito de taxar os países, as importações e também a fala dele de ontem sobre Gaza. Uma fala preocupante dos Estados Unidos que quer controlar Gaza e retirar a população de Gaza.

Presidente Lula —

Olha, eu sinceramente, companheiro Murilo, tenho a compreensão de que nós estamos vivendo um momento que quanto mais coisas difíceis você falar, quanto mais coisas irreais você falar, mais você tem destaque na mídia mundial. Vamos ser francos com uma coisa: os Estados Unidos participaram do incentivo a tudo o que Israel fez na faixa de Gaza. Então não tem sentido o presidente dos Estados Unidos se reunir com o presidente de Israel, o Netanyahu [Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel], e dizer: “olha, nós vamos ocupar Gaza e vamos recuperar Gaza, vamos morar em Gaza”. E os palestinos vão para onde? Onde que eles vão viver? Qual o país deles? Então é uma coisa praticamente incompreensível por qualquer ser humano. Eu acho que as pessoas precisam parar de falar aquilo que lhe vem na cabeça e começar a falar aquilo que é razoável para que a gente possa consolidar o processo de respeitabilidade no mundo, o processo democrático no mundo, o processo de que cada um manda no seu país, cada um governa o seu país, e vamos deixar os outros países em paz.

O que aconteceu em Gaza foi um genocídio, e eu sinceramente não sei se os Estados Unidos, que faz parte de tudo isso, seria o país para tentar cuidar de Gaza. Eu acho que quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos, porque eles precisam ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruído, para que eles possam reconstruir as suas casas, os seus hospitais, as suas escolas, e viver dignamente, com respeito.

É por isso que nós defendemos a criação do Estado Palestino, igual o Estado de Israel, e estabelecer uma política de convivência harmônica, porque é disso que o mundo precisa. O mundo não precisa de arrogância, o mundo não precisa de frases de efeito, o mundo precisa de paz e tranquilidade.

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Presidente Lula, Edilene Lopes da Rádio Itatiaia aqui falando. O senhor consegue me ouvir agora?

Presidente Lula — Estou te vendo bem, Edilene.

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Ótimo. Presidente, muito obrigada por mais essa entrevista para nós, para a Band, para o Mundo Melhor. Eu queria falar sobre uma questão que é muito cara para Minas Gerais. Na próxima quinta-feira, amanhã, é o início das obras da BR-381, que finalmente foi concedida. Eu queria que o senhor falasse um pouco sobre esse assunto, mas também sobre o Propag, que é o Programa de Pagamento de Dívidas dos Estados.

O governador Romeu Zema criticou muito os vetos do senhor em relação a esse programa, dizendo que isso não seria tão benéfico para o estado, porque teria que pagar parcelas muito grandes agora no início. Eu queria saber se o senhor tem temor de que esses vetos sejam derrubados, porque isso pode afetar o orçamento federal.

E já queria emendar uma pergunta que tem a ver com 2026, com a disputa do governo de Minas, em que o governador Romeu Zema com seu grupo estará de um lado e o senhor estará de outro. Qual ministério deve ser destinado ao ex-presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e ele ter um ministério é fundamental para que ele concorra ao Governo de Minas na base do senhor, como o senhor tanto deseja? Muito obrigada.

Presidente Lula — Edilene, primeiro eu queria agradecer a tua pergunta, e queria (é uma coisa que eu deveria ter falado no começo e eu não falei), queria desejar a mais rápida recuperação do prefeito Fuad [Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte], que eu fiquei sabendo que ele já está se recuperando, que já parece que extirparam de uma vez o câncer, e ele agora está no processo de recuperação, e eu fico pedindo a Deus que o Fuad possa voltar logo a exercer a sua função, porque Belo Horizonte precisa de um bom prefeito.

A segunda coisa, Edilene, é sobre o nosso companheiro Rodrigo Pacheco. Rodrigo Pacheco é uma pessoa que eu não conhecia quando cheguei na Presidência da República, estabeleci uma relação com ele como presidente da República, ele presidente do Senado, e tivemos uma relação cordial, uma relação muito harmônica, uma relação de muito respeito. E eu inclusive sou muito agradecido ao Pacheco porque o acordo da dívida de Minas Gerais só aconteceu por causa do Pacheco.

Só aconteceu porque o companheiro Pacheco, o companheiro Rodrigo Pacheco, se dedicou para que a gente pudesse concluir esse acordo. Então, para mim, é muito estranho, depois de fazer um acordo de uma dívida de R$191 bilhões, em que o estado de Minas Gerais tinha dificuldade até de pagar a taxa de juros. A gente faz um acordo em que Minas Gerais deixa de pagar o juros, e nós, no acordo, colocamos que 60% do que Minas não pagar deverá ser investido na educação, saneamento básico, habitação, para que esse dinheiro possa causar benefício direto ao povo de Minas Gerais.

