DISCURSO do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia de sanção do PL 1.802/2019
Companheiros e companheiras, eu não vou ler a nominata aqui porque já foi citado o nome de todo mundo mais que uma vez, e eu não vou citar. Eu não sei se todos vocês acreditam em destino, eu acredito. E eu não sei, ô Sandrão, se é obra de Deus, ou o que que é, que essa luta começou em 2002 e essa luta se concretiza em 2022, exatamente quando eu começo o terceiro mandato de presidente da história desse país.
Você não contou um fato, Sandro, que foi na campanha de 2010, quando a Dilma disputava as eleições com o então candidato José Serra, e tentaram inventar um fake news contra nós, a primeira mentira bem contada, que jogaram uma bolinha de papel na cabeça do Zé Serra e disseram que tinha sido uma agressão do PT, desapareceram com o Zé Serra para ir em um departamento médico de uma clínica que tinha no Rio, para fazer uma ressonância magnética, sei lá o que que foram fazer no Serra, dizendo que o PT que tinha agredido ele. E eu lembrei do que aconteceu no jogo Brasil e Chile, quando o goleiro do Chile, o rojão foi solto dentro da área que ele estava e ele tinha carregado uma luva, um negócio, e ele se machucou para culpar o Brasil e para tentar evitar que o Brasil ganhasse aquela Copa América. E eu pensei: o Serra tá fazendo o que fez o tal de Rojas, o goleiro do São Paulo. Ele inventou que estava machucado, porque foi uma bolinha de papel, quando bateu na cabeça dele a bolinha pulou, se fosse uma coisa pesada não tinha pulado, tinha no mínimo sangrado a cabeça do Serra. E foi graças àquilo que a gente conseguiu desmembrar, na televisão, a mentira que tinha sido contada. E, desde então, o Sandro tem sido um dos companheiros, sabe, que perturbou muitas vezes na porta do Alvorada, perturbou na porta do Palácio do Planalto, ele perturbava o Gilberto Carvalho, ele perturbava o Padilha, ou seja, na verdade é o verdadeiro espírito do dirigente sindical que a gente tem que ter no Brasil!
Eu digo sempre que a sociedade, os movimentos sociais, eles nunca, nunca eles podem ficar quieto e calado, deixando de cobrar da gente, porque quando as pessoas deixam de cobrar, a gente pensa que tá tudo resolvido, sabe? Que a gente tá agradando. E nem sempre é verdade isso! E muitas vezes nós, que somos os políticos, não gostamos quando as pessoas reivindicam da gente, não gostamos quando as pessoas cobram da gente. Ou seja, durante as eleições, os caras estão apanhando por nossa causa e nós gostamos deles, quando eles começam a cobrar de nós, nós começamos a desgostar deles. E eu quero testemunhar aqui na frente de todos, todos os companheiros e companheiras, que são agente de saúde desse país, aos meus queridos e queridas mata-mosquito desse país, que o Sandrão nunca deixou de cobrar aquilo que vocês estão conquistando hoje. Graças a dedicação, a competência, e a vontade de brigar do Sandrão. Se alguém merece palmas aqui, além dos deputados que aprovaram isso, é o companheiro Sandrão, porque ele é o grande conquistador disso.
O nosso companheiro deputado Afonso Florence, que foi ministro do Desenvolvimento Agrário, não pode estar aqui porque teve um problema na Bahia, sabe? Mas o nosso deputado Alencar, também não sei se está aqui, me parece que não está aqui, sabe? O deputado Jorge Solla, não sei se está aqui… está aqui também o Jorge Solla, que merece um abraço de vocês. O companheiro Carlos Veras não está aqui, o companheiro Veneziano Vital do Rêgo, senador, também não está aqui. Mas, está aqui o líder no Congresso do PT, o companheiro Randolfe, que está aqui muito feliz. O nosso líder na Câmara dos Deputados, líder do governo, o companheiro cearense Guimarães. Além… eu não estou com a nominata aqui, portanto eu não posso citar o nome de todos os deputados que estão aqui, mas eu queria dizer para vocês que quando vocês conseguem aprovar um projeto como esse, que parece insignificante.
O Serra, por exemplo, achava que mata-mosquito não tinha mais nenhuma importância, que não era necessário, certamente porque ele nunca morou na beira de córrego, certamente porque ele nunca morou na encosta de morro, certamente porque ele nunca morou em lugar que tinha mosquito. Mas quem mora, sabe a importância dos nossos queridos mata-mosquito. Então, queridos e queridas, parabéns pela conquista de vocês! Continue lutando, Sandro, porque a luta é que faz a lei, e sem luta a gente não conquista nada.
Um abraço! Parabéns aos agentes comunitários de saúde!