Pronunciamento do presidente Lula na cerimônia de inauguração da Estação Elevatória de Água Bruta de Ipojuca (PE)
Bem, eu tenho muita coisa pra falar pra vocês, mas eu não poderia deixar de agradecer dois companheiros que, desde o começo, trabalham muito para que a gente pudesse estar acordando de um sonho e vendo que ele está se transformando em realidade.
Obrigado, Cirilo. Obrigado, Sérgio. O Sérgio, quem não sabe, o Sérgio era do PSDB, era a “cupixa” do Arraes. Mas o Sérgio, todas as campanhas que eu participei, o Sérgio, desde 89, participava da elaboração do meu programa de governo. E teve um tempo que eu queria colocar o ministro de Ciência e Tecnologia do PSB. E eu fui falar com o Arraes que eu queria entregar para o PSB a Ciência e Tecnologia.
Eu pensei que ele indicava o Sérgio Rezende. Ele indicou o Roberto Amaral, que era um grande companheiro, mas que não era o Sérgio Rezende. E eu quero dizer para vocês, me perdoe, companheira Luciana, mas o Sérgio Rezende foi o melhor ministro da Ciência e Tecnologia que este país teve.
Foi o momento mais extraordinário de investimento em pesquisa nesse país. Foi o movimento em que a gente criou um PAC, sabe, de R$ 41 bilhões, e que criamos um comitê de cientistas. E esse comitê de cientistas administrou esse dinheiro e, quando terminou o mandato, nós fomos homenageados pelos cientistas, porque nós conseguimos aplicar, Raquel, todos os R$ 41 bilhões numa decisão coletiva dos cientistas. Obrigado, Sérgio, querido, por estar aqui.
Eu quero cumprimentar minha querida companheira Janja. Quero cumprimentar a minha querida governadora do estado de Pernambuco, Raquel Lyra, e contar uma coisa para vocês: na primeira vez que eu encontrei com a Raquel Lira, ela não estava tão simpática assim. Ela tinha sofrido a morte do marido dela durante as eleições; ela era meio carrancuda. E eu pensei: “Essa mulher é invocada”. E ela já tinha sido delegada, já tinha sido procuradora; eu falei: “É preciso tomar cuidado com essa mulher”.
Mas eu disse uma coisa para ela, que ela é testemunha. Eu disse: “Governadora, embora a gente pertença a partido diferente, você eleita governadora e eu presidente, eu quero que você saiba que Pernambuco não terá nenhuma dificuldade no Governo Federal. O que você precisar, você será atendida com muita decência”. E eu tenho certeza que isso está acontecendo: uma relação civilizada, uma relação de entes federados que pensam no Brasil, que pensam no povo.
E também porque eu tenho um conjunto de ministros muito competentes. Esse aqui, que é o chefe da Casa Civil, é como se fosse o primeiro-ministro, o Rui Costa. Foi governador da Bahia oito anos, foi chefe de gabinete da Casa Civil do Jacques Wagner e agora é o meu ministro-chefe da Casa Civil. É o cara que mais atende a Raquel com os pedidos dela lá em Brasília.
O companheiro Waldez, que é o ministro da Integração, foi governador do Amapá dezesseis anos. É um companheiro de uma qualidade extraordinária e tem contribuído de forma excepcional com o governo. A nossa companheira Luciana, vocês sabem, foi vice do Paulo Câmara aqui, foi prefeita de Olinda, foi deputada federal e hoje, por indicação do companheiro Sérgio Rezende, falou: “Lula, não tenha dúvida, a Luciana é nova, mas ela é muito competente, coloque ela de ministra”. E ela hoje é a ministra de Ciência e Tecnologia do meu governo.