E quando eu fico sabendo que o governador de Minas Gerais tem feito críticas, disse que vai recorrer para derrubar o veto que eu fiz, eu fiz um veto em tudo aquilo que a Advocacia-Geral da União disse que era inconstitucional. Eu fiz o veto. E fiz o veto consciente de que eles podem derrubar. O Congresso Nacional tem soberania para derrubar o veto, e eu tenho soberania para recorrer, ou seja, é um processo normal.

O que eu acho é que o governador deveria apenas respeitar, porque nós fizemos uma coisa que eles não conseguiram fazer. É importante respeitar. É importante dizer para o povo mineiro que o Pimentel [Fernando Pimentel, ex-governador de Minas Gerais] pagava dívida. O Pimentel conquistou na Justiça, junto com a Ministra Rosa Weber [ex-ministra do Supremo Tribunal Federal], o direito de não pagar, mas quem conquistou esse direito, na verdade, foi o Zema, que entrou no governo depois.

Então, durante todo o período que ele governou, ele não pagou. Todo o período. Agora que ele tem que pagar, é importante que ele compreenda que o Propag é um acordo muito bom para Minas Gerais, para os prefeitos de Minas Gerais, para o povo de Minas Gerais, para o povo brasileiro e para o governo brasileiro.

Não é um acordo que beneficia o governo brasileiro, beneficia muito mais os estados que estavam devendo: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul. Muito mais esses estados que não pagaram e estão sendo beneficiados agora. Então, o que eu acho importante é apenas o bom senso.

Eu não tenho o hábito, Edilene, de falar mal de governador. Não tenho, porque ele foi eleito pelo povo, eu fui eleito pelo povo. A nossa relação tem que ser uma relação democrática, civilizada, republicana, para que a gente possa governar, cada um cumprindo com a sua função. O que eu acho é que nós fizemos uma coisa extraordinária. As pessoas têm que lembrar que essa dívida não é de agora. Essa dívida subiu de R$119 bilhões para R$191 bilhões.

É a mesma coisa de Mariana. Mariana desde 2015 que estava paralisada. Ninguém negociava! E quando negociava era para interesse de governador, de prefeito. Não! Nós fizemos um acordo de R$170 bilhões, Edilene. R$170 bilhões: R$132 bilhões novos e R$38 bilhões que já tinham sido utilizados. E esse dinheiro será utilizado exclusivamente para atender ao povo que foi vítima do desastre de Mariana.

Então, esses acordos foram feitos com muito trabalho do Governo Federal, com muito trabalho da nossa Advocacia-Geral da União, o companheiro ministro Messias [Jorge Messias, advogado-geral da União], com muita dedicação da Casa Civil, com muita dedicação do Ministério da Fazenda. E depois que o acordo está feito, nós agora precisamos colocar em prática o acordo, porque ele vai ser pago em parcela. E nós precisamos, inclusive, criar um comitê de Mariana para administrar esse dinheiro.

Ele vai ser administrado pelo BNDES, mas as decisões serão tomadas pelo povo que foi vítima do desastre. Isso só foi possível porque você tem na Presidência da República um governo que não quer brigar. Um governo que quer negociar. Um governo que quer devolver para o povo a tranquilidade que o povo tinha perdido há alguns anos atrás. É isso que está acontecendo.

Da mesma forma, Edilene, na BR-381, essa chamada Estrada da Morte. Amanhã, o ministro Renan [Filho, ministro dos Transportes] estará com o ministro Alexandre [Silveira, ministro de Minas e Energia] em Minas Gerais para anunciar definitivamente o início dessa obra, que já foi contratada por R$9 bilhões para que a gente possa entregar, daqui a alguns anos, essa estrada perfeitamente bem, duplicada, com todas as faixas que for necessário, com todos os viadutos que forem necessários, com todos os trânsitos que forem necessários, para que o povo de Minas Gerais aprenda a chamar Rodovia da Vida e esquecer o nome Rodovia da Morte.

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Presidente, o senhor, de fato, ofertou um ministério ao ex-presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco? Ele estaria cotado para a Defesa, para a Justiça e até para o Ministério da Indústria, que seria um ministério com muitas entregas, e aproximaria ele do PIB mineiro. De fato, o senhor fez essas ofertas? Qual seria a pasta para ele? E ter um ministério é parte do plano, do planejamento do senhor para que Rodrigo Pacheco seja candidato na base do PT em 2026 ao governo de Minas?

Presidente Lula — Olha, eu tenho uma aliança muito forte com o partido do Rodrigo Pacheco, com o PSD. E tenho três ministros do PSD no governo, aliás, o Alexandre Silveira, que é um ministro extraordinário, ministro de Minas e Energia, que tem feito um trabalho excepcional. Então, veja, eu tenho...

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Ele está mantido nessa pasta, presidente? Por falar nisso, Minas e Energia, que é uma pasta disputada, Silveira fica nela?

