Pronunciamento do presidente Lula durante cerimônia de retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados
Eu quero começar a minha fala cumprimentando a companheira Magda Chambriard, presidenta da Petrobras. Cumprimentar o companheiro Rui Costa, que é o ministro-chefe da Casa Civil, que tem sido um gigante no trabalho de concertação desse país. Quero cumprimentar o companheiro Renan Filho, ministro dos Transportes, que conseguiu uma proeza extraordinária aqui no Paraná.
Com as concessões que você fez aqui, você conseguiu reduzir o pedágio pela metade aqui no estado do Paraná, e nós temos mais alguns bilhões de investimentos e concessões para que a gente possa recuperar esse país que estava totalmente destroçado e abandonado.
Quero cumprimentar o meu ministro Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária. Eu digo sempre que o Fávaro é um homem do agronegócio. Ele é um fazendeiro grande, criador de gado. Mas eu posso dizer para você, na metade do meu mandato, é o melhor ministro da Agricultura que esse país já teve. E ele mantém uma relação de muito respeito com o Movimento Sem Terra, e eu gostaria que ele conhecesse você melhor, Baggio.
Quero cumprimentar o meu querido companheiro Alexandre Silveira [ministro de Minas e Energia], que de vez em quando, quando ele vem falar, eu penso que ele é candidato a presidente da República, porque eu nunca vi tanta eloquência, e também pela capacidade musical dele, porque todo comício ele cita um cantor e cita uma parte da música dos cantores. Parabéns. Que tem feito um trabalho muito corajoso para recuperar as políticas públicas no setor energético desse país.
Quero cumprimentar o meu querido companheiro Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, que tem feito um trabalho extraordinário no ministério. Eu espero que, apenas com um ano e oito meses, certamente já foram realizadas mais políticas públicas do que em muitos outros anos. Então, meus agradecimentos. E o meu querido companheiro pernambucano, ministro Laércio Portela, que é interino da Comunicação [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República], ele ocupa o lugar do Pimenta [ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul], que foi para o Rio Grande do Sul para cuidar das pessoas que sofreram, foram vítimas da enchente.
Quero cumprimentar o meu companheiro diretor-geral da Polícia Federal, companheiro Andrei Rodrigues, que está conosco aqui. Quero cumprimentar os deputados estaduais, Arilson Chiorato, Ana Júlia, Luciana Rafagnin. Quero cumprimentar a minha querida companheira Gleisi Hoffmann, deputada federal, Carol Dartora, companheiro Zeca Dirceu, Tadeu Veneri, e o companheiro Toninho Wandscheer.
Se fosse Silva, era melhor para eu falar, porra, mas Wandscheer. Bem, quero cumprimentar o companheiro Renato Freitas, doutor Antenor. Quero cumprimentar o Pietro Adamo Mendes, secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, que é um presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Quero cumprimentar a companheira Rosangela Buzanelli, conselheira e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras. Quero cumprimentar o companheiro William França da Silva, diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras. Quero cumprimentar o Felipe Gomes, gerente-geral da Refinaria Presidente Getúlio Vargas - Repar e diretor-presidente da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados - ANSA.
Quero cumprimentar o meu querido companheiro David Bacelar, coordenador-geral da Frente Única dos Petroleiros, e quero cumprimentar os representantes dos movimentos sociais, Alexandre Guilherme Jorge, do Sindipetro, Marco Aurélio Godinho, do Sindiquímicos, e Rogério Ferreira, do Sindimont, Paraná. E também cumprimentar o Roberto Baggio, representante do MST aqui no estado do Paraná.
Quero cumprimentar os trabalhadores da nossa querida empresa de fertilizantes ANSA, Fabiane Dubiela, Erik Correia e Rafael Olbre, por meio de quem eu cumprimento todos os funcionários que conquistaram o direito de voltar a ser cidadãos de primeira classe, a ter trabalho e cuidar das suas famílias.
