Pronunciamento do presidente Lula durante cerimônia de anúncios de investimentos do Governo Federal para a Bahia
Meus queridos e minhas queridas companheiras da Bahia, meus queridos companheiros prefeitos e prefeitas que estão aqui presentes, nossos queridos reitores e reitoras que estão aqui presentes, mas, sobretudo, meus queridos e minhas queridas estudantes aqui presentes.
Eu sou obrigado a começar essa conversa aqui tentando fazer um reparo em um erro que nós cometemos aqui. Os prefeitos das cidades que vão receber instituto, me parecem que estão aqui. Então é importante que a gente organize, quando a gente terminar o ato, eles vêm aqui para a gente tirar uma foto com cada prefeito, para ele levar de testemunha da sua cidade.
Eu queria começar dizendo para vocês uma coisa muito, muito pequena. Esse ato de hoje, na verdade, é o complemento de uma coisa que nós começamos a fazer no começo do ano. Vocês estão lembrados que nós começamos o governo em 2023. A primeira coisa que eu fiz foi uma reunião com todos os governadores do Brasil para que a gente levantasse quais eram as principais necessidades de cada estado.
Colocamos o nosso companheiro Rui Costa, e eu agradeço à Bahia de ter me emprestado o Rui Costa para ser o meu chefe da Casa Civil. Colocamos o Rui Costa para coordenar todos os pedidos dos governadores. Depois fizemos reuniões com prefeitos e também apresentaram propostas. Depois fizemos reuniões com reitores. Depois fizemos reuniões com o pessoal da saúde. E tudo o que foi apresentado para nós está sendo transformado em atitudes políticas para que a gente possa concluir.
Então o ato de hoje foi para anunciar que nós passamos um ano preparando, um ano estudando. É como se a gente estivesse preparando a terra. A gente primeiro capina, depois a gente faz o manejo da terra, depois a gente faz a cova, depois a gente coloca a semente, depois a gente coloca adubo, a gente fica jogando água e espera para colher.
Então eu tenho dito para os meus ministros que nós estamos na época da colheita. Nós já fizemos o plantio, agora nós vamos viajar ao Brasil colhendo as coisas que nós fizemos nesse país. Na área da educação, na área da saúde, na área do emprego, na área do programa de transição energética, na área de habitação, na área da igualdade racial, na área da cultura.
Ou seja, nós temos uma infinidade de coisas agora para viajar. Essa semana eu fui a Minas Gerais, a Belo Horizonte, a Contagem, a Juiz de Fora. Domingo, ontem, eu fui ao Rio de Janeiro, hoje na segunda-feira eu estou na Bahia e eu vim para participar do 2 de julho, além de anunciar as coisas aqui. E saio daqui amanhã, depois do almoço, e vou para Recife.
Vou para Recife entregar uma indenização para as pessoas que estão esperando há 30 anos porque suas casas caíram. E foi a Caixa Econômica Federal, a Advocacia Geral da União e as empresas seguradoras que conseguiram fazer um acordo para que a gente pague a casa que as pessoas compraram.
Porque lá em Pernambuco inventaram um prédio chamado Prédio Caixão. E esse prédio era feito diferente de tudo. E caiu a maioria desses prédios. E muita gente morreu. E essa gente ficou sem casa e sem dinheiro. Nós agora vamos dar um cheque para eles, pagando a indenização deles, depois de 30 anos.
Bem, depois nós vamos pra São Paulo anunciar mais faculdade, mais instituto, mais laboratório. Porque esse país não pode parar. Então eu queria dizer isso pra vocês. É importante. Eu sei que é difícil vocês guardarem tudo que foi falado aqui. Eu sei que é difícil vocês guardarem o número.
Mas nós precisamos que vocês e que a imprensa nos ajude a cumprir o que aqui nós falamos. Nós viemos anunciar um monte de obra aqui. Um monte de saúde. Um monte de educação. Um monte de casa. Um monte de Luz Para Todos. Um monte de coisa. Mas se vocês não fiscalizarem, essas coisas podem não acontecer.
Então é importante que vocês sejam os guardiões das coisas que nós estamos apresentando aqui. E sobretudo a imprensa. A imprensa que é mais atenta. Que tá com a canetinha anotando. Ou tá com o celular gravando. Nos ajude. Nos ajude cobrando da gente. Nos ajude exigindo que a gente cumpra cada coisa que a gente falou aqui. Porque o que nós falamos aqui já foi transformado em lei. Já foi aprovado. Agora é só executar.