Presidente Lula — Eu tenho o ministro da Agricultura, o companheiro Fávaro [Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária], que é um grande ministro, de forma extraordinária, e tenho o ministro do Turismo [Celso Sabino]. Ora, deixa eu te dizer uma coisa, Edilene. Se eu falar para você que eles vão ficar, você vai dizer: “Lula não faz mudança no governo”. Mas posso te dizer uma coisa. O meu sonho com o Pacheco, eu já disse numa entrevista, eu vou repetir para você. Eu estou tentando há muito tempo conversar com o Rodrigo Pacheco para mostrar que ele é hoje a figura pública mais importante de Minas Gerais. E que se ele quiser ser candidato a governador, ele poderá ser o futuro governador de Minas Gerais.

É só ele querer, para a gente trabalhar para que ele possa ser eleito governador. Ele vai ter que decidir, tá? O Alexandre Silveira é um ministro excepcional. Excepcional. Eu acho que poucas vezes o Ministério de Minas e Energia teve um ministro da competência, da vontade de brigar, da vontade de lutar, com o interesse por Minas Gerais que tem o Alexandre Silveira. Então, eu posso falar para você em alto e bom som: ele será mantido ministro, será mantido ministro. Não há por que mexer numa coisa que está fazendo uma revolução no setor energético brasileiro e no setor de minas desse país.

Portanto, veja, eu ainda vou discutir muito com o PSD, vou discutir com os outros partidos políticos, porque eu não tenho pressa de fazer nenhuma reforma. Eu quero é ajustar as peças que nós temos que trocar. Você gosta de futebol? Você veja, quando o Atlético entra em campo e o Cruzeiro, de vez em quando o técnico tira uma peça e coloca outra para ver se melhora, para ver... É isso que eu posso fazer, mas com muita tranquilidade, com muita tranquilidade.

Não tenho pressa, não tenho data, e sim, eu vou fazer os ajustes quando eu achar necessário fazer ajustes. E discutirei tudo…

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Só para arrematar. Desculpe interromper, presidente, como a gente está a distância, aí, às vezes, o timing fica diferente. Só para arrematar, então, o senhor espera uma resposta do Rodrigo Pacheco, tanto para o Ministério quanto para o governo de Minas, até quando, já que ele vai tirar umas férias aí de três semanas, e a informação que eu tenho é que o senhor queria uma sinalização positiva dele antes. E já pensando nessa relação com o PSD e com o MDB, o senhor acha que o vice do PT em 2026, seja o senhor o candidato ou um sucessor, vai ser de um desses dois partidos?

Presidente Lula — Eu não posso definir a chapa de 2026, Edilene. Com todo o respeito e carinho. Eu tenho apenas uma ideia, não há um prazo fixo, não há uma data fixa, só um tempo. O tempo é a eleição de 2026. Mas eu pretendo, acho que o Pacheco tem o direito de tirar férias, tem o direito de descansar, nós temos todo o tempo do mundo, e quando ele voltar, eu quero ter uma reunião com o PSD, com a participação dos ministros do PSD, com a participação da direção do PSD, e dizer o que é que a gente vai fazer. Obviamente que o PSD vai demonstrar o que ele quer. Mas é com muita tranquilidade, não há pressa. Por isso, o Pacheco pode tirar férias, tire umas boas férias, descanse, porque a quantidade de trabalho que tem pela frente é muito grande.

Eu até brinco com o Pacheco que se ele souber o tamanho do estado de Minas, se ele começar a viajar para o Vale do Jequitinhonha, para o Vale do Rio Doce, para todos os vales que tem em Minas Gerais, ele vai perceber que é muito melhor do que ser senador. Então, vai depender dele, vai depender muito dele. Eu acho que haverá apoio de todos os partidos políticos que se opõem ao atual governador, para que ele possa ser o futuro governador.

Mas, se ele não quiser, paciência, vamos ter que escolher outro, e vamos ter que escolher um outro mineiro para governar Minas Gerais.

Murilo Rocha (Rádio BandNews): Presidente, o senhor citou aí o Propag, Programa de Pagamento da Dívida dos Estados, e uma das possibilidades é o abatimento da dívida através da federalização de estatais. O Governo Federal tem interesse, por exemplo, na Cemig, que é a Companhia de Energia de Minas Gerais, ou na Codemge, que tem a questão do Nióbio? Essa pauta já foi discutida, tem interesse nessas estatais mineiras?

Presidente Lula — Obviamente que nós temos. Se nós colocamos no acordo, é porque o governo tem interesse em discutir algumas empresas de Minas Gerais que possam interessar ao Estado brasileiro. Qual é o problema? E por que que eu vetei? Na verdade, eu não vetei. Eu ia vetar e não vetei, porque no texto do acordo diz que o governo não é obrigado a comprar. O governo pode comprar ou não. Ora, é porque eu não quero comprar a Cemig para privatizá-la.

