Pronunciamento do presidente Lula durante assinatura do decreto sobre garantias trabalhistas para pessoal terceirizado no âmbito da administração pública federal
Eu não quero falar porque eu estou com a garganta um pouco irritada, mas é apenas para lamentar profundamente que a minha agenda não tenha feito isso lá embaixo, numa reunião com os trabalhadores terceirizados aqui. É porque é uma coisa que nós já fizemos no ano passado, nós reunimos os funcionários aí pra dizer que a gente, além de dar aquele benefício que era o direito dele ter o descanso, era que a gente iria tentar fazer com que os terceirizados fossem tratados com respeito dentro do Palácio do Planalto e dentro das empresas e dentro do governo como um todo.
Não tem sentido a gente ficar pregando o bem-estar social, ficar pregando conquista, e aqui embaixo tendo funcionário e funcionária trabalhando, ganhando uma miséria, e não sendo tratado com respeito. Então esse ato, eu só queria lembrar que quem cuida da minha agenda que a gente está cometendo um lapso de não ter feito isso lá embaixo, chamar todos os terceirizados e dar o direito deles ouvirem, tanto o ministro do Trabalho quanto a ministra Esther, da Gestão, e explicar pra eles quais são os direitos que eles vão ter.
Eu espero que os companheiros da imprensa tenham entendido direito o objetivo do decreto, e que vocês possam fazer com que todo mundo ao ler, ao ouvir e ao assistir vocês, possa compreender o gesto que nós estamos tendo para tentar humanizar o trabalho das pessoas terceirizadas nesse país e para dar a eles um pouco de dignidade. É isso que eu vou sancionar agora, lamentando que a gente não tenha feito um ato com os terceirizados lá embaixo, pra gente poder ver a cara feliz deles de receber um benefício que eles estão esperando há muito tempo.
E é importante lembrar que isso aconteceu um ano atrás, faz nove meses que nós estamos aqui para fazer isso. Não precisava esperar tanto para nascer se a gente tinha tanta vontade, mas de qualquer forma eu acho que é um passo importante. Obrigado ao ministro do Trabalho, obrigado a Esther, obrigado a CGU, obrigado ao nosso Advogado-Geral da União e parabéns para os funcionários que vão ser beneficiados com esse gesto de respeitabilidade que estamos fazendo hoje.
Vamos lá, queridos.