Companheiros e companheiras, eu tenho um discurso por escrito, mas eu penso que depois da fala da especialista da Petrobras, a Magda, do diretor dessa refinaria e do ministro de Minas e Energia, eu ler o meu discurso é um pouco repetir o que eles já falaram. Então eu vou deixar o meu discurso aqui. Um dia alguém publica o discurso que eu ia fazer na minha retomada da produção.
E eu queria falar um pouco com vocês. Eu sou muito grato ao trabalho que vocês fizeram durante os 580 dias que eu fiquei na Polícia Federal. Tem gente que consegue gravar uma música que ele gosta para o resto da vida. A gente, quando ouve uma música que a gente gosta, a gente nunca mais esquece essa música. Pois a minha música, a minha música eram três bons dias: de manhã, de tarde e de noite. Todo santo dia, durante 580 dias, fazendo frio, fazendo calor ou chovendo. Sendo domingo ou feriado prolongado.
Eu ouvia, da cela que eu estava, todo santo dia, o pessoal cantar, o pessoal cantar parabéns, comemorar o aniversário. E aquilo, Baggio, marcou a minha vida. Aquilo marcou a minha vida. Mas uma coisa que mais marcou a minha vida e que eu quero dizer para vocês, que vocês não têm dimensão do orgulho que eu estou de estar vestido com essa camisa da Petrobras.
Eu, muitas vezes, muitas vezes, eu ficava deprimido e chorava quando eu ficava sabendo de notícia de que companheiros trabalhadores da Petrobras entravam num restaurante para comer, ou entravam no bar e muitas vezes eram chamados de ladrão, porque eles conseguiram criar no imaginário daqueles que não gostam de nós, a ideia de que todo mundo na Petrobras era ladrão, inclusive aqueles que eram responsáveis pela grandiosidade da Petrobras, que eram seus trabalhadores.
Então, utilizar essa camisa agora, eu já falei para a Magda, eu quero voltar para visitar o prédio da Petrobras, entrar na sala dela com uma camisa dessa e dizer: a Petrobras é do povo brasileiro, e se é do povo brasileiro, ela é também do presidente da República.
Eu queria dizer para vocês que antes de eu vir para a Polícia Federal, eu tinha ideias, sugestões de companheiros que queriam que eu fosse para o exterior, tinham companheiros que achavam que eu deveria ir para uma embaixada. Era muita gente me dando conselho. E eu ia dormir toda noite pensando, ora, como é que vão ficar os meus amigos, aqueles que a vida inteira acreditaram em mim, como é que vai ficar a minha família? Se aparecer uma manchete num jornal de qualquer país “Lula, o fugitivo, Lula, o procurado”, como é que iria ficar a minha reputação?
Então, eu tomei a decisão, tomei a decisão e foi a decisão mais sábia que eu tomei, de falar eu vou me entregar na Polícia Federal e vou lá para dentro, vou perto daquele juiz insignificante, vou perto daqueles procuradores da República que faziam parte de uma quadrilha dentro do Ministério Público, eu vou lá para provar a minha inocência, vou lá.
Pois bem, aconteceu comigo uma coisa muito parecida ao que aconteceu com o doutor Getúlio Vargas em 1945. Em 1945, o Getúlio Vargas era presidente, ele estava sendo acusado de corrupção, na época não estava ainda não, mas ele estava sendo, sabe, acusado pela elite brasileira, porque uma coisa é que a gente tem que ter claro, uma coisa é que a gente tem que ter claro, o Getúlio Vargas não era um operário.
Eu nasci no movimento sindical criticando o Getúlio Vargas. Mas, se você olhar da Proclamação da República até os dias de hoje, só teve dois presidentes que cuidaram da questão social nesse país. Fomos nós do PT e o Getúlio Vargas, que fez a CLT, que garantiu direito a férias, que garantiu jornada de trabalho. E no dia que os generais foram na casa do Getúlio comunicar para o Getúlio que ele estava deposto do governo. Aí o Getúlio pediu para os generais 24 horas para ele poder arrumar a mala dele, tomar um banho e se trocar para sair.
