Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas (Programa Carbono + Verde)

Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Setor: MAPA - Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo

Status: Encerrada

Publicação no DOU:  06/06/2023  Acessar publicação

Abertura: 06/06/2023

Encerramento: 05/08/2023

Processo: 21000.043326/2023-04

Contribuições recebidas: 296

Responsável pela consulta: Clecivaldo de Sousa Ribeiro

Contato: dcap.sdi@agricultura.gov.br

Resumo

Devolutiva

A apresentação das contribuições pela sociedade foi concluída com sucesso no dia 05 de agosto de 2023. Recebeu o total de 296 contribuições, as quais foram criteriosamente analisadas pelos técnicos, gestores e consultores do Departamento de Cadeias Produtivas e Indicações Geográficas (DECAP), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), do Ministério da Agricultura e Pecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Após amplo e exaustivo debate no âmbito do MAPA, a partir das contribuições recebidas na Consulta Pública, o Programa Carbono + Verde foi reformulado, de forma a dar maior objetividade, segurança e transparência à sociedade e especialmente ao setor primário das cadeias agropecuárias.         

Neste sentido, preliminarmente, o Programa Carbono + Verde será reestruturado de forma a integrar o Sistema Brasileiro de Qualificação da Produção Agropecuária Brasileira, denominado AGRO BRASIL+ SUSTENTÁVEL, o qual tem como proposta ser uma plataforma digital governamental, para integração, organização, análise e disponibilização de informações qualificadas e seguras da produção agropecuária brasileira. A expectativa é de que os primeiros módulos estejam disponíveis no segundo semestre deste ano, contribuindo com a transparência dos processos produtivos e com a redução de riscos e custos em toda a cadeia de valor.         

O Programa Carbono + Verde aprimora o seu foco em relação às principais contribuições aportadas no âmbito da Consulta Pública.         

Desta forma, o Programa Carbono + Verde passa a ter como foco, único e exclusivo, o Selo Carbono + Verde, logo sua nomenclatura naturalmente é alterada de Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas para Selo Carbono + Verde.

Por consequência, o Eixo estratégico de ratificação dos Créditos de Carbono Verde, de caráter quantitativo, será excluído, neste momento, e passará a constituir uma política específica, quando da regulamentação do Mercado Regulado de Carbono pelo Congresso Nacional.

Outro principal ponto de reformulação é que o Programa Carbono +  Verde estava previsto para ser aplicável ao setor primário das cadeias agropecuárias, sendo, no caso, identificadas 13 cadeias agropecuárias que dariam início ao Programa. No âmbito da reformulação, ficou evidente a necessidade de não focar em cadeias agropecuárias; mas, em sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentáveis, denominados SPSABC, reconhecidos no âmbito do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável (2020-2030), denominado Plano ABC+. 

Assim, constata-se que a Consulta Pública foi fundamental para o aprimoramento dessa importante política pública nacional que tem por finalidade conferir credibilidade e transparência à produção primária agropecuária de baixa emissão de carbono.

         Agradecemos a todos!

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Instruções da Consulta Pública

O que é o Programa?

O Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas, denominado Programa Carbono + Verde, tem por finalidade conferir credibilidade e transparência à produção primária agropecuária de baixa emissão de carbono. Para tal, foi estabelecido um processo sistematizado de avaliação de conformidade, com base em critérios habilitatórios e requisitos mínimos para os diferentes produtos primários agropecuários (matéria-prima).

Tem como objetivo geral diferenciar e destacar os produtos primários que, em sua etapa de produção, tiveram as emissões de gases de efeito estufa reduzidas, por meio de sistemas ou tecnologias cientificamente reconhecidas como mitigadoras. O programa pretende estabelecer as premissas para a produção e comercialização de ativos de carbono na agropecuária brasileira, de maneira a criar um ambiente propício à promoção do desenvolvimento sustentável desse setor.

O Programa Carbono + Verde apresenta diretrizes, orientações, conceitos, requisitos e critérios para a concessão do um selo de conformidade (Selo Carbono + Verde) e a verificação da credibilidade dos créditos de carbono (Créditos de Carbono Verde) para cadeias primárias de produção agropecuária. Permitindo, dessa forma, assegurar a soberania alimentar considerando realidades, potenciais, limitações e complexidades do setor agropecuário, ao mesmo tempo em que agrega valor aos produtos.

