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Ação PF
PF prende correspondente bancário acusado de fraude milionária contra a Caixa
Macaé/RJ - Na tarde desta quinta-feira (3/8), a Polícia Federal prendeu um correspondente bancário envolvido em um esquema fraudulento contra a Caixa Econômica Federal e terceiros, em Recife/PE.
Na ação, policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva, expedido pela 1ª Vara Federal de São Pedro Da Aldeia/RJ, em desfavor do homem que já havia deixado o estado do Rio de Janeiro na tentativa de fugir da Justiça, mas foi localizado em Recife.
O trabalho é desdobramento das investigações que tiveram início em 2022, após uma notícia-crime ser apresentada por uma das vítimas e pela própria Caixa Econômica Federal. Na ocasião, o preso abriu 12 contas bancárias em nome de idosos, em sua maioria aposentados, sem o consentimento deles, atuando em conjunto com um gerente da agência da Caixa de Armação dos Búzios/RJ, que atualmente está foragido com ordem de prisão decretada. As contas foram criadas utilizando o documento de identidade das vítimas, além de comprovante de residência, e-mail e telefone com informações do preso para todas as contas.
Após a abertura das contas, o correspondente bancário realizou diversos empréstimos, transferiu os valores para sua conta pessoal, usou cartões de crédito e fez uso do cheque especial em nome das vítimas. Até o momento, as investigações indicam um prejuízo aproximado de R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).
Para aumentar as linhas de crédito, o gerente da agência cadastrou rendas mensais fictícias, que variavam entre R$20.000 mil e R$90.000 mil ao cadastrar as vítimas como servidores públicos federais, ainda que não o fossem visto que suas rendas variavam entre um e cinco salários mínimos. O gerente foi demitido pela Caixa Econômica Federal após os fatos virem à tona.
Entre as vítimas, chamam a atenção os casos de uma diarista e um funcionário de condomínio residencial, cujas rendas mensais aproximadas eram de dois salários mínimos, mas foram cadastrados respectivamente com rendas de R$25.857,90 e R$88.987,25.
Destaca-se também a falta de proporcionalidade nas concessões, uma vez que clientes sem histórico de relacionamento com a Caixa receberam valores expressivos de limites de cheque especial (média de 70 mil e 80 mil reais), CDC e cartões de crédito, baseados na falsa comprovação de renda.
Diante da situação, os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato previdenciário e peculato digital, além de outros delitos que possam surgir no decorrer da investigação. Somadas, as penas máximas dos crimes ultrapassam 18 anos de reclusão.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro
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