Pronunciamento do presidente Lula durante inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida-Flex da Stellantis em Betim (MG)
Minha querida companheira Janja [Janja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil]; meu querido companheiro Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviço; meu caro governador Romeu Zema, governador do Estado de Minas Gerais; meu caro amigo John Elkann, presidente interino da Stellantis Global; meu caro Antonio Filosa, presidente da Stellantis para as Américas, Emanuele Cappellano, presidente para a América do Sul da Stellantis; Clara Ingen-Housz, vice-presidente global de Relações Institucionais e Comunicação; meu querido ministro do Estado Rui Costa, responsável pelo gerenciamento do governo e das políticas de desenvolvimento, como o PAC; meu caro Fernando Haddad, companheiro ministro da Fazenda, responsável pelos acertos das coisas que estão acontecendo de forma benéfica na economia brasileira; meu caro Luiz Marinho, companheiro ministro do Trabalho, que traz uma experiência extraordinária para o governo, porque foi presidente do sindicato que eu fui presidente, foi presidente da CUT, já foi ministro do Trabalho, já foi ministro da Previdência, e está de volta para ver se a gente consegue ordenar o mundo do trabalho; meu caro Alexandre Silveira, mineiro de uma qualidade extraordinária, já foi diretor do DNIT no tempo do Zé Alencar [José Alencar, ex-vice-presidente da República] e no meu tempo de presidente, depois esse companheiro trabalhou com a companheira Dilma [Rousseff, ex-presidenta do Brasil e atual presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento], foi deputado federal, foi senador da República, e eu posso dizer para vocês que é o responsável pela revolução na transição energética que estamos fazendo para tornar o Brasil o país menos emissor de gás de efeito estufa da história da humanidade. Estejam certos que essa briga o Brasil não vai perder.
Minha querida Macaé Evaristo, companheira deputada estadual, ex-ministra da Educação, ex-vereadora, ministra não, secretaria da Educação e hoje ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania; meu querido deputado estadual Tadeu Leite, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; deputados federais Miguel Ângelo e o companheiro Reginaldo Lopes, que teve um papel muito importante nas coisas que foram feitas para a Stellantis, porque foi relator da política tributária; meu queridos companheiros prefeito Álvaro Damião, prefeito em exercício de Belo Horizonte; meu caro Heron Domingues Guimarães, prefeito de Betim; minha querida companheira prefeita de contagem, Marília Campos, e em nome da Marília Campos eu quero cumprimentar todas as mulheres que trabalham na Stellantis, sobretudo as mulheres que estão evoluindo de forma extraordinária profissionalmente.
Eu tive o prazer de cumprimentar muitas meninas na linha de produção, muitas com três meses de trabalho, muitas com dois meses de trabalho, numa demonstração de que aqui nas Stellantis a mulher não é vítima de preconceito, ela é tratada em igualdade de condições com os homens.
Meu caro João Marcelo Dieguez, prefeito de Nova Lima; meu caro Ricardo Cappelli, nosso querido presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial; meu caro Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial e Inovação e Comércio do Serviço do MDIC; deputadas estaduais Andréia de Jesus, Dr. Jean Freire, Ulysses Gomes, Leninha, Lohanna, Marquinho de Lemos e Ricardo Campos; as funcionárias e funcionários da Stellantis de Betim, a companheira Lucia Maria de Oliveira, Ana Rafaela dos Santos Ferreira e Blenda Felicíssimo Ferreira Martins; e aos demais companheiros da direção das Stellantis, alguns que são amigos de outros tempos, de outra história.
Hoje é um dia que eu estou feliz. Primeiro, porque o BNDES aprovou uma verba de R$274 milhões para contribuir com essa inovação tecnológica da Stellantis. Segundo, pelo anúncio de investimento da Stellantis. Terceiro, pela quantidade de geração de emprego. E quarto, pelo comportamento de uma empresa multinacional que tem se comportado aqui no Brasil da forma mais extraordinária, estabelecendo uma relação 100% civilizada e 100% harmônica com as coisas do governo.
Eu lembro, a primeira vez, eu já vim aqui no tempo da Fiat, em Betim. Várias vezes, já vim até fazer assembleia aqui na porta da Betim. Já briguei, inclusive, com a direção da Betim, porque tinha um cano aí que não deixava o ônibus encostar da Fiat. Já briguei até com a direção da Fiat.
