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Operação PF
Força-Tarefa de Segurança Pública desarticula organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico de drogas
Rio Branco/AC - A Força-Tarefa de Segurança Pública do Acre, composta pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, deflagrou nesta quarta-feira (1º/12) a Operação HÉSTIA, com o objetivo de combater uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas que atuava em quatro estados (AC, AM, RJ e RN).
Participaram da deflagração cerca de 150 policiais, que cumprem 37 mandados de busca e apreensão domiciliar e 10 mandados de prisão preventiva em quatro estados, nas cidades de Rio Branco/AC, Cruzeiro do Sul/AC, Epitaciolândia/AC, Rio de Janeiro/RJ, Natal/RN e Boca do Acre/AM. As buscas contaram com o apoio de um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre. A ação contou com o apoio operacional de policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro.
A investigação teve início em janeiro deste ano e revelou um esquema profissional responsável pela administração de valores provenientes de fontes ilícitas, movimentado através de empresas laranjas, objetivando ocultar bens e valores, dissimular sua origem e reinserir os ativos no mercado com aparência de legalidade.
Para lavar o dinheiro proveniente das atividades criminosas, um núcleo - liderado por um empresário acreano do ramo de venda de extintores - se utilizava de sete empresas sediadas em Rio Branco, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, a fim de simular um funcionamento regular dos estabelecimentos para justificar os valores e bens obtidos com o lucro do tráfico interestadual de drogas.
O trabalho de inteligência desenvolvido pela Força-Tarefa de Segurança Pública do Acre possibilitou a identificação do principal líder da organização criminosa, que se encontrava foragido desde 2017. Ele cumprindo pena na penitenciária estadual do Acre, mas conseguiu uma fugir de um hospital em Rio Branco-AC, após fazer um buraco no forro do banheiro do apartamento em que estava internado para um procedimento cirúrgico.
Os investigados movimentaram mais de R$ 43 milhões em suas contas bancárias durante o período apurado, grande parte através de transações em espécie – inclusive para o exterior - bem como investimentos em gado e imóveis. Ao todo, foram bloqueados judicialmente mais de R$ 19 milhões em bens da organização criminosa.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico interestadual de drogas, cujas penas somadas podem chegar a 33 anos de prisão.
O nome da operação, HÉSTIA, faz alusão à mitologia grega e representa a Deusa do Fogo, para se contrapor à principal atividade econômica exercida de maneira dissimulada pelos investigados, isto é, o comércio de extintores de incêndio. O fogo de Héstia simboliza também a vida, a cidade, a proteção e o sacrifício.
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