Pronunciamento do presidente Lula durante anúncio de investimentos em Contagem (MG)
Antes de falar, eu queria pedir para vocês o seguinte: eu tomei uma decisão, Marília [Campos, prefeita de Contagem/MG], que em cada cidade que eu for agora no Brasil, quando eu estiver no palanque eu vou fazer uma apresentação para as pessoas de um site nosso chamado ComunicaBR.
É um aplicativo que se você entrar no ComunicaBR, você escolhe a cidade que você quiser no Brasil, a sua cidade e qualquer outra cidade, se você quiser Oiapoque ao Chuí, você entra no ComunicaBR e você vai saber cada centavo do Governo Federal naquele município, cada agente de saúde, cada agente de saúde bucal, cada médico que vai ter lá e cada investimento no Brasil inteiro.
Por que a gente faz isso? Porque muitas vezes as pessoas não são tão verdadeiras como deveriam ser. Às vezes, você coloca dinheiro numa cidade e a pessoa nem diz que foi o Governo Federal. A pessoa faz como se fosse dele, de uma forma plagiando uma obra do outro, quando seria mais fácil dizer “é uma obra em parceria do Governo Federal, com o governo municipal, com o governo estadual”.
Então, muitas vezes as pessoas não… negam. Às vezes, você dava um SAMU, as pessoas queriam pintar o SAMU de verde, para não parecer com o SAMU. O SAMU é uma das coisas mais extraordinárias criadas neste país. Então, eu vou pedir pra Janja vir aqui, que ela é minha assistente aqui.
Então, é o seguinte. A Janja vai explicar para vocês o ComunicaBr e como é que vocês podem saber tudo que o Governo Federal faz nesse país. Até uma criança na escola vocês vão saber. Porque, na verdade, companheiros e companheiras, quem faz política social nesse país é normalmente o Governo Federal, porque o meu compromisso não era governar o Brasil. O meu compromisso era cuidar de vocês e eu vou cuidar de vocês com o carinho que eu tenho cuidado. Venha cá, Janja.
[Fala da primeira-dama Janja].
Vocês perceberam aqui que parece o Silvio Santos e a mulher dele aqui no palanque falando. Vai ser uma dupla famosa daqui pra frente. Mas eu queria, primeiro cumprimentar, eu não vou falar dos ministros porque já foram citados todos aqui, várias vezes e nenhum ministro é candidato a nada nessas eleições. Então, não preciso citar o nome de vocês. E eu quero saber, Marília, você tem que saber o porquê de eu vim aqui. Por que eu vim aqui hoje?
Eu vim aqui hoje porque tem uma lei que proíbe você de subir em palanque comigo depois do dia 5 de junho. Então, eu vim aqui hoje para poder fazer neste ano a única coisa pública com você e mostrar o compromisso do meu governo com o estado de Minas Gerais e com a cidade de Contagem.
Mas eu quero cumprimentar a nossa querida companheira Dandara, deputada federal do PT, quero cumprimentar o companheiro Igor Timo, do Podemos; quero cumprimentar o companheiro Miguel Ângelo, do PT; vocês levantem quando eu falar o nome de vocês, para o pessoal aplaudir! Quero cumprimentar o nosso querido líder da bancada do PT, o deputado Odair Cunha; quero cumprimentar o companheiro deputado federal Padre João, do PT; quero cumprimentar o companheiro histórico — e figura muito importante no nosso partido em Minas Gerais — o nosso deputado federal Patrus Ananias. E quero cumprimentar por último o deputado, o companheiro, Rogério Correia, nosso querido deputado.
Quero também cumprimentar o companheiro que veio de longe, lá do Vale do Mucuri, o nosso companheiro Daniel Sucupira, prefeito de Teófilo Otoni e presidente da Frente Mineira de Prefeitos. Quero cumprimentar o nosso companheiro Leandro Grass, presidente do Iphan, o cara que cuida das nossas relíquias culturais. Quero cumprimentar a nossa querida companheira Gleide Andrade, que é a nossa companheira diretora financeira do nosso partido e também é conselheira de Itaipu.
Quero cumprimentar deputadas e deputados estaduais, Andréia de Jesus, do PT; companheiro Doutor Jean Freire, do PT; companheiro Leleco Pimentel, do PT; companheira Lohanna, do PV; companheira Macaé Evaristo, do PT; companheiro Ricardo Campos, do PT; Maria José Pinto, presidente do Conselho Municipal de Saúde; e Mara Cristina de Freitas, moradora do bairro Praia e beneficiária da Avenida Maracanã.