Mas o tempo passa, as coisas evoluem e a gente evolui. Eu dizia para a direção da Fiat, da Stellantis, que em 1979, nós fizemos uma grande greve no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. E eu queria comprar um carro. E eu não podia comprar um carro da Volkswagen. Não podia comprar um carro da Mercedes. Não podia comprar um carro da Chrysler. Não podia comprar um carro da Fiat. Não podia comprar um carro da Ford. Porque se eu comprasse um carro, iam dizer: “ah, o Lula se vendeu. Ele comprou um carro, ele ganhou um carro de presente”. Então, eu resolvi comprar o meu primeiro Fiat 147. 147. Portanto, eu tenho responsabilidade com o desenvolvimento da Stellantis aqui, porque em 1979, eu comprei o Fiat e eu vou lhe dizer para vocês, é o primeiro carrinho do banco reclinável que eu comprei na vida. Muito bom. Muita saudade do Fiat 147, que está na mão de um companheiro meu até hoje, lá em São Bernardo do Campo.
Eu nasci no mundo da fábrica. A minha história política é de porta de fábrica. Cinco horas da manhã, quatro e meia da manhã, sete e meia, oito horas falando com os mensalistas, na hora do almoço, às quatro e meia da tarde, na saída, duas de vinte da manhã. A minha vida foi essa e foi essa a minha vida que me trouxe para a política.
Eu aprendi, na luta sindical, que a luta sindical, ela tem limitações para os avanços que os trabalhadores precisam ter. A gente tem um sonho de uma sociedade diferente. E por isso eu resolvi entrar na política. Criar um partido político e me candidatar a presidente da República.
E por que eu estou feliz? Porque eu sou o resultado do crescimento político de vocês. Eu cheguei aqui por causa de vocês, sairei daqui por causa de vocês e serei eternamente agradecido, porque é a primeira vez, num país importante como o Brasil, que os trabalhadores do chão de fábrica elegem um deles para ser presidente da República. Isso não é pouca coisa, isso é muita coisa. E tenho orgulho, John, tenho muito orgulho, porque sou o único presidente da República eleito três vezes nesse país. O único.
E sou eternamente grato ao povo trabalhador desse país. Aqueles que moram no primeiro andar, aqueles que moram no térreo, aqueles que não conseguem subir na cobertura. Esses é que acreditaram, esses é que votaram e esses é que são solidários.
E estou muito mais feliz quando eu vejo a notícia de geração de emprego. Porque não tem nada mais importante para o ser humano do que ele ter um emprego. Um emprego com uma certa estabilidade, um emprego com um salário justo, para que essa pessoa, seja homem ou mulher, possa cuidar da sua família, possa cuidar dos seus filhos, possa cuidar dos seus pais e possa sonhar. Sonhar, que é a coisa mais extraordinária. Todo mundo aqui tem um sonho e todo mundo aqui já teve um sonho. A gente tem um sonho quando a gente tem 14 anos, a gente tem um sonho quando a gente tem 18 anos, a gente tem um sonho quando a gente arruma uma namorada e quer casar, ou uma namorada arruma um namorado, ou a gente encontra uma pessoa que a gente gosta e quer morar junto. A nossa vida é de construir sonhos.
E esse é o comportamento de um governo. O comportamento de um governo não é mentir. O comportamento de um governo não é contar coisas que não vão acontecer. Se a gente planta um pé de jabuticaba e a gente não rega ele e ele não toma o sol necessário, não vai dar jabuticaba. Ou se der, vai dar jabuticaba sem vergonha, miudinha, sem gosto.
E governar é exatamente fazer isso. É a gente cuidar, cuidar para que as coisas aconteçam de forma muito privilegiada. Quem me conhece sabe que eu dizia na campanha quatro coisas importantes.
Eu dizia que era preciso a gente garantir estabilidade política no país. Eu dizia que era preciso a gente garantir no país estabilidade jurídica. Eu dizia que era preciso a gente conseguir estabelecer… Que a gente precisaria garantir uma igualdade, sabe, social nesse país. Eu dizia que a gente precisaria ter, sabe, uma coisa chamada estabilidade jurídica. Que é o que dá confiança nas pessoas, e realizar o seu sonho.
