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Polícia Federal coordenará ação internacional de repressão ao tráfico de pessoas
Brasília/DF – A Polícia Federal foi convidada pela Interpol para sediar e coordenar, este ano, uma ação em conjunto com mais de 20 países contra o tráfico de pessoas, dentro de um projeto multinacional de combate às organizações criminosas transnacionais que se dedicam a essa atividade ilícita.
O convite ganhou força após o desempenho da PF na deflagração da Operação Turquesa, ocorrida em 2019, que teve escopo internacional e cooperação de diversas nações.
No âmbito da ação, A PF lança hoje, na plataforma de ensino à distância da Academia Nacional de Polícia, um curso completo de capacitação no enfrentamento ao tráfico de pessoas, de maneira gratuita e aberta a todos os cidadãos e profissionais de Segurança Pública.
O curso está baseado em dois guias de enfrentamento publicados em conjunto com outras instituições. Um deles está focado na repressão e persecução penal ao ilícito, com 300 páginas e 600 impressões. Já o outro, é especializado na indispensável assistência às vítimas.
Tais especializações visam intensificar o combate ao crime de tráfico de pessoas, que tem se intensificado nos últimos anos. O número de instaurações de inquéritos policiais e investigações sobre o assunto na PF dobrou nos últimos dois anos.
Nesse período, mais de 180 pessoas foram resgatadas das mãos do tráfico por policias federais. Foram dezenas de prisões e condenações dos infratores, apesar do alto índice de subnotificações destes crimes.
Como projeto-piloto, que servirá de referência para o restante do país, a PF criará uma operação permanente em Roraima, o projeto Mitra, com o objetivo de identificar, monitorar e cruzar dados de possíveis traficantes e coiotes, facilitando suas prisões e impedindo futuras ações.
Há muito o que se fazer e é por isso que a Polícia Federal conta com o apoio da sociedade civil e de outros órgãos para melhorar cada vez mais sua prestação qualificada no combate ao tráfico de pessoas e contrabando de migrantes.