Pronunciamento do presidente Lula durante cerimônia de aniversário de dois programas de microcrédito do BNB
Vocês perceberam que eu tenho um discurso por escrito pra fazer para vocês, mas, depois de ouvir a Maria da Conceição Menezes e a Maria do Socorro Nascimento, eu penso que eu vou, com inveja delas, largar o meu discurso aqui e vou conversar com vocês.
Eu espero que alguns economistas brasileiros e que o senhor presidente do Banco Central estejam assistindo essa solenidade e tenham ouvido o discurso das duas companheiras. Porque essa gente precisa compreender que o dinheiro que existe nesse país precisa circular nas mãos de muita gente. Porque, se o dinheiro ficar parado na mão de poucas pessoas, é concentração de riqueza. Mas se o dinheiro é distribuído para muita gente, essa muita gente que pega dinheiro, como vocês, que compra alguma coisa, que produz alguma coisa, esse dinheiro vai gerar mais emprego, vai gerar mais desenvolvimento, vai gerar mais comércio, vai gerar mais fábrica. E aí a gente percebe que vai acontecer duas coisas importantes: a economia vai crescer, mas ela crescendo, ela precisa ser distribuída.
A gente não pode ficar assistindo na televisão que o PIB [Produto Interno Bruto] cresceu, mas não foi distribuído. Porque nunca foi nesse país. O PIB começou a crescer e a ser distribuído quando nós resolvemos aumentar o salário mínimo em 77%, quando nós governamos esse país outra vez. Porque senão não tem sentido. Eu vivi o crescimento econômico da década de 70, o famoso milagre brasileiro, em que a economia crescia 14% ao ano. E, depois que Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] levantou, as pessoas tinham ficado mais pobre, porque o dinheiro ficou muito concentrado na mão de pouca gente.
Quando eu disse que eu queria que alguns economistas estivessem assistindo esse ato aqui, é para perceber o benefício que acontece no país quando a gente acredita no povo trabalhador, no povo mais humilde. Há uma coisa que eu não sei se vocês prestaram atenção: o Paulo Câmara [presidente do Banco do Nordeste] falou que a inadimplência chegou a 3%. Vocês sabem por que que o cartão de crédito tem juros de 400%? Porque os bancos, já prevendo que vai ter calote, ele joga nas costas dos bons pagadores a dívida dos bons caloteiros. E, aí, nós pagamos por aqueles que não pagam. O que não é correto. Primeiro, porque você não pode emprestar dinheiro se o cara não tem condições de assumir o compromisso de pagar.
E o povo pobre tem uma coisa que a gente não encontra em shopping, que a gente não aprende na universidade, que a gente não aprende em escola técnica. A maioria do povo pobre, trabalhador, tem muito caráter. Eles não gostam de dever, porque, muitas vezes, o maior valor que ele tem é o seu próprio nome. E, por isso, que ele é bom pagador. Porque ele não tem coragem de passar na frente de uma padaria que ele fez uma dívida, ele fica com vergonha. A mulher fica com vergonha.
Então, a gente não pode ter medo de emprestar dinheiro pra pobre se a gente tiver um compromisso de ajudá-los a desenvolver aquilo que ele pode fazer. E não é apenas as pessoas que trabalham. Hoje, no Brasil, companheiros, tem milhões de mulheres e homens que não querem mais trabalhar de carteira assinada, eles não querem ter chefe dando pitaco na vida deles. Eles querem ser empreendedores. Eles querem trabalhar por conta própria. E quem é que pode ajudá-los, se não o Estado com os seus bancos públicos que podem dar o primeiro voto de confiança nessas pessoas.
Vocês viram a história da nossa companheira, a que está com a mão na massa. Ou seja, alguém teve que dar um crédito para ela. Alguém teve que confiar. Ela não tinha garantia, mas ela tinha uma coisa: ela precisava voltar ao banco pra novo empréstimo, pois ela sabia que ela tinha que pagar.