E é o que nós estamos vendo aqui, com a quinta coisa que eu falava. Um governo tem que garantir previsibilidade ao seu povo e aos investidores. As pessoas têm que saber o que vai acontecer.
É como vocês, se quiserem abrir uma conta num banco, vocês querem ter previsibilidade se esse dinheiro de vocês vai render alguma coisa. Se vocês tiverem informação que vai dar prejuízo, vocês não vão colocar o dinheiro nesse banco, vocês vão procurar outro. Então é essa coisa que um governo tem que garantir.
E eu dizia sempre o seguinte: por que as coisas dão certo no meu governo? Alguém aqui se lembra quanto cresceu a economia no governo passado? Alguém se lembra? Alguém aqui na Stellantis tem conhecimento de alguma obra feita pelo governo passado aqui no estado de Minas Gerais? Se tiver pode levantar, que se tiver obra eu agradeço, dou os parabéns. Mas não tem nem aqui e nenhum estado da Federação, porque foram quatro anos de mentiras, foram quatro anos de provocações, foram quatro anos de negação, inclusive a negação com a vida das pessoas a ponto de ter morrido 700 mil pessoas, metade delas por irresponsabilidade de quem tinha que cuidar da vida das pessoas.
Esse país nós não queremos mais. Esse país da mentira nós não queremos mais. Nós queremos um país do sonho das meninas que eu recebi, de uma menina como essa que se formou engenheira e vai entrar aqui na Stellantis e vai poder crescer na vida, vai poder construir sua família, vai poder crescer da forma mais eficaz. É esse sonho que nós temos que garantir, porque a nossa vida é de sonhos.
Eu, quando casei com a Janja, eu tenho muitos sonhos com ela, ainda não cumpri todos, mas ela sabe que eu vou cumprir, porque a nossa vida é essa, é a gente sonhar e a gente tentar realizar o nosso sonho. Certamente a Stellantis, quando veio para o Brasil chamada Fiat em 1976, que eu errei, eu disse que foi no tempo do Itamar e foi no tempo do Rondon Pacheco, então aqui eu estou refazendo a história. Quando a Fiat veio para cá, vocês não tinham muita certeza do que era o Brasil. O Brasil vivia de muitas incertezas. Aqui nesse país se achava que mentir ao mundo era fácil. As pessoas achavam que poderiam mentir ao FMI, e depois o FMI vinha aqui investigar nossa conta.
As pessoas achavam que era fácil mentir aos nossos credores internacionais. E o mundo não comporta mentira, porque todo mundo sabe que a mentira tem perna curta. E a desgraça da mentira é que você conta a primeira, você é obrigado a mentir o resto da vida para justificar essa primeira mentira.
Por isso que mesmo sendo duro, mesmo sendo mais difícil, eu prefiro olhar nos olhos de vocês e dizer a verdade. A verdade, ela anda mais devagar do que a mentira. Porque a mentira voa, a verdade engatinha. Mas é melhor carregar uma verdade nas nossas costas do que a gente carregar muitas mentiras que enganam a sociedade, como nós vimos nesse país durante muito tempo.
É por isso que eu tenho muito orgulho. Dizem que eu tenho sorte. E eu queria saber quem é que quer contratar um goleiro que não tenha sorte. Eu tenho sorte. Muita sorte de montar uma equipe extraordinária como essa equipe aqui. Porque o importante não é discutir se você tem um ou dez, o importante é discutir a qualidade das pessoas que você tem. Dos compromissos que as pessoas têm.
Eu não quero só um cara formado em filosofia, um cara formado em engenharia, um cara formado em qualquer coisa. É muito importante o diploma. Mas eu quero pessoas que tenham, antes de tudo, sensibilidade no coração para entender o problema da sociedade brasileira. Para saber como é que vivem as pessoas. Como é que vive uma pessoa desempregada. Como é que vive uma pessoa que está na rua. Porque muitas vezes é passado para a gente a ideia que quem está na rua é vagabundo. Não estudou.
