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PF recupera obra literária furtada de museu de Belém
Brasília/DF – A Polícia Federal recuperou nesta sexta-feira (22/12) importante obra de arte que foi furtada do Museu Emilio Goeldi, em Belém/PA, entre os anos de 2007 e 2008.
A obra, intitulada “Reise in Chile und auf dem Amazonstrome (Viagem no Chile, Peru e no Rio Amazonas)”, foi localizada na Argentina em 2021, após investigações da Polícia Federal e foi entregue nesta pela Aduana Argentina à Embaixada do Brasil em Buenos Aires, após pedido de cooperação jurídica ao país vizinho com o objetivo de repatriação.
O livro é o relato de viagem do naturalista suíço Eduard Friedrich Poeppig, publicado em 1836 e detalha suas explorações no Chile, Peru e ao longo do Rio Amazonas, fornecendo descrições abrangentes da geografia, flora, fauna e culturas locais. Poeppig documenta suas observações sobre a vida selvagem diversificada, incluindo aspectos etnográficos das comunidades indígenas, e oferece insights sobre as civilizações antigas, como os incas.
Sua obra é uma fonte valiosa para entender a história, biodiversidade e culturas da América do Sul no século XIX.
A Polícia Federal desempenha importante papel na salvaguarda do patrimônio cultural ao colaborar ativamente na localização e recuperação de obras de arte roubadas ou ilegalmente comercializadas. Utilizando diversas bases de dados sobre bens culturais, a PF atua na identificação e rastreamento de itens valiosos desviados, fomentando a cooperação entre as autoridades policiais em diferentes nações.
A repatriação da obra “Reise in Chile und auf dem Amazonstrome” representa um marco fundamental para o Brasil, demonstrando um compromisso renovado com a preservação do patrimônio cultural e estabelecendo um precedente essencial para a recuperação de elementos históricos. Esse evento sem precedentes destaca a consideração crescente pela identidade cultural nacional e reforça o compromisso da Polícia Federal em proteger e restaurar itens históricos de grande importância para o país.
*Nota editada em 22/12 às 21h07. Anteriormente, foi informado incorretamente que o nome do autor era Johann Jakob von Tschudi.
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