O companheiro Padilha é o cara que rói o osso. Ele, certamente, tem a função mais difícil no governo, que é a função de articulação política. Imagina vocês que meu partido só tem 70 deputados em um total de 513. E para votar uma coisa qualquer, nós precisamos de 247 votos. E aí é preciso muita conversa, é preciso muita reunião, é preciso muito cafezinho, de vez em quando uma cachacinha, de vez em quando uma cervejinha, sabe? E aí é reunião meia-noite, uma hora da manhã, duas horas da manhã, de domingo, de sábado.
O dado concreto é que, na verdade, nós conseguimos construir uma aliança política que até agora a gente não perdeu a votação de nenhum projeto importante no Congresso Nacional. E por isso, eu agradeço também ao companheiro Padilha, como coordenador disso, mas aos nossos queridos deputados. Os deputados são extraordinários: o deputado federal Augusto Coutinho, o Carlos Veras, o Fernando Monteiro, o Pedro Campos, que é neto do Arraes, filho do Eduardo Campos, e vai por aí afora.
Mais ainda, eu quero cumprimentar os nossos companheiros senadores: o Fernando, que é o suplente do Jarbas Vasconcelos, que assumiu o lugar dele, a nossa querida Tereza Leitão, que é a senadora, e o nosso decano no Senado, que é o companheiro Humberto Costa. Ele parece novinho, mas ele já tem bastante tempo, sabe, no Senado.
Eu quero cumprimentar o deputado estadual Doriel Barros, que é o nosso, sabe, presidente do PT estadual. Quero cumprimentar a Marcia Conrado, prefeita de Serra Talhada. Levanta, Márcia, para o pessoal te conhecer, pronto. Quero conhecer a Madalena Brito, ex-prefeita de Arcoverde. Quero cumprimentar o Edilázio Wanderley, superintendente da Codevasf. Quero cumprimentar o Giuseppe Serra Seca Vieira, secretário Nacional de Segurança Hídrica; o companheiro Almir Cirilo; o Alex Campos, o Cacique Marcos; a Daisy Oliveira. E eu quero cumprimentar o prefeito, o nosso companheiro prefeito de Arcoverde, que está aqui, que fez o seu discurso acompanhado da sua esposa. Obrigado, Wellington, por estar aqui nesse evento extraordinário.
Bem, é que eu estou vendo a cara de um menino, eu achei que ele não tem idade nem para isso, mas o Silvio Costa, companheiro pernambucano, ministro de Portos e Aeroportos, filho de um companheiro que me ajudou muito e que me defendeu muito, que era o deputado federal Silvio Costa. Obrigado, Silvinho. Já falei todo mundo, já falei todo mundo, se eu não falei, me perdoe.
Eu não vou ler discurso, não, porque não comporta ler discurso. Eu queria perguntar para vocês – "Minha água, amor." Eu queria fazer duas perguntas para vocês. Eu queria perguntar, a primeira pergunta é: eu quero perguntar se vocês acreditam em Deus? E queria perguntar se vocês acreditam em milagre? Então, eu vou contar dois milagres para vocês que estão acontecendo aqui agora.
O primeiro milagre só pode ter acontecido por ser um milagre por essa obra de Deus. Porque a obsessão que eu tenho pelo Nordeste e pela questão de água no Nordeste é porque, quando eu tinha sete anos de idade, eu morava em Caetés e a gente tinha que buscar água em um açude, buscar água em um pote, eu e meus irmãos. E a água, vocês sabem como é a água de açude, água barrenta, ali tinha xixi dos animais, ali tinha cocô dos animais. E a gente pegava aquele pote d'água, levava pra casa, deixava assentar, aí tirava de um pote, jogava em outro, deixava assentar, e a gente bebia aquela água.
A gente não tinha a cultura de ferver aquela água pra beber, e não tinha filtro. Então a gente bebia aquela água, a gente era tudo barrigudinho, a perna fininha, porque tinha muita gente que morria de esquistossomose naquela época, ou seja, por conta do maltrato da água. A pessoa perdia os dentes com muita facilidade, as pessoas muito jovens já estavam com os dentes cariados, perdiam os dentes, porque a água não era tratada, a água não era tratada, e a gente bebia aquela água.