Não, muitas vezes não é nem vagabundo e não é porque não estudou. É porque essas pessoas não tiveram a mão estendida do governo, do estado, da prefeitura, do governo estadual, do Governo Federal, para que essa pessoa tivesse chance.
E esse é o papel do Estado. Esse é o papel do Estado. É por isso que aqui em Minas Gerais tem quase 370 mil jovens que estão recebendo o Pé-de-Meia. E por que estão recebendo o Pé-de-Meia? Porque nós descobrimos que 480 mil jovens do ensino médio desistiam da escola para poder ajudar no orçamento familiar. E nós resolvemos fazer um programa para atender 4 milhões de jovens. Nós pagamos uma poupança para eles. Porque nós não queremos jovens fora da escola. Nós queremos jovens dentro da escola aprendendo profissão.
Tem gente que acha que é custo. Tem gente que acha que é custo. Para mim é investimento. Custo vai ser o dia que eu tiver que cuidar desse jovem construindo cadeia. Aí vai ser custo. Se eu permitir que ele caia na mão do tráfico, do crime organizado. Então, eu estou feliz porque aqui a Stellantis está dando um exemplo. De que uma empresa que se dispõe a trabalhar junto com o governo. Uma empresa que se dispõe a cumprir as regras de um país. E uma empresa que se dispõe a fazer com que a inovação, o conhecimento científico e tecnológico seja a marca registrada dela no país. E é por isso, John, que nós estamos investindo em educação.
Eu queria contar uma coisa para você. Eu sou o único presidente do Brasil que não tem um diploma universitário. O único. Talvez você não conheça no mundo um presidente que não tenha diploma universitário. Pois você está conhecendo agora. Mas esse cara, que não tem diploma universitário, é o presidente que mais fez universidade na história desse país.
É o presidente que mais fez institutos federais nesse país. E junto com o Haddad e agora junto com o meu companheiro, ex-governador do Ceará (Camilo Santana, ministro da Educação), a gente está fazendo uma revolução na educação. A escola de tempo integral. Nós já temos um milhão de matrículas e queremos chegar a três. Com a alfabetização até o segundo ano do ensino fundamental. Para que a criança possa se alfabetizar até o segundo ano da escola.
E mais universidade. São mais seis institutos federais aqui. Porque nós queremos que vocês tenham cada vez mais gente qualificada para vocês contratarem. Porque o Brasil não quer continuar sendo apenas exportador de minério de ferro. O Brasil não quer apenas ser exportador de soja ou exportador de milho. A gente quer exportar inteligência. A gente quer exportar conhecimento. Porque é isso que vai dar ao Brasil a grandeza que o Brasil necessita.
Eu tenho muito orgulho de ver uma pessoa falar do Brasil o que você falou. Esse povo brasileiro é extraordinário. Pensa que a gente só gosta de Carnaval e de samba e de futebol. Não. A gente gosta de muito mais coisa. O que a gente precisa é ter um governo que abra as portas para que a gente tenha as oportunidades de atender as necessidades do mundo. Todas as empresas multinacionais, seja a Ford, a Volkswagen, a Mercedes-Benz, a Chrysler, todas elas, sempre me disseram que não tem no mundo um povo com facilidade de aprender como tem o povo brasileiro.
Dizem que é um povo muito fácil de aprender. Muito fácil de crescer dentro da empresa. E vocês podem ter certeza. Além do povo brasileiro ser muito esperto, vocês estão num estado em que o povo é um pouquinho mais esperto e mais inteligente, porque ninguém é tão esperto quanto o mineiro ou a mineira. Ninguém. Esse povo recebeu uma bênção de Deus. Porque é o povo mais sensível à política. É muito sensível. Quem quiser fazer um curso de ciências políticas não precisa entrar na universidade. Venha passar uns três meses aqui em Minas Gerais que sai daqui doutor em política.
Então, companheiros da Stellantis, direção da Stellantis, eu saio daqui realizado. Saio daqui porque eu tenho muita sorte. E graças à minha equipe, precisou voltar à Presidência para que a economia voltasse a crescer acima de 3%. Ela não crescia há quanto tempo? O Zema não lembra quanto tempo essa economia não crescia 3%. Nem você, nenhum economista se lembra quanto tempo essa economia não crescia 3%. Precisou entrar aqui um cara de sorte para que a economia voltasse a crescer. Precisou entrar um cara de sorte, com equipe de sorte, para fazer a economia crescer dois anos seguidos. Precisou um cara de sorte para fazer com que a indústria automobilística voltasse a funcionar. Eu conheço a história da indústria automobilística. Eu conheço. A situação estava tão feia que nem salão do automóvel tinha mais aqui no Brasil.
