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PGFN investe em projeto de mentoria para qualificar carreiras femininas
- Foto: Washington Costa
A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) realizou, nesta segunda-feira (26/6), uma roda de conversa para lançar o programa de mentoria feminina Elas por Elas. Trata-se de uma iniciativa para incentivar a vida profissional de mulheres que trabalham na Procuradoria e contribuir para a valorização das carreiras femininas na sociedade. O evento contou com a presença da procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi Ruas de Almeida; da diretora de Gestão Corporativa da PGFN, Adriana Gomes de Paula Rocha; e das co-fundadoras do Instituto Alumna Larissa Ushizima e Renata Malheiros Henriques. Foi mediado por Maria Paula Fidalgo, atriz, apresentadora e colunista do Correio Braziliense.
“Vamos fazer um projeto que traga todas as mulheres da Procuradoria, independentemente do cargo ou da função que ocupe. É um projeto de mulheres para mulheres. A riqueza da mentoria está na mulher que se dispõe a compartilhar a experiência de vida com outra. Com isso, um mundo de possibilidades se abre”, celebrou a procuradora-geral Anelize Lenzi Ruas de Almeida.
O projeto piloto já tem 20 mentoras escolhidas e, nesta semana, a PGFN selecionará 20 mentorandas, que terão encontros virtuais até o final do ano. Com o sucesso dos resultados, a ideia é continuar com o Elas por Elas nos próximos anos. “Mentoria tem a ver com sororidade. Com apoiar, fortalecer, incentivar e transformar mulheres”, defendeu a diretora de Gestão Corporativa, Adriana Gomes de Paula Rocha. “A PGFN se preocupa com isso e entende que investir na diversidade só traz ganhos institucionais”, completou ela.
O programa tem por objetivos contribuir para o desenvolvimento e crescimento profissionais de mulheres que compõem a instituição, reconhecer e valorizar a troca de experiências e cooperação entre profissionais do gênero feminino, proporcionar maior rapidez na aprendizagem organizacional e contribuir para o processo sucessório, formação e sustentabilidade do corpo de líderes femininas na PGFN.
Parceria
A implementação da proposta conta com a cooperação do Instituto Alumna, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que utiliza a metodologia da mentoria para conectar profissionais experientes com alunas de graduação ou recém-formadas de grupos marginalizados para diminuir a lacuna de gênero que jovens mulheres enfrentam ao entrar no mercado de trabalho. A parceria firmada entre a Alumna e a PGFN permitirá a transferência da metodologia de mentoria utilizada pelo instituto, que já conectou mais de 450 alunas com suas mentoras, acelerando o desenvolvimento de suas carreiras.
Larissa Ushizima, co-fundadora do Instituto Alumna, destacou a importância de trazer a mentoria feminina para o governo federal. Para ela, a prática no serviço público pode contribuir para as carreiras de muitas profissionais que não tiveram apoio e trocas em suas famílias e comunidades no momento de ingressar no mercado de trabalho. Larissa chama atenção também para um dos principais objetivos do projeto: quebrar a rivalidade entre mulheres e fazer uma rede de apoio, na qual uma mulher puxa a outra, impulsiona a carreira uma da outra.
Renata Malheiros Henriques, também co-fundadora do Alumna, contou sobre o nascimento do instituto. O intuito original do empreendimento era inserir universitárias na vida profissional. Para tanto, ensinavam como fazer o planejamento da carreira, falar em uma entrevista de emprego, se apresentar em público, responder micro violências do dia a dia e montar uma rede. Atualmente, de acordo com ela, um dos pontos altos do projeto é a capacitação que oferecem às mentoras e mentoradas, antes de começar o programa, para estipular as responsabilidades, o que se deve ou não fazer no processo.
O Elas por Elas é um desdobramento da agenda de incentivo à liderança feminina para procuradoras e servidoras da Procuradoria anunciada em março de 2022, na ocasião da semana em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Essa agenda foi elaborada no âmbito do Programa PGFN Plural, após ciclo de reuniões do Conselho de Gestão Estratégica sobre igualdade de gênero e saúde mental. Esses encontros de trabalho foram motivados, dentre outros, por contatos mantidos com o movimento Tributos a Elas, com o Grupo Nacional de Saúde Mental da PGFN, com o Sinprofaz e com a Anafe, além de demandas da própria gestão da Procuradoria.
“Eu sou muito feliz na Procuradoria. Eu não venho aqui fazer uma coisa mais ou menos”, conta Anelize Lenzi Ruas de Almeida. “Eu venho aqui para transformar o mundo, a sociedade, diminuir desigualdade, devolver ao Brasil um pouco do privilégio de ser uma mulher branca com família estruturada e que teve oportunidade de estudo. Esse projeto Elas por elas é sonhado, amadurecido, desenhado para a comunidade da Procuradoria”, define a procuradora-geral da Fazenda Nacional.