Você acha que eu esqueci quando o Itamar Franco colocou a polícia de Minas Gerais para enfrentar o exército do Fernando Henrique Cardoso, quando ele disse que ia privatizar a Cemig? Ora, se a Cemig é uma coisa muito importante para o povo mineiro, que fez com que o Itamar tomasse a posição que tomou, que colocasse a polícia do estado perto da Cemig para não permitir a privatização, você acha que eu vou assumir a responsabilidade de adquirir a empresa para privatizá-la? Não, não vou.

Então, se é para privatizá-la, que Minas Gerais a venda, pague o governo e depois eles privatizam, mas eu não vou fazer isso. E tem outras empresas que a gente pode fazer, mas nós queremos estudar cada empresa, caso por caso, é por isso que eu não vetei, porque o Governo Federal tem o direito de aceitar ou não a contrapartida de uma empresa.

Murilo Rocha (Rádio BandNews): Presidente, sobre a BR-381, tem um trecho que é do governo. O Governo Federal, para poder fazer o leilão e ter um vencedor, ele tirou o trecho entre Belo Horizonte e Caeté, que é um trecho super perigoso, justamente porque há muitas moradias irregulares nas margens da rodovia. O senhor já pode assumir um compromisso de quando o governo vai fazer essa obra de duplicação desse trecho, sendo que é uma questão complicada, essa remoção, essas desapropriações?

Presidente Lula — Olha, esse trecho nós assumimos, exatamente, porque esse trecho criava determinada confusão nas licitações. Então, o ministro dos Transportes, o companheiro Renan, assumiu o compromisso de que o DNIT vai fazer essa obra. E amanhã de manhã, ele estará em Ipatinga, junto com o Alexandre Silveira, para anunciar o começo das obras. É um investimento muito grande. É um investimento que vai envolver uma quantia de R$9 bilhões.

E as empresas vão cuidar de um trecho de 343 quilômetros. E o DNIT vai cuidar do outro trecho, que vai de Belo Horizonte a Caeté, numa coisa muito importante. Ou seja, nós vamos assumir a responsabilidade. Eu quero visitar Minas Gerais e quero ir na BR-381, para que as pessoas saibam que não vai haver nada que proíba a gente de construir essa estrada para dar tranquilidade ao povo de Minas Gerais.

Sávio Scarabelli (Rádio Mundo Melhor): A duplicação da BR-381 era algo muito esperado por Minas Gerais e finalmente vai acontecer. Mas antes de haver essa concessão, houve uma certa dificuldade por parte do Governo Federal, inclusive, para que houvesse empresas interessadas em assumir essa obra. A gente teve situações de leilão que não teve lance por esse trecho que o senhor acabou de citar, que gerava uma grande complicação. A população aqui de Minas Gerais, claro, já ansiosa para ver os resultados dessa concessão, já fica aguardando quando que começam, de fato, essas intervenções de melhoria e essas obras de duplicação aqui no estado de Minas Gerais.

A gente também gostaria de saber do senhor o seguinte: como existe essa dificuldade de logística, e a gente sabe que a economia também é um assunto que, por muitas vezes, é uma complicação na realização de obras, a privatização de outras rodovias, até mesmo em Minas Gerais, é um caminho que o senhor estuda para poder facilitar a melhoria da condição viária do estado, uma vez que é uma das maiores do país?

Presidente Lula — Ô Sávio, primeiro, uma coisa importante: não há privatização. Há uma concessão por determinado período e a gente dizia que era para privatização quando o governo cobrava outorga. Ou seja, era quase como se o governo vendesse a estrada para uma empresa que pagava uma quantia em dinheiro e depois quem ganhasse a concorrência colocava o preço do que pagou no pedágio. Não é o que vai acontecer. Não tem outorga. O nosso olhar é para o usuário da estrada, que vai ter uma estrada com pedágio barato e com estrada de qualidade.

É isso que vai acontecer. Por que não aconteceram outras licitações e não deram certo? Porque o edital determinava condições que os empresários não tinham interesse. Os empresários não tinham interesse, achavam que não era rentável, achavam que não podiam fazer o investimento.

Então, o governo fez o edital que permite aos empresários ter certeza de que ele vai ter retorno daquilo que ele fizer o investimento. E aí apareceram os interessados. Vão investir R$9 bilhões, não é pouca coisa, e nós vamos, então, cuidar desse pedaço menor da estrada de Belo Horizonte a Governador Valadares.

E aí nós vamos ver uma estrada recuperada, mas tem várias outras estradas ainda, a [BR] 116, a [BR] 040, ou seja, que nós vamos cuidar com muito carinho, porque nós melhoramos muito as estradas de Minas Gerais. Quando a gente pegou o governo há dois anos atrás, as estradas tinham menos de 50% da avaliação, já estão com 74% da avaliação, numa demonstração de que o ministro Renan está trabalhando com muita competência.