E por que isso é importante, gente? Quando nós retornamos ao governo, nós encontramos 87 mil casas, 87 mil casas que tinham começado a ser feitas no governo da Dilma e que foram paralisadas. Não deram sequência a 87 mil casas. Semana passada eu fui a Fortaleza inaugurar um conjunto habitacional que era pra ter sido inaugurado em 2018. E não foi inaugurado. É importante.
Nós chegamos na educação, nós encontramos quase 6 mil obras de educação paralisadas. Porque não fizeram. Na saúde foi a mesma coisa. Uma quantidade de UBS, de clínicas, de UPA, que estavam começadas em 2014, 2012, 2013. Pois esses canalhas pararam as obras e não fizeram.
Num total desrespeito às necessidades do povo desse país. É por isso que eu tenho dito que eu não quero governar o país. Eu quero cuidar desse país. Eu quero cuidar. Eu quero cuidar de como a gente cuida de qualquer coisa que a gente ama. De qualquer coisa que a gente gosta. Porque eu também aprendi que aquilo que os olhos não veem, o coração não sente.
Então quando eu viajo pra encontrar com vocês, quando eu vejo a cara de vocês, quando eu vejo a alegria de vocês, quando eu vejo a raiva de vocês, às vezes, eu falo: "Graças a Deus, eu enxerguei o meu povo, eu compreendo ele e é pra ele que eu tenho que fazer as coisas deste país".
Eu não tenho que prestar contas a nenhum ricaço desse país. Eu não tenho que prestar conta a nenhum banqueiro desse país. Eu tenho que prestar conta é ao povo pobre e trabalhador deste país que precisa que a gente tenha cuidado e que a gente cuide deles.
É por isso que a gente está investindo muito na saúde. E eu trouxe pra ser ministra uma senhorita, uma mulher. Uma mulher que era a presidente da Fiocruz. Ela não fala grosso. Outro dia, numa reunião ministerial, eu falei: "Nísia, quando você for dar entrevista, você tem que falar mais duro, tem que falar mais grosso". Ela falou: "Não, presidente, eu sou mulher, eu falo manso, eu falo com mansidão".
Ela me desmontou. Mas o fato de falar manso tem que falar com veemência para as pessoas poderem saber que a gente tá falando de verdade. Olha quem fala com veemência aqui. Você viu o discurso dessa menina aqui? Você viu o discurso dela? Você viu a força? Ela também fala manso, mas ela coloca uma força em cada palavra que vai convencendo a pessoa.
E você melhorou muito. E a Margareth Menezes, quando ela veio pra ser ministra, ela gaguejava quando ficava na minha frente. Agora tá solta, agora tá cantando. Agora já trocou o faraó pelo Lulá. Agora aqui vai tudo, sabe?
Mas só pra vocês terem ideia. Às vezes, muita gente não se dá conta do que aconteceu nesse país. Esse país passou, desde o golpe contra Dilma, esse país entrou num processo de retrocesso. De retrocesso de conquistas sociais, de coisas que nós tínhamos feito de 2003 até a cassação da companheira Dilma Rousseff.
Uma mulher digna, uma mulher honesta, que inventaram uma mentira para cassá-la da Presidência da República. E as pessoas achavam que acabou. Nunca mais o PT vai voltar. Inventaram mentira. Me prenderam, achando que acabou. Agora acabou, agora acabou. E eu descobri que eles não vão acabar comigo porque eu não sou eu. Eu sou vocês que estão exercendo o mandato nesse país.
Gente, é a primeira vez nesse país que aqueles que vieram de baixo estão tendo a oportunidade de provar que eles têm competência. Os anos de escolaridade não mostram a inteligência, mostram conhecimento. Inteligência é outra coisa que alguns têm demais, outros têm de menos. E eu agradeço a Deus porque me deu inteligência para compreender a alma de vocês, compreender o sentimento do povo brasileiro e saber o que é preciso fazer nesse país.
Quando eu invisto em educação, porque é uma contradição, companheiros, vocês que são reitores e reitoras, é uma contradição. Esse país não foi apenas o último país a abolir a escravidão, a ter independência, a ter o voto da mulher. Esse país foi o último país a ter uma universidade federal.