Eu estava pensando, quando Marília estava falando, o meu primeiro contato com Contagem foi admiração que eu passei a ter pelos metalúrgicos de Contagem, quando em 1968, no auge do Regime Militar, os trabalhadores de Osasco, em São Paulo, pararam, e os trabalhadores de Contagem pararam, que foi as duas primeiras greves de contestação do regime militar brasileiro. Então, Contagem marcou. Depois eu vim aqui várias vezes em porta de fábrica. Já vim muitas vezes às cinco e meia da manhã, seis horas, na porta de fábrica fazer comício para os trabalhadores.
E tive o prazer imenso de participar com a companheira Marília de tantas e tantas campanhas aqui nessa cidade e no estado de Minas Gerais. A Marília é uma daquelas pessoas que se não tivesse nascido teria que nascer. É uma figura. Porque é uma figura, primeiro, com grau de fraternidade extraordinária, com grau de companheirismo imbatível, e é uma companheira que fala mais com o coração do que com a boca. Ela faz com a emoção do que com a razão. E isso é muito importante para quem cuida do povo. Porque governar, qualquer um governa; fazer ponte, qualquer um faz; fazer viaduto, qualquer um faz. Agora, cuidar das pessoas mais necessitadas e mais humildes, se você não tiver coração você não cuida.
E a Marília é um grande coração para cuidar desse povo. Por isso, meu orgulho de estar aqui. Quero cumprimentar os empresários que vieram aqui. Agradecer a vocês a participação de vocês no desenvolvimento de Minas Gerais e no desenvolvimento em Contagem. Quero agradecer aos vereadores que estão aqui. Aos nossos companheiros prefeitos e prefeitas do interior e ao povo da cidade de Contagem. E há um companheiro empresário chamado Mário Moraes. O Mário Moraes está aqui, a última vez que eu vim aqui… É Mário Valadares. Valadares, que Moraes? Moraes é quem trabalha comigo, meu tenente Moraes.
É engraçado porque o Mário, quando eu vim aqui da outra vez com a Marília, nós fomos fazer uma atividade num prédio, num shopping, uma coisa, e aí a Marília coloca esse companheiro chamado Mário Valadares, empresário, para falar. Ô gente, quando esse cara começou a falar, ele falou tão bem do governo que eu não acreditava que quem estava falando não tinha sido presidente da República. Eu não acreditava que alguém que não é do nosso meio pudesse compreender tanto o que tinha acontecido no Brasil como o Mário Valadares compreendeu.
Mário, eu tenho uma coisa que me orgulha é que de vez em quando eu recebo empresário que fala assim pra mim: “Ô Lula, antes de você ser presidente, o meu patrimônio era R$ 200 mil. Hoje, meu patrimônio é R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões, R$ 10 bilhões. Ô Lula, eu tinha 2 mil funcionários, hoje eu tenho 70 mil funcionários, 80 mil funcionários”. E isso é uma coisa gratificante, porque demonstra que nós governamos sem nenhuma preocupação de causar qualquer problema aos empresários.
O que nós queremos é que o empresário esteja bem, que ela possa produzir cada vez mais, para ele poder pagar cada vez mais salário para o trabalhador e tratar as pessoas com respeito. É isso que a gente quer. Por isso, Mário Valadares, muito obrigado. Eu espero que, agora, eu espero que se você vier aqui eu dou até uma palavrinha para você. Se você subir aqui. Pode pular aí e venha para cá.
Mario. O Mario é um cara que eu não tenho nenhuma preocupação… eu não tenho nenhuma preocupação em repartir o meu discurso com o Mario. Nenhuma. Porque eu vou dar a palavra para você. Não precisa contar minuto não.
[Fala do empresário mineiro Mário Valadares]
Eu, sinceramente, estava esperando que o Mario fosse dizer: “Ô Lula, eu gosto tanto de você que eu vou colocar você no meu testamento também”. Cara, se você ajudar as crianças, você é meu parceiro para o resto da vida.
[Nova fala do empresário mineiro Mário Valadares]
O Mário falou uma coisa aqui que eu queria dizer pra vocês. Um dia desses eu estava jantando na casa de um empresário muito rico e estava com o filho dele. Ele mora numa casa muito rica lá em Brasília, parece uma coisa de cinema. E o filho dele que administra a riqueza dele estava se queixando da carga tributária do Brasil.
