Pronunciamento do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura de reunião ministerial
Vídeo da transmissão, realizada em 3 de abril de 2023
Muito bem! Bem, companheiros e companheiras, ministras e ministros, assessores e assessoras, companheiros e companheiras da imprensa. Como disse o Rui [Costa], essa é a terceira reunião que nós fazemos com o Ministério. Dessa vez com os ministérios da área de produção, os ministérios da área institucional.
O objetivo dessa reunião é fazer um levantamento de como está, sabe, cada Ministério nesse momento. Como ele está preparando as suas atividades, porque na segunda-feira próxima, dia 10, nós vamos ter a reunião dos 100 dias de governo, em que a gente vai não só fazer avaliação daquilo que nós conseguimos recuperar, para colocar em funcionamento, e, nem tudo ainda está 100% funcionando, porque quando você decide fazer uma política pública, às vezes, ela demora alguns dias para acontecer. Mas, nós já recuperamos quase todas as políticas sociais que existiam nesse país, que tinham sido desmontadas pelo governo anterior, e agora elas estão funcionando a todo vapor.
Nós ainda, parece que falta o Água para Todos ou o Luz para Todos, ainda falta lançar. Esse programa acho que é o último programa social que nós vamos lançar, e, na próxima segunda-feira, ao fazer uma avaliação dos 100 dias, a gente vai ter que anunciar o que a gente fará pra frente, porque os 100 dias vão fazer parte do passado.
A gente vai ter que discutir o que a gente vai fazer do ponto de vista do investimento na área industrial, na área agrícola, o que a gente vai fazer na área de ciência e tecnologia. Tem muita coisa pra gente investir, sobretudo em obra de infraestrutura; tem recursos para que a gente faça os investimentos necessários, e nós então, temos muitas obras paralisadas que agora muitas já começaram a fazer, e muitas vão começar a partir da segunda-feira, quando os ministros anunciaram o plano de trabalho para depois dos 100 dias.
Eu estou convencido que o país vai dar um salto de qualidade. Eu disse para o [Fernando] Haddad na semana passada, que eu não concordo com as avaliações negativas de que o PIB vai crescer "0, não sei das quantas", 0,1%, de que o PIB "não sei das quantas", vamos ver o que vai acontecer quando a chamada economia micro, pequena e média começar a acontecer nos rincões desse país. Vamos ver o que vai acontecer, quando as pessoas começaram a produzir mais, quando as pessoas começaram a comprar mais, as pessoas começarem a vender mais, a gente vai perceber que a economia vai dar um salto que eu diria importante. Eu ainda não vou dizer aquilo que eu disse em 2005, que foi o motivo de muita chacota por parte da imprensa, quando eu disse: o milagre do crescimento, quando a economia brasileira cresceu 5.8%, e a imprensa especializada achava que não iria crescer.
Eu acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo. Vai acontecer mais coisa no Brasil do que as pessoas que estão esperando que vai acontecer. E vai depender muito, mais muito, mais muito, da disposição do governo. Vai depender muito da disposição e do discurso do pessoal da área econômica. Vai depender muito da disposição e do discurso do setor da área produtiva, porque se a gente ficar apenas lamentando aquilo que a gente acha que não vai acontecer, ninguém vai investir em cavalo que não corre, né? Se você está numa corrida de cavalo, dizendo que seu cavalo é "pangaré", o seu cavalo “não sei das quantas”, que o seu cavalo está com gripe, que seu cavalo está cansado, que seu cavalo…. ninguém vai fazer nenhuma aposta. Então, o nosso papel é apostar de que esse país vai dar certo e vai produzir mais do que aquilo que tem algumas pessoas esperando.
Por isso, que essa reunião é muito importante. Lamentavelmente, vocês não vão poder ficar para assistir a reunião toda. Mas, certamente, depois da reunião, alguém vai fazer uma comunicação a vocês, do resultado dessa reunião. Eu acho que isso aqui vai apontar, se você olhar para a cara do ministro [Carlos] Fávaro, que voltou da China agora, com um grupo de empresários, você vai perceber que ele é 150% de otimismo.
Se vocês olharem para a cara do Haddad, depois do marco regulatório que ele fez, e conversou... olha a cara dele de felicidade; significa que está acreditando que vai passar. Nós acreditamos que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária neste país. Nós estamos achando que vai acontecer tudo aquilo que a gente anunciou de investimento em bolsas de estudo, no nosso Ministério da Ciência e Tecnologia, no Ministério da Educação. E nós estamos acreditando que esse país vai voltar a ser um país em crescimento, em geração de emprego, que essa é a nossa obsessão agora. A obsessão do governo agora, tem que ser fazer os investimentos, criar condições.
Eu estou muito otimista, Rui e Haddad e companheiros, com a proposta de PPP [parceria público-privada] que nós vamos colocar em discussão, estou muito otimista. E nós temos que ter como obsessão, fazer esse país voltar a crescer. Porque o país crescendo, ele vai gerar emprego. O emprego vai gerar salário. O salário vai gerar aumento de consumo do povo, e aí, a roda gigante da economia volta a funcionar, e todo mundo vai voltar a ser otimista nesse país.
Boa reunião. Me parece que o primeiro a falar, é o companheiro Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Muito bem. Tchau imprensa.