Quando os generais viraram as costas e o Getúlio voltou para dentro, já não tinha mais luz, já não tinha mais água, não deram um minuto para ele se cuidar. Comigo aconteceu a mesma coisa, eu fui preso e muita gente achava: “Ah, o Lula acabou, acabou, o Lula está perdido, nunca mais ele vai ressurgir”. E eu estava lá com uma obsessão.
Getúlio Vargas quando saiu, ele disse para o secretário dele: “Política é como um jogo de xadrez, eles acabaram de me dar o xeque mate. O que eles não sabem é que quando o jogo começar todas as pedras têm que voltar para o tabuleiro e nós vamos voltar para o tabuleiro”. E ele foi eleito presidente em 1954.
Eu tentei ser candidato em 2018, inclusive com reconhecimento da ONU, que achou que eu tinha o direito de ser candidato. Mas acharam por bem não deixar eu ser candidato, porque achavam que assim, mais um tempo fora da presidência, vocês esqueceriam do Lula. Pois bem, mas eu tinha consciência, eu tinha na cabeça a história do tabuleiro de xadrez de Getúlio Vargas.
E eu pensava: isso aqui é um jogo de xadrez, eles ganharam uma, mas nós vamos dar a volta por cima e vamos ganhar outra vez. E cá estamos nós, cá estamos nós. Nós para recuperar uma coisa muito importante nesse país, porque a gente não está recuperando uma fábrica de fertilizantes.
A gente não está apenas fazendo um investimento de quase 4 bilhões na Repar. A gente está cuidando de recuperar a autoestima desse país, o orgulho do povo brasileiro e o orgulho da gente ser brasileiro, porque o trabalhador, o que vale para nós é ter um emprego garantido, ter um salário justo e cuidar da nossa família com decência e com respeito. É esse o sonho de todos nós.
Os caras que tentaram fechar essa coisa, ou que fecharam, e que mandaram vocês embora, certamente eles nunca ficaram desempregados. Eles não sabem o que é um pai de família levantar de manhã, não ter dinheiro para comprar o pão, não ter dinheiro para comprar a manteiga. Eles sabem o que é o sofrimento do povo.
Então, vocês ficarem desempregados 4 anos, para eles não interessa nada, vocês são os números estatísticos. Pois para mim, interessa. Para mim interessa, porque já fiquei desempregado muitas vezes. Para mim interessa, porque sei o que é levantar de manhã e comer pão sem manteiga, porque não tinha manteiga. Eu lembro, que eu conto uma história sempre, eu fumava nessa época e não tinha dinheiro para comprar cigarro. Eu levantava de manhã para ir na porta de uma padaria catar bituca de cigarro para fumar.
E catava escondido, cortava o filtro e tocava fogo no lugar do filtro e colocava a boca no lugar que o cara tinha queimado. Ou seja, então eu sei o que é o sofrimento de cada um de nós. E eu voltei para recuperar o orgulho do povo brasileiro, para recuperar a Petrobras, para recuperar a ANSA, para recuperar a nossa capacidade de voltar a fazer navio nesse país, a fazer barco.
A Petrobras não é uma indústria de petróleo, a Petrobras é uma indústria de desenvolvimento nesse país, é uma indústria de inovação nesse país. A Petrobras é tão importante, é tão importante que ela conseguiu fazer com que o nosso petróleo, achado a quase 6 mil metros de profundidade, e que quando nós anunciamos em 2007 que a gente iria explorar o pré-sal, os nossos pessimistas diziam: “descobriram o pré-sal, mas não tem como explorar, é muito difícil”. Pois bem, hoje o nosso pré-sal é colocado um barril dele, sabe, num navio a pouco mais do preço de um petróleo tirado em céu aberto na Arábia Saudita.
Isso por conta da inteligência da Petrobras, por conta do geólogo da Petrobras, por conta da engenharia da Petrobras, por conta de homens e mulheres que trabalharam incansavelmente para que a gente tivesse na Petrobras a empresa com maior competência tecnológica para prospecção em altas águas profundas. Agora, vamos pegar um desafio. Quando terminou a guerra na Baía dos Porcos, que o Kennedy era presidente, que Cuba derrotou eles, perguntaram para o Kennedy: “o que você vai fazer agora?” Ele falou: “Temos que ir para a Lua”.