Aí depois do moleque falar, falar, falar, o pai dele falou: “Olha, meu filho, eu vou te falar uma coisa que você tá cometendo um erro. Você critica a carga tributária no Brasil. Essa casa que nós estamos aqui, hoje é minha, mas amanhã vai ser sua. Quando eu morrer você vai pagar só 4% de imposto de herança. Se fosse nos Estados Unidos você iria pagar 40% de imposto de herança e é por isso que os Estados Unidos é um país mais justo socialmente e ajuda muito mais as pessoas humildes”.
E nós precisamos de mais empresários assim. Ninguém é contra o empresário ganhar, mas é importante que a gente aprenda a repartir porque o empresário não fica rico sozinho, é o trabalhador que faz ele ficar rico, produzindo e trabalhando para ele. Por isso, Mário, obrigado. Eu gravei o que você falou, porque você é um modelo de empresário que eu sonho que a gente tenha no Brasil a vida inteira.
[trecho inaudível]
Ô cara, não fala em morrer não. Quantos anos você tem?
Mario Valadares: Sessenta e seis.
Presidente Lula — Sessenta e seis! Tem idade de ser meu filho. Eu tenho 78 anos e eu converso todo dia com Deus. Eu falo: “Deus, eu não quero ir agora, eu quero viver 120 anos, porque nós temos muita coisa pra fazer”.
Mario Valadares: Lula você está só iniciando. Então você tem que ficar mais seis. E tem um ditado em inglês que fala assim: Deus dê vida longa à rainha ou ao rei. Então, Deus dê vida longa ao Lula.
Presidente Lula — Eu vou convidar o Mário um dia pra gente jantar e tomar um “gorozinho” e a gente conversar um pouco. Tomar uma cachacinha de Salinas, uma mineira, comer um franguinho caipira, comer um torresmo de barriga, um feijãozinho tropeiro e a gente viver bem. Nós vamos conversar muito, Mário.
Mas, companheiros e companheiras, voltando às coisas sérias aqui. Nossa vinda a Minas Gerais, hoje à Contagem; de Contagem eu vou à Belo Horizonte, de Belo Horizonte eu vou à Juiz de Fora. De Juiz de Fora eu vou à São Paulo, porque amanhã tem atividade em São Paulo. Domingo de manhã eu vou para o Rio de Janeiro porque tenho atividade no Rio de Janeiro. Segunda-feira de manhã eu vou para Feira de Santana, na Bahia, de manhã, à tarde em Salvador.
Dia 2, eu estou na Marcha da Independência baiana até a igreja do Bonfim. E no dia 2 à tarde, depois da Bahia, eu vou para Pernambuco. Sabe o que eu vou fazer? Eu vou em Pernambuco pagar uma indenização a milhares de trabalhadores que moravam num conjunto habitacional chamado Prédio-Caixão. Esses prédios foram mal feitos. Vocês devem ter visto na televisão há 30 anos atrás, vários prédios caíram, muita gente morreu e teve gente que ficou desalojada.
Nós, depois de 30 anos, estamos fazendo um acordo com as seguradoras, com a Caixa Econômica Federal, e nós vamos lá entregar um cheque de pagamento da casa para as pessoas que perderam as suas casas e vamos anunciar uma outra quantidade de casa nova que nós vamos fazer. Então, é por isso que nós estamos fazendo essas viagens. Porque é o seguinte, eu vou dizer pra vocês uma coisa: eu duvido que algum de vocês lembrem de uma obra feita pelo governo anterior.
Quem souber uma obra vai ganhar um prêmio. Sabe por que, gente? Porque muita gente não tem nenhuma preocupação de governar o país pensando na qualidade de vida das pessoas. Então, eu, quando voltei a ser presidente da República, eu não precisava ter voltado a ser presidente da República. Eu já tinha sido duas vezes, já tinha sido muito apoiado por vocês.
Aqui em Minas Gerais eu sempre ganhei as eleições para presidente da República. Eu voltei porque eu acho que a gente não pode parar de lutar. Todo ser humano que não tem uma causa que o motiva a lutar, ele envelhece rapidamente. É por isso que eu sou um jovem de 78 anos de idade com energia de 30 e com disposição de brigar de 20. Por quê? Porque muita gente pergunta: “ô Lula, porque você gosta de educação?”. Eu sou o presidente da República que não tem diploma universitário.
