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Operação Bugaboo cumpre um mandado de prisão no estado
PF combate pedofilia na Paraíba
JOÃO PESSOA/PB – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira 29/12, a Operação Bugaboo, visando combater os crimes de estupro de vulnerável, bem como os de produção, aquisição, armazenamento e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil.
O inquérito policial foi instaurado para apurar um grave caso de abuso sexual infantil perpetrado contra duas crianças. Os abusos contra os menores foram registrados em fotos e posteriormente publicados na Darkweb, em fórum específico dedicado ao abuso sexual infantil.
O Brasil, como país membro da Interpol, recebeu informações das polícias da Austrália e Hungria, sobre imagens de abuso sexual infantil que estariam sendo produzidas no Brasil e veiculadas na Darkweb.
Essas informações, recebidas e tratadas pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (SERCOPI) da Polícia Federal em Brasília, foram encaminhadas para a Superintendência da Polícia Federal na Paraíba, que imediatamente iniciou as investigações e representou pelas medidas cautelares de prisão preventiva do investigado e a busca e apreensão pessoal e domiciliar.
Com os pedidos deferidos e os mandados judiciais expedidos pelo plantão do Juízo Federal da Seção Judiciária da Paraíba, uma equipe de policiais federais deu cumprimento às medidas na manhã desta quinta-feira, em João Pessoa, ocasião em que o investigado, um homem de 56 anos de idade, foi flagrado com vasto conteúdo relacionado à pornografia infantojuvenil, tendo sido por isso também preso em flagrante.
O suspeito será submetido à audiência de custódia e deverá responder pelos crimes de estupro de vulnerável, previsto no Código Penal, e de produção, aquisição, armazenamento e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas somadas podem chegar a 48 anos de reclusão.
O nome da operação, "Bugaboo”, vem do termo em inglês que significa algo assustador e por vezes associada ao bicho-papão das histórias infantis, em alusão às condutas praticadas pelo investigado que violam a dignidade sexual das crianças abusadas.