Eu acho, Paulo, que o que nós estamos fazendo aqui, meu querido amigo Roberto Schmidt [ex-presidente do Banco do Nordeste] se lembra, é preciso convencer a maioria dos economistas deste país de que é possível. Quando eu digo que a melhor coisa, sabe, que a gente fez neste país foi colocar o pobre no orçamento. A melhor coisa que a gente fez neste país foi dar vez e voz a quem não tinha nem vez e nem voz. A melhor coisa que a gente fez neste país, esse companheiro que veio aqui assinar um trator, ele assinou um trator no valor de R$ 260 mil. Não é uma coisinha qualquer, significa que ele tá botando fé nele. Significa que ele está acreditando na instituição. Significa que ele tá acreditando na capacidade dele e tá acreditando nesse país.
É por isso que nós temos que acreditar no investimento no pequeno, no médio. Nós temos 4,6 milhões propriedades no Brasil com menos de cem hectares. Nós somos gratos aos grandes produtores rurais que sustentam a China de soja, sustentam uma parte da Europa de milho, de algodão. Isso é muito importante pro Brasil. Muito importante. Mas a gente tem que levar em conta que o cara que tem uma plantação de 50 mil hectares de soja, ele não vai perder tempo criando galinha caipira. Ele não vai perder tempo criando um porquinho. Ele não vai perder tempo criando três vaquinhas leiteiras, ele não vai perder tempo plantando hortaliça, sabe? Ele precisa comprar de quem? Precisa comprar do pequeno e do médio produtor, que é quem colocam mais de 70% do alimento que vai nas nossas mesas, nos hotéis e nos restaurantes por aí. É por isso que nós vamos continuar fazendo crédito. E vamos fazer cada vez mais.
E não pense que eu acho que o juro tá baixo. O juro ainda tá alto. Porque 2,16 ao mês é muita coisa. É muita coisa, dá quase 30% ao ano, que é juro sobre juro, então, eu acho que nós precisamos baixar ainda. Obviamente que nós também não queremos quebrar o banco, porque o banco tem que dar o lucro. Porque se quebrar, vai ser muito pior para nós, porque, além de ficarmos devendo, nós não temos o banco. Não temos o banco para emprestar.
Então, eu queria dizer para vocês o seguinte: a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Basa [Banco da Amazônia] e o BNB [Banco do Nordeste], e mais o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], só tem sentido existir se for pra fazer as coisas diferente do que faz os bancos privados. Se for pra fazer igual, não precisa existir.
O BNDES tem que ter muito dinheiro – e nós sabemos que ele ainda não tem a quantidade que precisa – para investir no desenvolvimento industrial, para investir na nova, sabe, energia que vai ser produzida nesse país. Pra investir muito no hidrogênio verde, na energia solar, na energia eólica, na mudança da nossa matriz energética, que é o que o mundo espera. Ninguém pode competir com o Brasil. E nós temos que ter dinheiro para investir e dinheiro para ser investido a juros baratos.
Por isso, é que o cidadão do Banco Central precisa saber que ele é presidente do Banco Central do Brasil e não do banco central de um país, sabe, que não seja o Brasil. E que precisa baixar os juros. Não é possível. Como é que o empresário vai investir? Como é que o empresário vai fazer uma fábrica? Como é que o empresário vai fazer o investimento qualquer, se ele vai pegar a taxa de juro muito alta?
Então, nós vamos continuar brigando. É importante você saberem: o presidente do Banco Central não foi indicado por nós, ele foi indicado pelo governo anterior. E o Banco Central, agora, é autônomo, não tem mais interferência da presidência da República, que podia chamar o presidente do Banco Central e conversar. Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou. E quem o indicou não fez coisas boas nesse país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo.