E foram para a Lua. Já foram para a Lua, já foram para Marte, não acharam nada. Eles não duvidem que daqui a pouco a gente manda a engenharia da Petrobras para Marte e para a Lua, e a gente vai encontrar um petróleo que eles não encontraram, porque nós temos muita competência e muita gente boa de trabalho.
Pois bem, companheiros, nós voltamos com a missão de recuperar esse país. Não foi fácil esse primeiro um ano e oito meses. Eu devo a esses companheiros ministros aqui e a outros que não estão aqui uma dedicação quase que exclusiva de 24 horas por dia para a gente recuperar.
Só do programa Minha Casa, Minha Vida, tinham 87 mil casas paralisadas. Eu tenho viajado o Brasil, inaugurando casa que começou a ser feita em 2012. Há 6 mil creches paralisadas que nós estamos reconstruindo. Milhares de escolas, milhares de postos de saúde que foram desmontados, porque, na verdade, a gente teve um período em que o Brasil não era governado. Era como se fosse uma nau em alto mar à deriva. Pois bem, nós voltamos.
Recuperamos a geopolítica brasileira, transformando o Brasil num protagonista internacional. Hoje, o Brasil é um país muito respeitado no mundo. E eu tenho muito orgulho. Se vocês viajarem para fora do Brasil e mostrarem o passaporte brasileiro, vocês vão perceber que vocês vão ter um tratamento diferenciado, porque as pessoas passaram a respeitar o Brasil. Porque eu aprendi com a minha mãe: eu não sou melhor que ninguém, mas também não sou pior.
Da mesma forma, eu gosto de dar respeito, mas gosto de receber respeito. Eu não sei andar de cabeça baixa. Eu tenho orgulho, tenho orgulho. E é assim que o povo trabalhador tem que ser. A gente não pode rebaixar a cabeça. Não é só essa empresa que foi fechada, não. Nós estávamos com 15% para terminar uma empresa em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Simplesmente eles pararam. Simplesmente.
A Refinaria Abreu e Lima, eles pararam. Durante tanto tempo, o complexo petroquímico que a gente ia fazer em Itaboraí, lá no Rio de Janeiro, eles pararam. Pararam tudo. Pararam a tentativa de fazer a refinaria no Ceará. Pararam a tentativa de fazer a refinaria no Maranhão. Por quê? Porque eles não pensam no Brasil e eles queriam vender. E vocês percebem que eles venderam muita coisa.
Quando eu era presidente, eu comprei uma distribuidora de gás para que a Petrobras pudesse trabalhar na regulação de preço de gás. A Petrobras, hoje, ela vende o GLP a 36 reais o botijão de 13 quilos. E ele chega para muita gente no Brasil a 110, a 130, a 140 [reais]. O biocombustível e o óleo diesel também. A Petrobras não aumentou, mas os postos de gasolina aumentaram. Mas a Petrobras não aumentou.
Então, é importante que a gente saiba que eles tentaram destruir a Petrobras. E para destruir, primeiro, eles tentaram destruir a reputação das pessoas decentes. Vocês não sabem quanto processo nas costas tem o companheiro José Sérgio Gabrielli. Até hoje, ele está com muitos processos nas costas. Uma das pessoas que foi um dos melhores presidentes que a Petrobras já teve.
Vocês não sabem quantas pessoas inocentes tiveram a vida desgraçada. Porque se você quer prender um ladrão, prenda! Se você quer prender um ladrão, o empresário roubou, roubou, você prende o empresário. O que você não pode é destruir a empresa.
O que você não pode é destruir emprego. O que você não pode destruir é a possibilidade desse país, destruir a sua engenharia e destruir a sua empresa de petróleo. Teve um ministro da Economia que falou: “nós temos que vender logo a Petrobras porque o petróleo vai acabar e ninguém vai querer mais”.