Então, nós queremos, na verdade, ser comparados com tudo aquilo que tinha sido feito anteriormente por Minas Gerais. Eu tenho consciência do que nós estamos fazendo em Minas Gerais. Veja, de R$140 bilhões que foram investidos no PAC, R$35 bilhões foram investidos até julho de 2024. E a gente vai fazer por Minas Gerais aquilo que Minas Gerais merece, porque Minas é o segundo estado da Federação, é um estado muito importante do ponto de vista político, do ponto de vista eleitoral, do ponto de vista cultural, e nós vamos dar a Minas o que Minas merece.

É isso que vai acontecer, Sávio. Pode ficar certo que nós poderemos, quem sabe, fazer uma entrevista ao vivo na próxima vez que eu for a Minas Gerais para você cobrar, olho no olho, isso que eu estou falando aqui.

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Presidente Lula, Edilene aqui outra vez, só para... Acredito que a gente já esteja caminhando um pouquinho para o encerramento, então vou fazer minha última pergunta. Qual é a prioridade do Governo Federal no Congresso Nacional de pautas a serem aprovadas? E existe uma conversa de que há uma mobilização da oposição para alterar a Lei da Ficha Limpa e reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, colocando ele na possibilidade de, inclusive, concorrer em 2026, possivelmente contra o senhor. Queria saber a posição do senhor sobre esses dois assuntos. Diretamente sobre o que vai ser a prioridade no Congresso Nacional e o principal desafio, e sobre a reversão da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Presidente Lula — As pessoas são muito interessantes. Nem terminou o processo, as pessoas já querem anistia. Eles não acreditam que são inocentes? Eles deveriam acreditar que eles são inocentes e não ficar pedindo anistia antes do juiz determinar qual é a punição ou se vai ter punição. O que nós estamos garantindo é um processo de julgamento altamente democrático, em que eles têm todo o direito de defesa. Agora, quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque as pessoas estão se condenando. Eles acham que fizeram exatamente aquilo que a Justiça está dizendo que ele fez.

Então, primeiro, esperem o julgamento e se defendam. Vai ter uma condenação, ou não. Vocês terão o direito de se defender. Haverá um direito de defesa que nunca houve pra mim. Pra ele vai haver. E se a justiça entender que ele pode concorrer às eleições, ele pode concorrer. E se for comigo, vai perder outra vez. Se for comigo, vai perder outra vez. Porque eu estou te dizendo uma coisa, Edilene, não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição nesse país. Não há. Não há possibilidade dos blefadores, daqueles que não têm nenhum respeito pelas crianças que ficam na televisão, que ficam na internet acompanhando a mentira deles.

Não tem. Então, sabe, eu estou muito tranquilo com relação a isso. Quem vai decidir o processo é a Justiça. Quem vai absolvê-lo ou condená-lo é a Justiça. Depois que isso acontecer, vamos ver como é que nós vamos fazer. Eu acho que quem tentou dar um golpe, quem articulou, inclusive, a morte do presidente, do vice-presidente, do presidente do Tribunal Eleitoral, não merece a absolvição. Eu acho. Eu digo todo dia: por menos do que eles fizeram, muita gente no Partido Comunista foi morta. Por menos do que eles fizeram, muita gente foi presa.

Por menos do que eles fizeram, o Prestes passou 50 anos prestando contas à Justiça brasileira. Eles tentaram dar um golpe, anunciaram e prepararam a morte do presidente da República, a morte do vice-presidente da República, a morte do presidente do Tribunal Eleitoral e acham que são inocentes? Ora, não tem sentido. Eles que paguem pelas mazelas que eles fizeram. Se forem inocentes, serão absorvido. Se forem culpados, serão punidos. É isso que vai acontecer.

Então, eu estou muito tranquilo. Você sabe que uma coisa que me deixa tranquilo é o seguinte: a verdade, só o Bolsonaro sabe. Se ele quis dar golpe, ele sabe que quis dar. Por isso que ele fugiu para Miami. Por isso que ele fugiu para Miami. Se ele fosse um homem que não tivesse preparado toda aquela podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse como qualquer ser humano civilizado faria. Mas ele não. Então, é o seguinte: vamos aguardar o julgamento. Vamos aguardar o julgamento com muita tranquilidade, porque eu acho hilariante eles pedirem anistia antes de serem condenados. Ou seja, isso significa que eles não acreditam neles mesmos.

Murilo Rocha (Rádio BandNews): Presidente, Murilo aqui da BandNews, para fazer a última pergunta para o senhor. Eu queria, antes de fazer a última pergunta, convidar o senhor, quando estiver em Belo Horizonte, para vir presencialmente aqui, tanto à Rádio BandNews, quanto à TV Band Minas. Mas eu queria perguntar sobre essas duas últimas pesquisas do Instituto Quaest, que saíram nesta semana e na semana passada, onde pela primeira vez, 49% dos entrevistados avaliaram negativamente o trabalho do senhor, enquanto 47% avaliaram positivamente. E nesta semana uma outra pesquisa mostrou que, apesar disso, o senhor lidera todos os cenários para a corrida presidencial em primeiro e segundo turno. E chama atenção o senhor como a única opção da esquerda e vários nomes da direita, inclusive o cantor Gusttavo Lima. Queria que o senhor analisasse esse momento de uma popularidade ruim, mas ainda assim o senhor liderando essas pesquisas diante desses candidatos da direita.