Então, eu quero assumir um compromisso com vocês de que a gente vai, cada vez mais, aumentar a quantidade de dinheiro e disponibilidade para investir. Na medida em que a gente for crescendo, a gente vai aumentar a capacidade de vocês tomarem mais dinheiro emprestado. É espetacular e louvável de que as mulheres tenham um crédito um pouquinho maior, porque as mulheres precisam ficar muito empoderada, porque as mulheres não querem ser mais a parte fraca da família. A mulher não quer mais ser tratada como objeto. A mulher quer ser sujeito da história, ela quer decidir, participar e fazer. E é importante que a gente saiba que a gente tem que tentar ajudar, e não fazer, porque ela faz. Nós só temos que criar as condições pra mulher ficar totalmente empoderada. E, ao mesmo tempo, a gente vai facilitar.
Nós agora criamos o Mais Alimentos, vou explicar uma coisa pra vocês: em 2008, tinha uma crise de alimento no mundo. Diziam que era a China que tava comendo demais quando, na verdade, era o tal do mercado futuro. Então, o que que nós fizemos? Criamos o Programa Mais Alimentos para financiar trator, até 80 cavalos, e outras máquinas agrícolas. Nós vendemos 80 mil tratores. Salvamos a parte da indústria automobilística que fabricava motor. E, agora, nós criamos outra vez o Mais Alimento, para fazer com que o pequeno produtor melhore a sua produção. Se ele tá tirando dez litros de leite por dia, que passe a tirar 15. Se ele tá colhendo dez caixas de laranja por dia, que passe a colher 20. Se ele tá colhendo, sabe, dez sacas de café, que tire 50. O que nós queremos é permitir que aumente a produtividade, aumente a qualidade, para que ele coloque mais valor no produto que ele fabrica, que ele produz, pra ele ganhar mais dinheiro e pro Brasil ser mais respeitado no mundo. É isso que vai acontecer.
É chato porque o mandato está acabando. Só falta três anos e quatro meses, porque oito meses nós já comemos. Oito meses nós já comemos. O mandato, para quem está no governo, passa muito rápido. Pra quem está na oposição esperando a vaga, demora muito. O Bolsonaro [Jair Bolsonaro, ex-presidente da República] deve estar coçando as unhas e mordendo, porque vai demorar para ele. Vai demorar e, certamente, ele não voltará.
Mas, nós, nós queremos que vocês acreditem nisso: é importante que o sindicato de trabalhadores rurais organize as suas categorias, veja quem não pegou crédito ainda, direcione as pessoas, oriente as pessoas para que as pessoas possam vir pegar o crédito que tem. Porque a verdade é que a gente limitou o número de dinheiro, mas se tiver mais gente pegando, e faltar dinheiro, a gente é obrigado a arrumar mais dinheiro para emprestar pra quem quiser continuar trabalhando.
Seja para fazer negócio, pra construir, sabe, roupa, para produzir um instituto de beleza, seja pra fazer, colocar a mão na massa, seja pra produzir pepino, cebola, sabe, cacau, abacate, laranja, tudo. A gente vai ter que arrumar mais dinheiro, porque esse país vai acabar com a fome outra vez e a gente não gosta de ser pobre.
A gente tem que dizer todo dia: "a gente não gosta de ser pobre". É diferente a gente querer ajudar a pessoa a sair da pobreza, porque ninguém quer ser pobre. Todo mundo quer viver bem. Todo mundo quer ter uma boa casa. Todo mundo quer casar bem, tanto mulher quanto homem. Todo mundo quer ter família, todo mundo quer ter um carrinho, todo mundo quer ter uma moto – sem mandar matar o jumento, jumento é para cuidar com carinho, porque nós não queremos que seja maltratado o animal, que nós temos que protegê-los também. Então, esse mundo que nós queremos, só nós podemos fazer. Só nós.
É por isso que vocês têm que acreditar no que vocês estão fazendo. Na verdade, não somos nós, aqui, que fazemos, nós temos apenas o instrumento de vocês para que as coisas dê certo.