O Brasil nunca teve um presidente que não tinha diploma universitário. Eu sou o primeiro. E por que eu sou o presidente que mais fiz universidade, que mais fiz extensões universitária e que mais fiz escolas técnicas nesse país? Sabe por quê? Por que é que nós criamos o programa Pé-de-Meia, por que é que nós estamos fazendo escolas de tempo integral, por que nós fizemos acordo com os prefeitos para alfabetizar as crianças na idade certa? Sabe por que, gente?
Porque eu tinha vontade de estudar, mas a minha situação financeira não permitia e naquele tempo não tinha Prouni, naquele tempo não tinha FIES, naquele tempo não tinha a quantidade de universidade federais. Então, eu resolvi fazer investimento em educação com uma única razão: eu quero que as crianças, que têm a mesma qualidade de vida que eu tinha quando era pequeno, possam estudar, porque a escola não pode ter separação de berço, a escola não pode ter separação econômica.
O que o Governo tem que fazer é garantir que todas as crianças, seja filho de pobre ou seja filho de rico, seja filho de preto ou filho de branco, more na periferia ou more no centro, todos têm que ter direito a algumas coisas elementares. E uma delas é a oportunidade de estudar e é isso que a gente garante para as pessoas estudarem. Por isso eu tenho orgulho de ser o presidente da República que mais coloquei aluno na universidade desse país, mais coloquei.
Estou aqui para anunciar mais um bilhão de reais de investimento nas universidades de Minas Gerais. Esse anúncio, na verdade, vai ser feito com mais pompas amanhã. Nós vamos fazer oito novos institutos federais no estado, lançaremos a pedra fundamental em dois, Minas Novas e João Nepomuceno, anúncio da construção do novo campus de Ipatinga e da Universidade Federal de Ouro Preto, R$ 370 milhões para construção de novos prédios, reformas, melhorias em 11 universidades federais no estado localizadas em 20 municípios, R$ 224 milhões para expansão e consolidação de hospitais universitários do estado, com destaque para o Hospital Universitário em Juiz de Fora.
Eu vim aqui para anunciar investimento de energia, que o Alexandre (Silveira, ministro de Minas e Energia) vai anunciar amanhã. Eu vim aqui para anunciar investimentos no Minha Casa, Minha Vida, investimento na Cultura, investimento no Transporte. Ou seja, investimento em saúde e está tudo no ComunicaBr que vocês viram aqui. Então, companheiros, eu quero dizer para vocês da minha alegria. Eu tenho apenas um ano e sete meses de mandato.
Ainda tenho dois anos e cinco meses pela frente. Eu posso olhar na cara da pessoa mais idosa que está na minha frente e posso olhar na cara da pessoa mais jovem e dizer para vocês: os historiadores podem pesquisar, os empresários podem ajudar, a imprensa pode pesquisar, eu duvido que tenha um presidente da República que tenha ajudado mais Minas Gerais do que os governos do PT, Lula e Dilma, Lula 1, Lula 2, Dilma 3, Dilma 4 e Lula 5. E por que eu faço isso? É porque não tem outro jeito! Nós temos que acreditar na melhoria da qualidade de vida do nosso povo.
Eu não fiz opção para ser pobre e ninguém gosta de ser pobre. É preciso parar com essa bobagem de achar que pobre gosta de roupa ruim, gosta de comer mal. Não! A gente quer vestir bem, a gente quer calçar bem, a gente quer… Todo mundo gosta de coisa boa. E eu quero uma sociedade em que ninguém precisa tirar nada de ninguém. Mas o que eu quero? Eu não sou o pai dos pobres. Eu sou um pobre que vocês elegeram presidente da República. É isso que eu sou. Porque quando você falar: “Ah, o presidente não tem experiência de ficar desempregado”.
Eu já fiquei muitas vezes. Eu sei o que é ficar um ano e meio andando na rua, com a carteira profissional na bunda, procurando emprego e só recebia “não”. Vocês podem falar: “mas o presidente da República não tem experiência de morar numa casa pequena”. A primeira casa que eu comprei, que eu morei com a dona Marisa, três filhos, uma sogra e dois cachorros, era uma casinha de 33 metros quadrados que eu fiquei até ser candidato a presidente da República em 89. “Ah, mas o Lula não sabe o que é enchente”. Eu já peguei enchente na minha casa de um metro e meio, eu já acordei disputando espaço com rato, com barata, com fezes boiando na minha casa.