Não sei se você lembra, mas salão do automóvel. E eu, na primeira reunião que eu fiz com a Anfavea, eu fiz o apelo para a Anfavea. Vocês não vão crescer porque vocês não querem crescer, porque vocês não acreditam em vocês. Vamos voltar a fazer o salão do automóvel, mostrar o que a gente produz, que a gente vai ver a indústria automobilística voltar. E eu vou lhe contar um caso, Zema. Quando eu deixei a presidência em 2010, esse cidadão de sorte tinha uma indústria automobilística emplacando 3 milhões e 600 mil carros por ano. Quando eu voltei, 15 anos depois, essa indústria só estava emplacando 1 milhão e 600 mil carros. Metade de 15 anos. E agora, graças a Deus, a esse homem de sorte, ela já está emplacando 2 milhões e 600 mil. E se continuar assim, vai emplacar os 3 milhões e 600 mil que emplacou antes. Porque é isso que gera emprego. É isso que gera oportunidade. É isso que realiza sonho. E é por isso que eu fico muito feliz.
Olha, vocês não têm noção, vocês que estão entrando hoje na empresa. Vocês não têm noção a alegria que eu tenho quando eu vejo um jovem, uma jovem, sabe, ter a oportunidade que você tem. Eu fico vendo o brilho no teu olho. Eu fico vendo o brilho no olho daquele jovem. É isso que a gente quer como governo. A gente quer passar pra vocês a ideia que, se a gente não fizer o sonho de vocês se transformar em realidade, não vale a pena a gente governar. Não vale a pena. Não vale a pena você ter um governo que fala “eu asfaltei todas as estradas” e o povo passando em buraco.
Eu prefiro ter uma relação com vocês como eu tenho com a minha mulher. Como eu tinha com a minha mãe, como eu tenho com vocês: olhando no olho. Quando você quiser saber se uma pessoa está mentindo, olhe no olho. Não olhe na boca, não. Olhe no olho. É no olho que a gente diz a verdade. É com o olho que a gente fala. E eu quero dizer pra vocês em alto e bom som. Pode ter certeza: a economia brasileira vai continuar crescendo. A gente vai continuar gerando emprego. A inflação vai baixar. Nós fizemos a maior política tributária que esse país já viu na história. E todo mundo vai ganhar. Porque nós não queremos o Brasil pra nós. Nós queremos o Brasil pra vocês. E é por isso que eu digo sempre. Não adianta o Trump [Donald Trump, presidente dos EUA] ficar gritando de lá. Porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo. Fale com respeito comigo. Que eu aprendi a respeitar as pessoas. E quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar esse país.
É assim que a gente vai governar esse país. E eu quero me encontrar com vocês o ano que vem. Se me convidar para o salão do automóvel, eu vou este ano lá no salão do automóvel ver se vocês estão melhorando a qualidade do carro de vocês. E quero me encontrar o ano que vem, porque eu quero sair desse país, eu quero sair da presidência entregando mais do que eu prometi durante as eleições. Pode ficar certo disso.
Quem vai viver mais? Eu vou viver 120 anos. Vocês? Quem viver, espero que todos vocês vivam um pouco mais do que eu. Mas quem viver até o ano que vem a gente vai ver que a gente vai poder se encontrar e falar: “Finalmente, a indústria automobilística brasileira voltou a ser exemplo mundial. E o Brasil passou a ser um país respeitado.”
O Brasil não quer ser maior do que ninguém. Mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais. Porque sendo iguais, a gente aprende a se respeitar mutuamente.
Por isso, parabéns à Stellantis. Parabéns aos trabalhadores e trabalhadoras da Stellantis. E que vocês continuem crescendo. Porque o povo vai continuar ganhando salário. Vai ser consumidor de vocês. E vocês vão perceber que é irreversível a história de crescimento do Brasil.
Um beijo no coração de vocês.