E nós queremos criar mais cooperativas neste país, cooperativa de tudo. As pessoas que se organizem pra produzir, pra fazer, pra inventar. Eu, se pudesse, ia criar o dia do inventor nesse país para ver se a gente descobre mais um Santos Dumont. Porque o Santos Dumont na verdade, ele não estudou, não. Ele conversou muito com o mecânico, com o cara da engenharia elétrica, e foi o inventor do avião, embora os Estados Unidos pense que foi eles. Mas só o Santos Dumont conseguiu fazer o instrumento mais pesado que a terra, mais pesado que o ar, voar. Só ele.
E quantos inventores nós temos no Brasil? Quantas pessoas criativas nós temos no Brasil? Quantas pessoas precisam de oportunidade? É por isso, que eu escolhi o Camilo Santana para ser ministro da Educação, porque o Ceará tem a melhor experiência da educação neste país. E eu falei pra ele: "até agora, o Haddad [Fernando Haddad, ministro da Fazenda] era o melhor ministro da Educação". E ele tem obrigação de ser o melhor, tem três anos e quatro meses para você fazer escola de tempo integral, pra gente fazer mais faculdade, pra gente fazer mais institutos federais, pra gente ensinar e melhorar o ensino fundamental. Tudo isto está na sua responsabilidade. É levar pro Brasil a experiência bem-sucedida do Ceará.
E aqui, gente, nós vamos trazer o ITA [Instituto Tecnológico de Aeronáutica] para investir, para aqui pro Ceará. É um presente, é um presente que a gente vai dar ao Ceará porque o Ceará quando vai disputar as Olimpíadas da Matemática, é o estado que mais tem gente que ganha medalha de ouro. E quando vai fazer concurso, vestibular pra ir pro ITA, 40% dos alunos são aqui do Ceará. Então, o Ceará, sabe, vai receber um prêmio de merecimento pela qualidade do estudo que vocês aplicaram aqui.
A outra coisa que a gente vai fazer: uma faculdade de matemática no Rio de Janeiro, para que a gente pegue os gênios desse país – a molecada que ganha medalha de ouro –, a gente vai levar para a faculdade da matemática, eles vão ficar quatro anos morando e estudando porque o Brasil quer que seus gênios não saiam mais do Brasil, que eles fiquem aqui no Brasil, se prepare no Brasil e sejam gênios dentro do Brasil, pra gente poder dar um salto de qualidade.
Vocês viram que agora eu fui na África do Sul e vocês viram o que aconteceu na África do Sul. Os BRICS se fortaleceu. Os BRICS que era Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul, agora é: Brasil, China, África do Sul, Rússia, e agora entrou Arábia Saudita, entrou os Emirados Árabes, entrou o Egito, entrou a Argentina, entrou o Irã e entrou a Etiópia. Nós, agora, não somos mais Terceiro Mundo, nós não somos mais países em desenvolvimento. Agora, vocês enchem a boca e falam: "nós somos do Sul Global". Nós somos do Sul Global.
Porque é esse país, essa coisa chique que a gente é agora. A gente não aceita mais ser tratado como inferior. A gente quer ser tratado em igualdade de condições. E o Brasil tem uma chance extraordinária com esta questão da transição energética. Só para vocês terem ideia, 90% da energia brasileira é limpa e renovável. Do ponto de vista do conjunto envolvendo combustível, nós temos 50% limpo e o mundo tem 15. No restante da energia elétrica, nós temos 90, o mundo tem 28. E agora, com essa transição, com esta questão climática, o Brasil tem condições de se transformar no país mais importante em se tratando de energia limpa. E com o hidrogênio verde, os estados do Nordeste vão poder dar um salto de qualidade, não apenas produzir hidrogênio, mas exportar hidrogênio pelo preço que a gente determinar – não é isso? – para quem quiser comprar a nossa energia.