No Peru, a primeira universidade foi em 1554, a nossa em 1920. Sabe por que fizeram a Universidade do Brasil? Porque o rei da Bélgica ia visitar o Brasil e naquele tempo o rei precisava ganhar um título de doutor honoris causa. Aí juntaram um monte de faculdade e fizeram a Universidade Brasil. Então a elite brasileira nunca se importou com a educação. Pra ela, trabalhadores têm que trabalhar, quem tem que estudar são eles que mandam os filhos deles pra Londres, pra Washington, pra Harvard, pra Chicago, pra Paris.
E os nossos filhos ficam analfabetos aqui, tendo que trabalhar a partir dos 14 anos de idade. É por isso que o Camilo (Camilo Santana, ministro da Educação) citou aqui que 68 milhões de brasileiros não concluíram o primeiro grau. Essa é uma coisa triste desse país.
E vejam vocês, eu sou o oitavo filho de uma mulher que nasceu e morreu analfabeta. Eu fui o primeiro filho da minha mãe a ter um diploma primário. Eu fui o primeiro filho da minha mãe a ter um televisor. Eu fui o primeiro filho da minha mãe a ter uma geladeira. Eu fui o primeiro filho da minha mãe a ter uma casa. Sabe por quê? Porque eu aprendi uma profissão.
Então a minha obsessão pela educação é porque eu acho que tudo que uma mãe quer, que tudo que um pai quer, não é deixar dinheiro de herança, é deixar uma boa educação e uma boa formação pros filhos que ela coloca no mundo.
E como eu sempre tive vontade de estudar, e eu não pude entrar numa universidade quando eu tinha idade para entrar, a minha obsessão pela educação, mesmo sem ter diploma universitário, sou o presidente que mais fez universidade, sou o presidente que mais fez extensões universitárias, sou o presidente que mais fiz instituto.
A gente encontrou 140 institutos feitos em um século. Em um século, desde 1909, esse país tinha 140 institutos. Nós, no governo do PT, Lula e Dilma, vamos deixar 782 institutos feitos nesse país. E por que eu faço isso? Porque eu quero que cada menino ou cada menina desse país tenha a oportunidade que eu não tive.
Eu quero que cada menino ou menina desse país possa estudar e escolha o que quiser ser, não precisa fazer faculdade, porque nem todo mundo quer fazer faculdade, mas faça um curso técnico, aprenda uma profissão, aprenda a ser empreendedor, vá trabalhar por conta própria, para que esse país possa melhorar e deixar de ser um país eternamente pobre.
Esse país é muito grande, esse país é o país que tem 17 mil quilômetros de fronteira seca com toda a América do Sul, tem 8 mil quilômetros de fronteira marítima, tem 13% da água doce do mundo, tem a maior floresta tropical do planeta Terra, tem minerais extraordinários, ouro, petróleo, tudo que você quiser, esse país tem. O que ele não teve foi vergonha para cuidar do povo brasileiro e cuidar com carinho.
Então, o que nós estamos tentando mostrar é que esse país pode ser diferente. Esse país pode ser diferente e a gente pode construí-lo. Não depende do presidente da República, depende de nós. Depende de vocês, depende do Jerônimo, depende dos deputados, depende dos ministros, cada um de nós. Se a gente cumprir com a nossa obrigação, a gente faz as coisas.
Por isso, nós viemos aqui anunciar uma série de coisas. Não é a primeira vez, não. Eu vou vir mais vezes aqui porque tem mais coisas para anunciar. Eu venho em outras regiões do país. Porque agora que eu tenho o Rui Costa na Casa Civil, o Jerônimo vai a Brasília, ele nem me procura mais. Quando eu vejo, ele está entrando na sala do Rui, sem eu saber, para dizer para o Rui: "Manda uma obrinha para a Bahia, sem o Lula saber".
Mas o Rui, como é meu companheiro, o Rui fala: "Não, aqui não se engana o presidente da República. Aqui ele tem que saber de tudo". Aí eu fico sabendo das obras e por isso eu vou vir para a Bahia anunciar muita coisa junto com o Jerônimo para o povo, para as mulheres, para os homens.
Bem, companheiros, eu vivi sob a luz de um candeeiro. Até os sete anos de idade, na minha casa, era um candeeiro. Uma lata cheia de querosene, com pavio, soltando fumaça na cara da gente. É por isso que quando eu cheguei na presidência, eu falei: "Nós não vamos deixar nenhum homem, nenhuma mulher, nenhuma criança dormir no escuro por falta de luz". E resolvemos criar o programa Luz para Todos, para tirar o povo brasileiro do século XVIII das trevas e trazê-lo para o século XXI.