Os objetivos do Programa Carbono + Verde dialogam com outras políticas públicas, em especial com o Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+ 2020/2030) que, ao estimular o uso de sistemas de produção e tecnologias de baixa emissão de carbono, tornou-se o principal instrumento indutor da agenda climática brasileira para o setor agropecuário.

Em seu primeiro ciclo estão contemplados 13 produtos/cadeias produtivas: açaí, algodão, arroz, borracha, cacau, café, carne, erva-mate, leite, milho, soja, trigo e uva. Outros produtos/cadeias produtivas serão incluídas ao longo dos ciclos sucessivos.

Quem pode participar?

O Programa é aplicável a todos os tipos de propriedades (pequenas, médias e grandes), bem como cadeias produtivas primárias (alimentos, grãos, fibras e energia), desde que atendam aos requisitos mínimos de habilitação e aos critérios estabelecidos.

De adesão voluntária, possibilitará ao produtor rural demonstrar aos clientes e à sociedade, por meio de um selo de conformidade, que o seu produto atende aos princípios da agropecuária de baixa emissão de carbono.

Com isso, pretende-se ampliar a competitividade, dentro e fora do país, dos ativos tangíveis (produtos) e intangíveis (carbono) que, por estarem embasados em sistemas produtivos sustentáveis, mitigam, sequestram ou capturam carbono.

Como participar?

As contribuições devem ser realizadas nos campos específicos, clicando-se diretamente no texto ou no “balão de comentário” ao lado de cada item com o qual se deseje contribuir.

Serão aceitas modificações para EXCLUIR ou INCLUIR redações que alterem a proposta inicial, nos seguintes tópicos:

1. Título e Subtítulo

2. Apresentação

3. Escopo

4. Objetivos

4.1. Objetivo Geral

4.2. Objetivos Estratégicos

5. Definição

6. Vantagens e Benefícios do Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas

É imprescindível a apresentação de justificativa técnica para ambas as ações, sendo possível inserir, inclusive, documentos e artigos científicos que complementem e alicercem as sugestões apresentadas.

Caberá à equipe técnica do Mapa a análise de todas as contribuições recebidas. No processo de avaliação, serão consideradas três possibilidades: aceite integral, aceite parcial ou com reformulações e recusa integral. As sugestões aceiras serão automaticamente incorporadas ao documento final do Programa Carbono + Verde.  Ao final do processo, será publicado um relatório com todas as contribuições recebidas, aceitas ou rejeitadas, para acesso a todos os cidadãos.

Considerações finais: 

Neste contexto, o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, por ser o responsável pela gestão do Programa, e por coordenar os mecanismos de formulação e aplicação das referências normativas a serem atendidas, convida a sociedade brasileira a enviar suas contribuições ao Programa Carbono + Verde, por meio desta consulta pública.

Busca-se, assim, promover o diálogo entre a administração pública e o cidadão, em cumprimento aos Princípios da Legalidade, Moralidade, Eficiência, Publicidade, Transparência e Motivação.

A consulta estará disponível no período de 06 de junho a 05 de agosto de 2023.

Suas contribuições e/ou sugestões são fundamentais para o aprimoramento desta importante política pública para o setor agropecuário.

Participe!