Então, qual foi o primeiro milagre? O primeiro milagre é a gente estar vivendo o que a gente está vivendo hoje aqui, porque ninguém acreditava que fosse possível fazer a transposição do São Francisco.
No tempo do Império, no tempo do Império, desde 1846, portanto, era o imperador Dom Pedro que teve a primeira ideia de fazer a transposição do São Francisco. Ele contratou um engenheiro alemão, um engenheiro alemão veio para o Brasil e fez um estudo de onde era o melhor lugar para tirar a água do São Francisco. E esse estudo aconteceu no lugar.
Cem anos depois, ou mais de cem anos depois, nós, com todo o avanço científico e tecnológico, com todo o avanço da engenharia, sabe, resolvemos fazer essa obra. E na hora que o engenheiro foi fazer o estudo de onde era o melhor lugar para tirar água, o lugar era o mesmo que o engenheiro alemão tinha descoberto há mais de 150 anos atrás, que era em Cabrobó. E foi lá que nós então começamos a tirar a água do São Francisco.
Naquela época, era muito difícil, porque o estado da Bahia era contra. Era muito difícil, porque o estado de Alagoas era contra. Era muito difícil, porque o estado de Sergipe era contra. Então, os presidentes da República, antes de mim, iam no Ceará, defendiam a transposição, chegavam na Bahia, era contra. Iam em Pernambuco, defendiam a transposição, chegavam em Alagoas, era contra. Iam na Paraíba, defendiam a transposição, chegavam em Sergipe, era contra.
Ou seja, havia uma bobagem de que tinha algum estado que era dono do rio. Graças a Deus, a gente elegeu o companheiro Jaques Wagner, governador do PT, e o Jaques Wagner, enquanto governador, falou: “A água não é da Bahia, a água passa na Bahia, ela é do povo brasileiro e, portanto, o Brasil tem o direito de fazer a transposição para trazer água para 12 milhões de brasileiros e brasileiras que moram no semiárido brasileiro”.
Ô gente, esse é um milagre, é um milagre que aconteceu com um cara que viveu a seca. Com sete anos de idade eu saí da Caetés para São Paulo com a mãe e oito filhos num pau de arara para não morrer de fome e não morrer de sede. E esse nordestino, que saiu daqui para não morrer de sede, volta 150 anos depois e faz a transposição do São Francisco para trazer água para o povo brasileiro.
E isso só pode acontecer por uma coisa, só pode acontecer esse milagre por causa da fé de vocês, por causa da fé, por causa da crença de vocês. Se vocês não acreditassem, se vocês não tivessem fé, jamais vocês teriam votado para presidente da República num pernambucano que não tem diploma universitário, que só tem um diploma primário e um curso do Senai.
Vocês votarem em mim foi um ato de fé, foi um ato de coragem, foi um ato de acreditar de que um milagre estava para acontecer nesse país. Esse foi o primeiro milagre que aconteceu. Ou seja, um retirante nordestino que saiu para não morrer de sede, volta tantos anos depois e está aqui com vocês anunciando água na torneira de vocês, para que vocês possam.
Eu sei, Raquel, o que é banho de cuia, eu sei o que é, sabe, você... Uma vez eu fui a Afogados de Ingazeira e fui visitar uma casa que uma mulher me chamou para conhecer as filhas dela. E a mulher me dizia: “Lula” - eu não era presidente. Eu tinha ido a Afogados de Ingazeira para conhecer um projeto de irrigação que fazia aquele arco romano. Era um engenheiro de Pernambuco que fez uma espécie de arco romano, a Luciana conhece.
Ele pegava por onde passava a água que descia do morro, onde tinha existido um rio antigamente, e juntava umas pedras, não tinha cimento, não tinha nada, fazia um modelo de um arco romano – aquilo juntava a água, aí ele colocava uma bombinha, puxava a água, colocava uma caixa e começou a voltar para aquela região os animais silvestres que tinham desaparecido.
