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Operação PF
Operação Alcatraz combate fraudes previdenciárias no Amapá
Macapá/AP - A Polícia Federal deflagrou na sexta-feira (7/2) a Operação Alcatraz*, para desarticular organização criminosa especializada em fraudes à Previdência Social, no estado do Amapá. A ação decorre de trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em Macapá/AP, para apurar o envolvimento de servidores do Instituto de Administração Penitenciaria do Amapá (IAPEN) nos crimes investigados.
A investigação apontou que alguns servidores foram corrompidos, auxiliando na movimentação ilegal de custodiados no interior da penitenciária, de acordo com os interesses da organização criminosa, bem como intermediando com a confecção de parecer favoráveis no conselho penitenciário estadual, para fins de indulto, comutação e outros.
A operação é um desdobramento da operação Ex Tunc, iniciada em 2016, que apura a existência de uma organização criminosa composta, inclusive, por servidores públicos, voltada para a realização de diversas fraudes no âmbito da execução penal de custodiados do IAPEN, sobretudo para obtenção de benefícios indevidos de auxílio-reclusão junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
O prejuízo estimado causado ao erário, de acordo com o conjunto das investigações, é de R$ 38 milhões.
No mesmo dia, também foi deflagrada outra operação da Polícia Federal, em simultaneidade com a presente, visando a melhor instrução das investigações criminais.
Os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, favorecimento real e organização criminosa, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 29 anos e 3 meses de reclusão.
Um dos investigados estava sendo monitorado e sua prisão ocorreu no domingo (9/2), no Aeroporto Internacional de Macapá.
* Alcatraz é uma ilha localizada no meio da Baía de São Francisco na Califórnia, Estados Unidos. Inicialmente foi usada como base militar, e somente mais tarde foi convertida em uma prisão de segurança máxima. O nome remonta ao núcleo da organização criminosa instalada junto ao IAPEN para a realização das fraudes.
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