Então eu sei a vida que vocês levam. Eu sei o que é uma mãe sentar na mesa e não ter a comida para colocar no prato para o filho comer. Eu sei o que é uma mãe estar preparando o almoço e saber que não tem um pedaço de mistura para dar para o filho. E, às vezes, levava marmita para trabalhar que nem ovo frito tinha. Então, era miséria. Então, eu sei como é que vive o povo, eu sei o que o povo passa e eu sei que esse país só vai ter jeito no dia que o povo mais humilde conquistar decência, respeito e dignidade nesse país. É isso que eu quero! E é isso que eu vou fazer! Fazer esse povo viver dignamente.
As pessoas não sabem, as pessoas não querem saber o sacrifício que as pessoas mais humildes fazem nesse país. As pessoas não querem saber. Quando o cara passa de carro, que vê uma pessoa sentada na rua ou deitada, ele vira o rosto achando que não é um problema dele. O problema é do outro. Quando ele passa em São Paulo e vê um monte de gente dormindo nesse frio desgraçado, sem coberta, morrendo de frio, ele nem olha para o lado, porque não é problema dele, é problema dos outros e tudo que acontece nesse país é nosso problema. Eu tenho responsabilidade e todo mundo tem responsabilidade.
E o que nós precisamos decidir é que país que a gente quer fazer. Que país que eu quero? Eu quero um país em que todos vocês possam viver uma vida melhor do que o pai de vocês viveram, do que os avós viveram e que o filho dos filhos de vocês vivam ainda melhor do que vocês. Eu quero que todo mundo tenha uma profissão. Eu quero que todo mundo trabalhe. Eu quero que todo mundo ganhe bem. Eu quero que todo mundo more bem, eu quero que todo mundo tenha o direito de uma vez por mês ir no restaurante comer com a sua família.
É esse mundo que eu quero construir. E é esse mundo que a gente vai poder construir. Por isso, eu tenho orgulho, nesse um ano e sete meses de governo nós já fizemos mais do que tudo que nós fizemos nos outros anos. Eu estou viajando o Brasil porque o primeiro ano foi para plantar. Nós pegamos o país, Pacheco, como se fosse a Faixa de Gaza: destruído.
Nós estamos fazendo reparação. Semeamos a terra, jogamos adubo, colocamos a semente, cobrimos a semente e, agora, eu estou viajando o Brasil para fazer a colheita do bem-estar do povo brasileiro e do povo de Contagem. Por isso, querida Marília, foi um prazer muito grande vir a Contagem outra vez e te achar mais bonitona, mais charmosa e muito mais preparada para conversar com esse povo. Porque o que você fez para esse povo hoje foi uma lição de vida e eu tenho certeza que o povo sabe a importância da Marília ser prefeita de Contagem.
Penso que você tem noção disso. Quero terminar dizendo para vocês da minha grata sorte de poder ser presidente da República e ter o Pacheco como presidente do Senado. Eu não conhecia o Pacheco. Agora, quando teve aquela tentativa de golpe em 2008 [2023], que tentaram fechar o Congresso Nacional, que tentaram destruir a Suprema Corte, eu vi que esse homem, além de ser um mineiro muito importante, ele ter a coragem de dizer que, enquanto ele fosse presidente do Senado, a democracia não ia correr risco nesse país.
E é por isso que cresceu a minha admiração pelo Pacheco, e mais ainda, todas as coisas que a gente precisa aprovar em benefício do povo brasileiro, quando eu preciso eu vou no Pacheco: “Pacheco, por favor, ajuda a gente a votar essa coisa”. E o Pacheco está lá entregando. E é por isso que eu trouxe o Pacheco aqui, convidei o Pacheco para vir aqui. Ele não quer vir, porque “ah, eu sou presidente do Senado, eu não vou lá”. Falei: “Não. Você vai tomar um banho do povo de Contagem. Você vai ver aquele povo”. E você percebe que esse povo é muito carinhoso.
E eu acho que eu pedi para ele falar, ele não quis falar. “Não, não vou falar, porque é a primeira vez”. Tudo bem. Não quer falar, não vai falar. Eu só quero dizer para vocês: obrigado, Minas Gerais, por me dar o Pacheco como companheiro e como presidente do Senado. Eu sou agradecido.
Então, queridos companheiros de Contagem, eu agora quero me despedir das mulheres aqui. Um beijo no coração de vocês. Um beijo muito forte. E os homens, também para vocês, um beijo no coração. Porque coração a gente beija de homem, de mulher e de todo mundo.
Um abraço, gente. E até a vitória do povo de Minas Gerais.