Vocês não têm noção da alegria quando a gente vai numa casa no interior e encontra a mulher sentada no chão com um caixote, a molecada fazendo lição em cima de um caixote com aquela fumaça na cara. Que a gente chega, pega a mão da mulher, bota numa tomada e aperta, e acenda a luz. É como se a gente estivesse fazendo um milagre para aquelas pessoas. As pessoas até saem de casa com medo de tanta claridade.
E isso, nós agora resolvemos. Nós vamos acabar com a escuridão, não porque a gente não quer mais ver estrela. A escuridão é importante porque a gente vê um céu bonito, mas a escuridão dentro da casa da gente, com luz elétrica, para que as pessoas possam viver dignamente. Então, companheiros, quando a gente resolve fazer casa, quando a gente consegue fazer casa, deixa eu contar para vocês a minha obsessão por casa.
Eu quando vim de Pernambuco pra São Paulo, eu fui morar num quarto e cozinha. Um quarto e cozinha no fundo de um bar. Eu, minha mãe e onze irmãos. Onze irmãos não, oito irmãos, porque tinha três primos. A gente morava num quarto e cozinha. E o banheiro que a gente utilizava era o banheiro que os clientes do bar utilizavam. Então vocês imaginam como que era o banheiro.
E naquele tempo não tinha vaso sanitário, não tinha chuveiro, era tomar banho de bacia. Eu, minha mãe e todos meus irmãos. Depois eu mudei pra uma casa um pouquinho melhor. Mudei pra uma casa que tinha um quintal grande, mas tinha vinte e sete pessoas. Só tinha um banheiro. Um banheiro. Não tinha chuveiro e não tinha descarga. Quem fosse no banheiro tinha que levar um balde d'água. Eu morei muitos anos assim. Muitos anos assim.
A minha mãe e as minhas irmãs tinham que tomar banho na cozinha numa tina. Porque não tinha condição de ir no banheiro. Depois, eu casei. Eu pensei que eu ia melhorar. Eu fui morar num quarto e cozinha, também alugado. Cem cruzeiros eu pagava na época. E nessa casa, quando chovia, aparecia cada lesma na parede. Daquela lesma preta. Eu tinha que levantar de manhã, ficar jogando sal pra poder derreter a lesma.
Depois eu fui mudar pra uma outra casa. Num outro bairro, uma casa nova. Eu falei: "Puta, agora eu melhorei de vida. Agora eu vou estar bem". Mas a casa cheirava tinta. Eu mudei em dezembro. Em janeiro deu uma enchente. Entrou um metro e meio de água dentro da minha casa. Você tinha que levantar de noite, disputando espaço com rato. Disputando espaço com barata. Disputando espaço com fezes boiando. Eu vivi durante muito tempo. E não foi uma enchente, não. Foram muitas enchentes. Muitas. Muitas enchentes. Muitas vezes a gente dormia fora de casa.
Agora, por conta de vocês, eu cheguei à Presidência da República. Eu cheguei de teimosia, porque eu perdi uma vez. O pessoal falava: "Para, pô". Eu falava: "Não vou parar". Perdi outra vez. "Para, você só perde". "Não vou parar". Perdi a terceira vez, aí eu cansei. Falei: "Agora eu tenho que parar, porque eu vou ser o campeão da derrota desse país".
Mas aí uma coisa falou assim pra mim, tenta mais uma vez. Porque a minha mãe dizia: "Meu filho, nunca desista. Teime. Teime que você conquista". Aí, eu tentei pela quarta vez. E graças à generosidade do povo brasileiro, dos trabalhadores, eu virei presidente da República desse país.
Então, a minha obsessão de fazer as coisas é porque eu vivi. Eu vivi, eu sei o desejo de uma família ter uma casa. Eu sei o desejo, a aspiração de uma mãe, que tem três ou quatro filhos, de ter uma casinha que funcione como se fosse um ninho para ela, para cuidar dos seus filhos. E esse povo nunca tinha a chance de ter uma casa, porque o governo não pensava nas pessoas pobres. O governo governava para os ricos e não para os pobres. Era preciso mudar esse país, era preciso mudar.
E nós, graças a Deus, conseguimos mudar. E vocês me ajudaram a provar que é plenamente verdadeiro que um torneiro mecânico, sem diploma universitário, é capaz de fazer mais do que aqueles diplomados que governaram esse país durante 500 anos. E isso eu faço pela relação que eu tenho com vocês.
