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Nota à imprensa
Polícia Federal e o Escritório da ONU sobre Drogas e Crimes promovem o III Congresso Internacional de Direitos Humanos da PF
Brasília/DF. Acontece nesta quarta e quinta-feira (4 e 5/9) o III Congresso Internacional de Direitos Humanos da PF, na Academia Nacional de Polícia, com o objetivo de atualizar policiais federais e promover sua troca de experiências com membros do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).
O evento, fechado a policiais e outros profissionais - inclusive estrangeiros - que atuam com a temática, contará com um debate que gira em torno do crime de tráfico de pessoas e crimes conexos, como o trabalho análogo ao escravo, a exploração sexual - inclusive infantil, lavagem de dinheiro e adoções ilegais.
Serão abordadas técnicas de investigação, de entrevista e de identificação de vítimas do crime, além da análise das novas tendências e recursos tecnológicos utilizados pelos criminosos.
Também serão debatidas metodologias para prevenir a revitimização – fenômeno que ocorre quando vítimas de crimes são obrigadas a reviver a violência sofrida durante o processo de persecução penal, bem como ampliar e aumentar a eficiência da rede de apoio voltada para estas pessoas, com foco na garantia da Dignidade da Pessoa Humana.
Segundo relatório da UNODC, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o trabalho escravo é a principal finalidade do tráfico de pessoas no Brasil, sendo a maioria das vítimas jovens negros, com idade entre 18 e 29 anos. O tráfico para exploração sexual vem em seguida, e novas tendências estão em crescimento, como a adoção ilegal, com os avanços tecnológicos desempenhando um papel cada vez mais central na cooptação de vítimas.
Neste ano a Polícia Federal realizou mais de 30 grandes operações de enfrentamento aos crimes de tráfico de pessoas e promoção de migração ilegal, com o resgate de vítimas diversas nacionalidades, além do bloqueio de mais de R$ 100 milhões de organizações criminosas envolvidas com as atividades e o indiciamento de 62 responsáveis por estes crimes.
Os números expressivos traduzem o compromisso da PF com a defesa dos Direitos Humanos, repertório mínimo garantidor de que todos, independente de origem, raça, gênero, idade ou religião, possam ter uma vida digna e desfrutar de uma sociedade justa.
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