É assim que vai ser o Brasil daqui pra frente. A gente não quer ser pequeno, a gente quer ser grande. A gente quer ser respeitado, a gente quer viver bem, a gente quer comer bem, a gente quer morar bem, a gente quer ter carro bom, a gente quer viajar de férias, a gente quer, sabe, então, esse país, esse país só nós podemos fazer. Eu, depois de ver aquelas duas companheiras mulheres falarem, eu fiquei pensando quantas pessoas estudadas têm o dom da palavra que teve aquelas duas mulheres? É isso. Na verdade, o que o povo precisa é só oportunidade. Deixa o povo falar.
Quando, Elmano [Elmano de Freitas, governador do Ceará], quando você tiver dificuldade, quando você estiver aperreado, que você levantar de manhã, for pro teu gabinete e falar: "puta, como tá difícil". Vá pra rua conversar com o povo. Vá ouvir o povo que você vai perceber que aquilo que parecia impossível é possível na hora que a gente permite que pessoas que sabem fale pra gente.
Eu ia assistir à porta de fábrica. Eu, quando tava aperreado, eu, às vezes cinco horas da manhã, levantava, ia na porta de fábrica ouvir a piãozada falar comigo. Aí é bom até quando eles reclamam. Não é ir só para receber elogios, porque, às vezes, a pessoa também tá puta com a gente. "Você fez tal coisa errada", "você não fez aquilo que deveria fazer", mas é bom a gente ouvir, porque quando chegar quatro anos depois, ninguém aqui vai pedir voto para banqueiro, mas a gente vai pedir voto pra vocês. A gente vai na rua pedir voto pros pobres desse país. E é eles que são responsáveis pela mudança.
Por isso é importante um banco como o BNB. Eu quero, Paulo, te felicitar. Quero felicitar meu companheiro, Roberto Schmidt. Esse Roberto Schmidt é tão metido, ele é tão metido, que quando a gente começou a emprestar dinheiro e começou a dar certo, ele já não queria emprestar só pro Nordeste mais. Não, ele já tava emprestando nas favelas do Rio de Janeiro. O bichinho já tava quase indo para Nova Iorque fazer microcrédito.
Então, o Banco do Nordeste é muito importante para esse país. E o exemplo bem-sucedido de vocês é o que nos dá a garantia de que a gente vai continuar fazendo mais investimento.
Eu tenho três anos e quatro meses de mandato. Eu voltei a presidir esse país para provar que esse país tem jeito. Aquilo que eu dizia, que a gente vai voltar a comer carne. Vai voltar a comer carne, vai ter churrasquinho, sim. Vai ter uma picanha, vai ter cerveja, sabe.
O que nós queremos é que as pessoas se deem bem. Todo mundo com a cara feliz, sorrindo, alegre. Não é todo mundo fazendo fakes, contando mentira todo dia, como se contava no passado. Gente levantar com ódio, não falar "bom dia" pro vizinho, não falar "boa noite" pro vizinho, não se despedir nem do marido na hora que vai deitar porque está os dois mal-encarado.
Vamos mudar essa sociedade. E eu sei que durante o processo eleitoral teve pai que brigou com o filho, teve mãe que brigou com filha, teve nora que brigou com sogro. É preciso parar com essa briga, se brigar dentro de casa, volta e abraça seu filho, abraça seu pai, abraça sua mãe, deixe a política para discutir na rua e dentro de casa a gente discute o amor com a nossa família, com nossos pais, com nossos filhos, com nossos netos, porque nós queremos viver em tranquilidade.
Portanto, companheiros economistas do Brasil, que estão me ouvindo, se vocês puderem acesse, acesse o BNB pra vocês aprender – também o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, não é só o BNB –, para vocês saberem como é que a gente pode emprestar dinheiro pro povo trabalhador. A gente só empresta quando a gente confia, e eu confio e vou confiar até o fim da minha vida, porque vocês são a razão pela qual eu estou aqui.
Um abraço, um beijo no coração de cada homem e cada mulher. Parabéns, companheiro Paulo Câmara. Parabéns, funcionários do BNB. Parabéns, gente deste estado. Parabéns, povo trabalhador desse país.
Um abraço.