Eu tenho orgulho de ver esses companheiros aqui, como deputados, como senadores. Eu sei a importância do Wagner ser governador, depois o Rui, agora o Jerônimo. Eu sei a importância do Camilo ser governador do Ceará, e ele só veio para o Ministério da Educação, sabe por quê? Porque o Ceará é o estado que tem a melhor qualidade de educação no ensino fundamental. E quando eu convidei ele, eu falei para ele: "Camilo, o Haddad até agora é o melhor ministro da educação desse país. Eu estou chamando você. Você vai ter a tarefa de fazer com que o Haddad seja o segundo, porque você vai ter que ser o primeiro e melhor ministro da educação desse país", porque a gente precisa cuidar das crianças, alfabetizar as crianças no segundo ano do ensino fundamental.
Criar o programa Pé-de-Meia, não pensem que foi fácil. É um programa que custa R$ 7 bilhões. O mercado, o tal do mercado, que nos critica todo dia, dizia: "O Lula está gastando dinheiro. Para que gastar dinheiro com Pé-de-Meia? Pagar dinheiro para menino estudar". Eu prefiro pagar para estudar do que gastar dinheiro para colocá-lo na cadeia, quando ele não aprender nenhuma profissão.
Então esse país, esse país está nas nossas mãos. Esse país está nas nossas mãos. E por isso vocês podem ter certeza. Podem ter certeza com a fé que eu tenho em Deus. Podem ter certeza. Eu não cheguei aqui por mérito meu. Eu cheguei aqui porque tem a mão de Deus. Eu tenho certeza disso. E tem a mão de vocês na minha cabeça pra que eu nunca erre, nunca traia vocês e faça as coisas corretamente.
Quando eu errar, pode ter certeza que eu errei por ignorância. Não errei por má fé e não errei por vontade própria. Mas eu queria que vocês soubessem que esse país vai ser consertado. Vocês perceberam que a economia está melhorando. O salário está subindo. A média salarial está crescendo. Os acordos estão sendo feitos acima da inflação. A taxa de inflação está controlada.
Agora só falta a gente fazer as coisas acontecerem mais ainda. Nós já criamos dois milhões e duzentos mil empregos formais em apenas um ano e seis meses. Um ano e seis meses que completa hoje. Um ano e seis meses recuperando a desgraça que os negacionistas fizeram nesse país.
Agora eu tenho dois anos e seis meses de governo. Dois anos e seis meses. Vocês podem ter certeza. Eu tenho 78 anos de idade. Mas eu tenho uma saúde de um moleque de 30, tenho um tesão de um moleque de 20. E tenho disposição de fazer esse país muita coisa. Fazer porque eu acredito. Fazer porque todo ser humano tem que ter uma causa. Se você não tiver uma causa, você fica desanimado. Você tem que ter uma causa.
Levantar todos os dias falando: "Eu posso, eu posso, eu vou fazer". Porque para a humanidade, nada, nada, nada é impossível. A única coisa impossível é Deus pecar, o restante a gente faz tudo o que a gente quiser fazer. E eu sou assim. E vou fazer tudo o que tiver que fazer.
Por isso, nós vamos fazer casa. Por isso, nós vamos fazer mais escola. Por isso, nós vamos fazer mais faculdade. Por isso, mais instituto. Por isso, mais Pé-de-Meia. Por isso, mais escola de tempo integral. Por isso, reitores, podem ficar certos. Enquanto eu for presidente da República, não existirá a palavra gasto quando se fala em educação. Educação é investimento. É investimento na veia. Porque não existe, no mundo, nem um país desenvolvido sem antes investir na educação.
E sabe o que é que deixa os meus adversários nervosos? São vocês. Vocês estão lembrados que quando eu fui preso em 2018, lá no sindicato eu disse: "Agora eu vou falar pela boca de vocês. Eu vou pensar pela cabeça de vocês. Eu vou trabalhar pelos braços de vocês. Eu vou andar pela perna de vocês". Por isso, eu quero que vocês me permitam dizer, eles jamais irão me derrotar. Porque eu não sou eu. Eu sou vocês que chegou à Presidência da República nesse país. E que vamos fazer o que for necessário fazer para melhorar a vida do povo.
Obrigado, Bahia, pelo governador Jerônimo. Obrigado pela sua esposa Tatiana. Obrigado por me emprestar o Rui Costa. Obrigado pelos deputados. E obrigado pelo povo generoso que vocês são.
Um beijo no coração. E até a nossa volta. Até amanhã de manhã, no 2 de julho. Um abraço, gente. Que Deus abençoe cada mulher e cada homem.