Então, eu fui ver essa experiência e fui conhecer essa casa. E nessa casa, a mulher falou para mim: “Lula, minhas filhas estão há uma semana sem ir na escola porque não tem água para elas se lavarem e para tomar banho. Mal tem para a gente beber. E nem para lavar a roupa delas, e elas então não podem ir para a escola”. Eu fiquei pensando: que país é esse? Que país é esse que duas adolescentes não podem ir para a escola porque não tem água para tomar banho. Ou seja, não é possível.
E quando a gente pensa em fazer um projeto desse, alguém fala: “Ah, mas vai gastar muito dinheiro, vai gastar muito dinheiro.” Tudo que é feito para o pobre, eles falam que é gasto. Tudo que é feito para o rico, eles falam que é investimento. Portanto, fazer a transposição da água de São Francisco.
Eu já falei para os ministros que não conhecem ainda, os deputados que não conhecem, os senadores, não sei se a Raquel já conhece, sobrevoe de helicóptero a transposição porque é a segunda grande coisa que você vê da lua. Você vê o muro da China e você vê o canal do São Francisco, que é uma obra de mais de 640 quilômetros. Isso só pode ser feito porque Deus existe. O homem lá de cima falou: “Eu vou ajudar o nordestino através de um nordestino”, e cá estou eu.
O outro milagre que nós estamos tentando fazer, Raquel, é fazer com que a educação chegue para as pessoas com qualidade. Ô gente, eu sei que tem muita gente que não gosta que eu fale isso, e eu repito para todo mundo compreender: o Brasil foi o último país do mundo a ter uma universidade federal, último. A nossa universidade só aconteceu em 1920 porque o rei da Bélgica vinha para o Brasil, e ele precisava de um título de doutor honoris causa, e só quem podia dar um título era a universidade.
Como a gente não tinha, aí juntaram um monte de faculdade que a gente tinha, criaram a Universidade Brasil e o rei da Bélgica então recebeu o título honoris causa dele. Mas esse país ficou 400 anos sem uma universidade porque a elite brasileira mandava seus filhos estudar em Paris, mandava estudar em Washington, em Nova York, em Madri, mandava estudar em Londres, em Paris, e o povo brasileiro que trabalhasse e ganhasse mal, que cortasse cana, que ficasse na frente de trabalho tirando terra, colocando para um lado e para o outro, sem perspectiva de vida, sem perspectiva de estudar.
Era um país que a gente já sabia, dependendo do berço que a pessoa nascesse, a gente sabia: “Esse vai ser doutor e esse vai ser peão, esse vai ser doutor e esse vai comer o pão que o diabo amassou”. Era assim que era esse país. Então eu resolvi investir na educação e, com a graça de Deus e com o milagre da fé, eu sou o presidente que mais fiz universidade nesse país, que mais fiz escolas técnicas nesse país.
Eu sei, eu sei o que é uma mulher ou um homem sem profissão. Eu sei o que é sair na rua para procurar nas lojas, nas fábricas, pedir emprego. Quando você chega: “Tem uma vaga?” Ele fala: “Tenho, o que você sabe fazer?” Se você fala “nada”, ele manda embora, não pega nem teu documento. Se você tem uma formação profissional, mesmo que ele não te pegue na hora, ele faz um currículo e fala: "Eu vou te chamar quando eu precisar." Essa é a diferença.
E a diferença é que eu sou um trabalhador que eu sei o que é ganhar o salário mínimo e sei o que é ter uma profissão. Eu sou o primeiro filho da Dona Lindu, uma mulher que teve doze filhos, doze, todos em parteira, todos em parteira – quatro morreram e oito sobreviveram. E eu sou o primeiro a ter um diploma escolar, o primeiro a ter um diploma primário. Nenhum outro irmão teve chance de ter.
