Entrevista do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em ocasião da visita ao treino da seleção feminina de futebol
Presidente Lula — Olha eu tenho muita coisa para fazer, eu viajo amanhã, vou para o 2 de julho na Bahia; depois eu vou para Ilhéus, fazer o lançamento da segunda fase da Ferrovia Leste-Oeste; depois eu venho para cá, sancionar a lei do salário igual entre as mulheres e homens e, também, sancionar a lei sobre a questão da... como chama, a lei da OAB... do combate ao assédio. E depois eu vou para Argentina, na reunião do Mercosul. Aí, depois, eu volto para cá na terça-feira. Essa é minha agenda nessa semana.
O que está no Congresso vai ser votado de acordo com a vontade do Congresso, o presidente da República não fica nervoso com a votação no Congresso. Eu não perco nenhuma noite de sono.
A gente manda lá para lá o processo, manda a medida provisória, manda o projeto de lei, o Congresso tem o tempo dele para se reunir e votar, o Senado tem o tempo dele, não são obrigados a concordar 100% com o governo, eles podem propor mudança, a gente pode aceitar ou não. E assim a vida segue, sem nervosismo.
O país está vivendo um momento de muita tranquilidade, muita, muita tranquilidade, e a gente vai continuar nessa tranquilidade. Não há tempo para nervosismo, não há tempo para a gente perder a calma. O Brasil está se encontrando consigo mesmo.
Pergunta de jornalista — como é que o senhor vê a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro?
Presidente Lula — Isso é um problema da Justiça, não é um problema meu. Ele sabe o que ele fez: se ele acertou, ele será recompensado; se ele errou, ele será julgado e será punido de acordo com o erro que ele cometeu.
Isso é um problema da Justiça que não mexe com a tranquilidade do governo.