O petróleo vai acabar na cabecinha dele que não consegue enxergar uma unha depois do nariz. Na nossa, a Petrobras jamais vai acabar, porque quando não tiver petróleo embaixo da terra no fundo do oceano ela vai ter que se especializar em outro tipo de energia. O Brasil será o país do mundo campeão do biocombustível, do etanol, do etanol de primeira, de segunda, de terceira geração, de quarta geração.
Nós seremos um país que temos um futuro extraordinário e a gente não vai vacilar um minuto para que esse país deixe de ser um país em vias de desenvolvimento. Um país pobre. Um país quando nós encontramos com 33 milhões de pessoas passando fome e nós tínhamos acabado com a fome em 2014. Nesses 18 meses, nós já acabamos com a fome de 24 milhões de pessoas e vamos acabar com a fome de todo mundo. Este país em que o povo está voltando a comer a picanha e a tomar cervejinha. Esse país que eu quero que o povo volte a poder comprar aquilo que ele produz.
A gente tem direito de ter um carro bom, de ter uma casa, de ter uma geladeira, de ter um fogão, de ter um televisor, de ter um computador, de ter um telefone. A gente tem o direito de fazer as coisas nesse país, porque o nosso povo merece. Ninguém, ninguém no planeta Terra faz opção por ser pobre. A gente não quer ser pobre. A gente pode não ser rico, mas a gente quer ser cidadão. A gente quer viver com dignidade.
E esse país nós vamos entregar para vocês, porque eu não governo, eu cuido. Porque governar um país é cuidar de uma criança como se fosse a mãe: é com muito carinho, com muito respeito e sempre dando um carinho maior para aqueles que têm mais necessidade, para aqueles mais frágeis.
E eu fico muito orgulhoso quando vejo as mulheres trabalhando. Eu vou dizer por que do meu orgulho das mulheres. Porque uma mulher que trabalha é independente. Uma mulher que trabalha não fica subordinada ao prato de comida que o marido pensa que é tudo que ela deseja na vida. Uma mulher que trabalha, ela não fica subordinada às grosserias de um marido que quer ser grosseiro, porque não tem respeito, aquele cara que fica sentado na televisão pedindo “me dá uma cerveja, me dá não sei das quantas, pega tal coisa para mim, pega minha toalha, pega minha cueca”. Não, ele que vá pegar porque a mulher também tem o direito de ver um jogo.
Nós não iremos construir uma nova sociedade, um mundo civilizado se a gente continuar vendo a violência contra a mulher nesse país. A violência, falta de respeito. Então, eu fico muito orgulhoso de ver tanta mulher aqui. O dia que toda mulher estiver bem formada e tiver um emprego, se o cara gritar com ela, ela vai falar: “você vai gritar com quem você quiser, eu só moro com alguém que eu gosto. Se você quiser que eu viva com você, me trate bem, se não, abra a porta e vai embora porque eu vou cuidar da minha vida”. É esse país que nós vamos construir e é esse país que a gente pode fazer.
Por isso eu estou orgulhoso. Vocês não têm noção do orgulho de eu estar aqui na frente de vocês com essa roupa. Vocês não sabem o orgulho de eu estar aqui na frente dos companheiros que voltaram a trabalhar.
E a gente vai continuar investindo, porque a Petrobras é muito importante. A Petrobras, na verdade, é tão importante que eu sempre disse: deveria ter eleição direta para a presidenta Petrobras e o presidente do Brasil ser indicado pela direção da Petrobras. Porque a Petrobras é tão importante, a capacidade de investimento da Petrobras é tão importante, a capacidade de inovação da Petrobras é tão importante, a capacidade de investir em pesquisa é tão importante que todo brasileiro, todo brasileiro, deveria levantar todo dia, agradecer a Deus e agradecer a inteligência do povo que criou uma empresa da qualidade da Petrobras.
Parabéns, querida companheira Magda, parabéns. Está na mão de uma mulher a responsabilidade de fazer a Petrobras continuar sendo orgulho nacional e orgulho do povo brasileiro.
Viva a Petrobras e viva o povo brasileiro.
Parabéns gente.