Presidente Lula — Murilo, há uma coisa muito engraçada nessas pesquisas. A primeira porque ela são muito, muito, muito distantes daquilo que nós iremos fazer acontecer nesse país. Com relação às eleições, não há pesquisa que possa dar certo com dois anos de antecedência. Nós temos que esperar o momento certo para que a pesquisa possa dizer o que vai acontecer.

Com relação à aprovação do governo, eu tenho dito todo santo dia: 2025 será o ano de entrega do nosso governo. Nós passamos dois anos arrumando esse país. Passamos dois anos preparando esse país, porque nós entramos numa casa semidestruída. Você está lembrado que, para a gente poder governar, a gente teve que fazer uma PEC da Transição, porque a gente não tinha dinheiro para governar em 2023, inclusive para pagar a dívida do outro governo.

Você está lembrado que, nesse pouco tempo, a gente ficou trabalhando para aprovar a PEC da Transição, um Arcabouço Fiscal e uma Reforma Tributária. E plantando, capinando a terra, passando o arado e jogando sementes. Agora, 2025 é o ano da colheita que nós vamos fazer nesse país. E você pode se preparar, Murilo, porque você vai ter que divulgar muitas das coisas que nós fazemos, que vai se transformar em notícia. Pode ficar tranquilo que você vai poder acompanhar com muito carinho o que vai acontecer nesse país.

Na questão do emprego, na questão do salário, na questão da inflação, na questão de rodovia, na questão da educação. Só em Minas Gerais, só em Minas Gerais, Murilo, nós temos, só em Minas Gerais, 385 mil jovens que iam desistir da escola e que nós criamos o Pé-de-Meia para garantir que esses jovens pudessem continuar estudando. Só em Minas Gerais. Mais quase 580 mil em São Paulo. E praticamente 4 milhões no Brasil de jovens que iam desistir da escola e que nós, então, garantimos que eles continuassem estudando, porque nós temos consciência de que somente a educação é capaz de garantir que esse país seja um país desenvolvido.

Então, eu estou convencido disso. Estou convencido que, quando chegar lá para abril ou maio do ano que vem, as pesquisas começam a ter uma proximidade com a realidade. Mas, por enquanto, é muito cedo escolher quem é que vai ser candidato a presidente da República, é muito cedo querer medir a aprovação de um governo. Você está lembrado que no primeiro mandato eu dizia o seguinte: eu fui eleito para governar até 31 de dezembro de 2026. Eu quero ver quando chegar no último mês de governo a gente fazer uma comparação de tudo que foi feito no nosso governo com tudo que foi feito no governo anterior, e você vai perceber que, na maioria das coisas, nós estamos fazendo em dois anos o dobro do que eles fizeram em quatro anos.

E, quando chegar em dezembro de 2026, a gente vai ter feito o triplo do que eles fizeram, porque eles não trabalharam, a não ser contar mentiras, a não ser fazer fake news, a não ser dizer inverdades para o povo brasileiro. É isso que me deixa convencido de que a colheita será extraordinária no ano de 2025. Eu vou começar a viajar o Brasil, estou começando a viajar amanhã, depois eu viajo sexta-feira, e, a partir da semana que vem, não pararei mais de viajar esse país para entregar obras, dar lançamento de início de obras e fazer a colheita que eu estou te prometendo agora. Estou convencido.

Murilo Rocha (Rádio BandNews): Vem à Band Minas, por favor. O senhor vem à Band Minas, o convite está lançado.

Presidente Lula — Quando eu for em Minas, você prepara uma cadeira, prepara os entrevistadores que eu vou visitar a Band News.

Murilo Rocha (Rádio BandNews): Obrigado, presidente.

Sávio Scarabelli (Rádio Mundo Melhor): Presidente, agora sim, Sávio da Rádio Mundo Melhor, eu queria fazer também a minha última pergunta aqui para o senhor, e aí, nessa última pergunta, eu queria voltar um pouquinho ali no cenário internacional. Porque o senhor, inclusive, fez agora há pouco algumas críticas a falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dentre as falas que ele fez recentemente, ele fez algumas ameaças de duras taxações aos membros do BRICS caso o dólar fosse abandonado como a principal moeda de negociações entre o bloco, inclusive dizendo que se o BRICS adotasse uma moeda diferente, ele poderia taxar até em 100% as negociações envolvendo os países membros do BRICS.

O que eu queria entender aqui com o senhor é como é que o Brasil está acompanhando essa situação, se o Brasil estuda uma eventual "retaliatória, vamos dizer assim, uma resposta de igual moeda caso esse tipo de ação ocorra por parte dos Estados Unidos, por conta desse anseio que o senhor já manifestou publicamente várias vezes, de não ficar dependendo apenas do dólar como principal moeda de negociação, e aproveito também para deixar aqui o convite para o senhor quando vier ao leste de Minas Gerais para visitar aqui os estúdios da Rádio Mundo Melhor.