Eu fui o primeiro a ter uma escola técnica por causa do Senai e por conta disso eu tive uma profissão. E, por conta disso, eu passei a ganhar a melhor. E, por conta disso, eu fui o primeiro a ter uma geladeira, o primeiro a ter uma televisão, o primeiro a ter uma casa.
A primeira casa que eu comprei, gente, tinha 33 metros quadrados. 33 metros quadrados! Menor do que o Minha Casa, Minha Vida, que a gente entrega hoje. E eu morava com Marisa, morava com três filhos, morava com a mãe da Marisa e ainda morava com dois cachorros dentro de casa porque eu adoro o animal.
Então eu sei, eu sei o que é a vida do pobre. Eu sei o que é a vida do cara que vive lascado, que levanta todo santo dia sem saber se vai ter um bocado de feijão para comer na hora do almoço, que não sabe se vai ter emprego, que não sabe que nunca pode comprar um presente de Natal para o filho, nunca pode comprar nada. Parece que nós fomos amaldiçoados por quem? Pela ganância de uns poucos que têm muito dinheiro que não querem ajudar os muitos que não têm dinheiro.
É por isso, companheiros e companheiras, que esse é outro milagre. É o milagre da crença. Quando eu vejo o filho de uma empregada doméstica, quando eu vejo o filho de um pedreiro, o filho de um cavador de túmulo no cemitério, o filho de uma mulher que trabalha rural, com muito orgulho, fala: “Lula, a minha filha se formou na faculdade, ela tem diploma, ela é médica, ela é engenheira, é socióloga, ela é filósofa, ela é enfermeira”.
Ou seja, a gente pode ser o que a gente quiser, é só o governo dar oportunidade. O governo não tem que fazer, ele tem que criar oportunidade. Porque na hora que a pessoa mais humilde tem a oportunidade de sentar no mesmo banco da escola de alguém mais rico que ele, a gente vai provar que a inteligência não está ligada à riqueza. A inteligência é um dom de Deus que dá para as pessoas e a gente pode saber que não tem ninguém mais inteligente do que o outro, o que tem é gente com mais oportunidade do que o outro. É esse país que a gente está tentando mudar e é esse país que a gente vai fazer com toda a diversidade, com toda a diversidade.
Eu chego para Janja todo dia e falo: “Janja, olha, o mundo é difícil”. Eu vejo a fábrica de mentiras que tem na fake news que vocês acompanham, uma fábrica podre, parece um bando de lixo, parece uma fossa que só fala mentira, só prega ódio, só conta falsidade, inventa mentira todo dia. Que a gente não pode acreditar porque Deus não é mentira, Deus é a verdade e ninguém pode utilizar o nome de Deus em vão, como eles usam todo santo dia.
É por isso que a gente vai ter que mudar esse país e é por isso que eu quero o meu Pernambuco, a minha Paraíba, o meu Rio Grande do Norte, o meu Ceará, a Bahia e todos os estados, não apenas com a irrigação, mas com a política de água para todos, porque todo mundo tem direito de tomar um banho no chuveiro gostoso, lavar roupas, sabe, numa máquina.
A gente tem o direito de ser feliz, a gente não fez opção para ser pobre, a gente não quer ser pobre, a gente não quer comer mal, a gente não quer trabalhar mal, a gente não quer ganhar mal, a gente não quer se vestir mal, a gente não quer estudar mal. A gente nasceu para querer todas as coisas boas que Deus nos ensinou a produzir.
Por isso, governadora, meus parabéns, meus parabéns. Pode ficar certo que esse milagre será completo, porque o estado de Pernambuco terá água para todo mundo se fartar, bebendo, tomando banho e cuidando dos animais e cuidando da nossa agricultura.
Um beijo no coração. Obrigado pelo carinho e até o próximo encontro, se Deus quiser.