Presidente Lula — Bom, aí quando eu for a Minas Gerais, aí eu vou ficar só visitando o rádio e não vou poder fazer nenhuma programação de anúncio de obras. Ô Sávio, tem uma coisa muito importante que é o seguinte: você tem um tipo de político que vive de bravata, vive de bravata. Então, o presidente Trump fez a campanha dele assim, ele agora tomou posse e já anunciou ocupar a Groenlândia, já anunciou anexar o Canadá, já anunciou mudar o nome de Golfo do México para Golfo da América, já anunciou reocupar o Canal do Panamá. Sinceramente, sabe, sinceramente, nenhum país, por mais importante que seja, pode brigar com todo mundo todo o tempo. Não pode brigar.

Ele tem que saber o seguinte: os BRICS significam praticamente metade da população mundial. Significa quase metade do comércio exterior nesse mundo. E nós temos o direito de discutir da criação de uma forma de comercialização que a gente não dependa só do dólar. Não foi o mundo que decidiu, não foi a ONU, que o dólar seria a moeda. Foram os Estados Unidos. Então é importante que a gente não tenha preocupação com as bravatas do Trump, que a gente discuta o que é importante para nós.

O que é importante para o mundo. Não é o mundo que precisa dos Estados Unidos. Os Estados Unidos também precisam do mundo. Os Estados Unidos precisam conviver harmonicamente com o Brasil, com o México, com a China, precisam viver. Ninguém pode viver de bravata a vida inteira. Ninguém pode viver ameaçando todo mundo a vida inteira. É importante apenas ter cuidado. Os Estados Unidos, a vida inteira, foram vendidos como se fossem o símbolo da democracia mundial, se autodeterminaram o juiz do planeta.

Uma fábula de dinheiro é gasto com armamento todo santo dia, com as forças armadas. Ora, ele não pode agora mudar repentinamente do país que vendia a ideia da paz para o país que vende a ideia da provocação, da discordância. É importante pensar nisso. É importante pensar nisso. Faz uma bravata hoje, amanhã conversa com o México. Faz uma bravata amanhã, depois conversa com o Canadá. Faz uma bravata com a Venezuela e vai conversar com a Venezuela. É importante fazer o diálogo com todo mundo. Eu digo todo dia: o Trump foi eleito para governar os Estados Unidos. Eu fui eleito para governar o Brasil. Ele deve cuidar bem dos Estados Unidos e eu devo cuidar bem do Brasil.

A relação comercial com os Estados Unidos é muito boa. A nossa relação diplomática é de 200 anos. Nós temos um fluxo de balança comercial de praticamente 85 bilhões e eles têm superávit com relação a nós. Mas o mundo não precisa só dos Estados Unidos. O mundo precisa de todo mundo. Só para você ter ideia, o Brasil abriu 303 novos mercados para exportar os nossos produtos, 303 novos mercados. Não é só os Estados Unidos. Nós precisamos dos Estados Unidos.

Sávio Scarabelli (Rádio Mundo Melhor): Presidente, numa eventual taxação do governo americano a produtos brasileiros por causa de uma discordância da forma de negociação, o Brasil também estaria disposto, como resposta, a taxar produtos americanos?

Presidente Lula — É lógico. É lógico. É o mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade. Você tem na Organização Mundial do Comércio uma permissão para que você possa taxar qualquer produto até 35%. Para nós, o que seria importante seria os Estados Unidos baixarem a taxação e nós baixarmos a taxação. Mas se ele, ou qualquer país, aumentar a taxação com o Brasil, nós iremos utilizar a reciprocidade. Nós iremos taxar eles também. Isso é simples, é muito democrático. Não há por que ficar tentando colocar uma questão ideológica nisso.

O que eu acho é que o mundo está precisando de paz, de serenidade. O mundo está precisando de alguém que trate as coisas com muita delicadeza. Porque o mundo está muito nervoso. E eu acho que não é possível a gente não entender que somente com muita paz, com muita harmonia a gente pode fazer o mundo que a gente sonha. Eu estou vendo o comportamento dos Estados Unidos. Já rompeu com a OMS, agora deixou de pagar não sei o que.

Ou seja, os Estados Unidos estão se isolando do mundo. E isso não é importante nem para eles e nem para o mundo. É importante que a diplomacia volte a funcionar e que a gente restabeleça a harmonia. Como é que a gente vai prescindir de um país do tamanho da China? Como é que a gente vai prescindir de um país do tamanho da Índia? Como é que a gente vai prescindir de uma força como a Rússia? Como é que a gente vai prescindir do México? Como é que a gente vai prescindir dos países africanos?

Então, é o seguinte: é preciso bom senso para que o mundo dê certo. Para que a gente possa fazer uma discussão planetária, se preocupando em preservar o nosso planeta. Fora disso, eu fico vendo todo dia... Você sabe uma coisa que me lembra? O que me lembra é o seguinte: eu estava na Polícia Federal logo que o Bolsonaro ganhou. E eu via todas as bobagens que o Bolsonaro falava todo santo dia.

E eu via quanto tempo vocês perdiam comentando as bobagens do Bolsonaro, quanto tempo, quanto tempo... Ele falava uma bobagem qualquer e vocês passavam meio dia, uma hora, em todos os horários discutindo. Então é importante que a gente comece a selecionar as coisas sérias para que a gente possa discutir. Por exemplo, uma entrevista sobre Minas Gerais, para a gente falar das coisas que a gente está fazendo em Minas Gerais, dos investimentos em Minas Gerais, da agricultura de Minas Gerais, do leite de Minas Gerais, do queijo de Minas Gerais.

É mais importante do que eu ficar fazendo bravata. É mais importante. Então eu quero agradecer a vocês pelo carinho, pela delicadeza, pela gentileza dessa entrevista e eu espero poder, quem sabe, não esperar tanto para voltar a conversar com vocês.

Eu sei que, às vezes, conversar com três é difícil porque vocês fazem uma pergunta e ficam um tempão esperando para fazer outra. O ideal é que a gente estabeleça um jeito de fazer tête-à-tête com cada um de vocês. Com cada um de vocês. Sentar com você, Sávio. Sentar com você, Murilo, sentar com você, Edilene, e vocês fazerem pelo menos meia hora de perguntas. Um verdadeiro pinga-fogo. Ou seja, para que a gente possa atender os interesses do povo de Minas Gerais.

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Presidente, então, para encerrar nossa entrevista, agradeço mais uma vez essa entrevista para a Rádio Mundo Melhor, para a Band e para a Itatiaia. Os meninos reiteraram o convite deles para que o senhor compareça. O senhor sabe que o meu convite para a entrevista exclusiva está sempre o tempo inteiro posto. O senhor é muito bem-vindo, então, o senhor sabe que é a hora que o senhor quiser falar, o senhor fale e eu peço isso o tempo todo. Então, também, claro, está sempre convidado para falar na Rádio Itatiaia. Para encerrar, agradecendo muito essa entrevista, eu queria fazer duas perguntas rápidas. Uma para emendar no que o Sávio falou, nessa guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Se o senhor acha que isso abre um mercado maior para o Brasil com a China, como é que o Brasil se beneficia disso? E para terminar, mesmo que é uma pergunta que é cara para Minas Gerais, qual que é a próxima ida do senhor a Minas? Tem uma previsão, um mês? Como é que vai ser? Qual que é a expectativa do senhor? Qual que é o planejamento?

Presidente Lula — Eu só tenho agora uma viagem internacional, que é o Japão, dia 27 de março, depois eu vou ao Vietnã. Deixa eu te dizer uma coisa, eu penso que o Brasil sempre irá se comportar como um país que vai buscar o caminho da paz, sempre. O Brasil não quer confusão, o Brasil não quer desavenças com ninguém. Por isso é que o Brasil é um país que não tem contencioso com ninguém.

E não queremos ter contencioso. Quanto mais paz, quanto mais tranquilidade, mais desenvolvimento, mais crescimento e melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. Agora eu queria aproveitar esse momento para fazer uma coisa para vocês. Há uma confusão na imprensa, sei lá causada por quem, de tentar jogar em cima da companheira Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima] a responsabilidade pela não aprovação da exploração de petróleo na margem equatorial do Rio Amazonas. E eu queria, a bem da verdade, dizer que a Marina não é a responsável. A responsável é que nós precisamos fazer as coisas com muita clareza, com muito estudo, porque nós temos que tomar conta do nosso país.

Nós queremos o petróleo, porque ele ainda vai existir muito tempo. Nós temos que utilizar o petróleo para que a gente possa fazer a nossa transição energética, que vai precisar de muito dinheiro. E a gente tem perto de nós a Guiana e o Suriname pesquisando petróleo muito próximo à nossa margem equatorial.

E nós então precisamos fazer um acordo, encontrar uma solução em que a gente dê garantia ao país, ao mundo e ao povo da margem equatorial de que a gente não vai detonar nenhuma árvore, nada do Rio Amazonas, nada do Oceano Atlântico. A Petrobras é a empresa que tem mais capacidade de exploração em águas profundas. Nós temos um exemplo extraordinário de não causar problemas ao meio ambiente. Então, eu só quero dizer o seguinte, não é a companheira Marina.

Nós, do governo, vamos ter que encontrar uma solução para que a gente explore essa riqueza, se é que ela existe, em benefício do povo brasileiro. Dito isso, mais uma vez, muito obrigado a vocês, que Deus abençoe e recuperação para o companheiro Fuad.

Edilene Lopes (Rádio Itatiaia): Muito obrigada, presidente, pela entrevista.

Tags: EntrevistaPresidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da SilvaRádiosMinas Gerais
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