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Contribuições recebidas

Contextualização
      A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) oficializou o compromisso voluntário do Brasil de redução de emissões de gases de efeito estufa, perante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês). Instituída em 2009 pela Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, a PNMC busca garantir que a agenda climática nacional esteja alinhada ao desenvolvimento econômico e social do País; ao estímulo a tecnologias Verdes; à preservação, conservação e recuperação de recursos ambientais, e; à criação de mecanismos financeiros para o estímulo à economia de baixo carbono.
    Ações integradas, compartilhadas e transversais aos setores produtivos aceleram a pauta da agenda climática nacional, garantindo o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) pelo Brasil.
    No caso do setor agropecuário, cabe ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), entre outras competências, formular diretrizes e políticas públicas capazes de garantir a efetividade e credibilidade dos bens, produtos e serviços gerados no setor agropecuário, visando o desenvolvimento rural sustentável. No caso de ativos cuja existência física não existe, embora ainda assim gerem valor, como os serviços ambientais e ecossistêmicos, este papel exercido pelo MAPA torna-se indispensável. Ademais, em se tratando de ativos tangíveis e intangíveis originados em seu território, o Estado brasileiro, além de exercer posição importante em sua regulação, tem papel essencial na promoção da visão estratégica, tática e operacional sobre o assunto.
    A produção agropecuária brasileira contribui diretamente com o ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima) e ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), da Agenda 2030, reforçando seu papel fundamental  no desenvolvimento sustentável do Brasil e do mundo. A partir de sistemas inovadores de produção, que prezam pelo uso racional dos recursos naturais e primam pela conservação ambiental, o País alicerça sua produção nacional de alimentos, fibras e energia sobre robustas bases sustentáveis, cujo reconhecimento, porém, ainda é aquém do devido, e pouco explorado do ponto de vista de agregação de valor aos produtores.
   Nesse contexto, o MAPA propõe o Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas, de abrangência nacional, cujo escopo é conferir credibilidade e transparência à produção primária agropecuária de baixa emissão de carbono.
    Trata-se de um processo sistematizado de avaliação de conformidade, sem ônus para o requerente, e que visa, sobretudo, o ordenamento e facilitação das relações entre as partes, com base em critérios elegíveis e requisitos básicos para o estabelecimento das cadeias de valor e custódia para diferentes produtos primários agropecuários. Busca-se, com isso, fomentar, reconhecer e valorar cadeias produtivas, cujos ativos tangíveis (matéria-prima) e intangíveis (crédito de carbono) são originados em sistemas produtivos sustentáveis, que mitigam, sequestram ou capturam carbono.
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1.    Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas

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2.    Subtítulo: Programa Carbono + Verde

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3.    Apresentação

4

   Os benefícios advindos do estabelecimento de um Programa de estímulo a cadeias produtivas de baixa emissão de carbono, com abrangência nacional, são passíveis de aplicação a todos os produtos agropecuários (alimentos, grãos, fibras e energia), e transcendem a redução de emissões de gases de efeito estufa e a contabilização de créditos de carbono. Aspectos adicionais, como a indução à inovação, à intensificação sustentável, à eficiência produtiva, à regularização ambiental e fundiária, à aplicação de boas práticas agropecuárias, e ao uso racional dos ativos biológicos e recursos naturais, reforçam a legitimidade e suportam, nas vertentes técnica e científica, a proposição de um Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas.

5

   Este documento traz à luz questões legais, estratégicas, táticas e operacionais, com especial enfoque na abrangência, estratégia de implantação, políticas setoriais aderentes e mecanismos de monitoramento e chancela, entre outras informações.

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4.    Escopo

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   É escopo do Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas fomentar, desenvolver, apoiar, reconhecer e chancelar  ações nos setores primários das cadeias de produção de alimentos, grãos, fibras e energia, no âmbito da economia de baixa emissão de carbono.

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5.    Objetivos

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5.1. Objetivo Geral

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   O Programa Carbono + Verde tem o objetivo de diferenciar e destacar os produtos primários que, em sua etapa de produção, tiveram suas emissões de gases de efeito estufa reduzidas, por meio de sistemas ou tecnologias cientificamente reconhecidas e validadas como mitigadoras. Também, legitimar os créditos de carbono originados no setor agropecuário.

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5.2. Objetivos Estratégicos


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5.2.1. Subsidiar a estruturação, sistematização e monitoramento dos ativos tangíveis e intangíveis descarbonizados;

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5.2.2. Definir requisitos, parâmetros e indicadores para ativos, tangíveis e intangíveis, derivados de sistemas que mitigam, sequestram e capturam carbono nos setores primários das cadeias de produção agropecuária;

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5.2.3. Estabelecer o marco regulatório para geração e oferta de ativos fiáveis, rastreáveis e transparentes, derivados da agropecuária de baixa emissão de carbono;

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5.2.4. Promover, por meio de ações coordenadas em diferentes instâncias subnacionais, o avanço da agenda de mitigação de gases de efeito estufa na agropecuária nos Biomas, Unidades Federativas, territórios, microrregiões e municípios;

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5.2.5. Identificar, ratificar, valorizar, fomentar e propor modelos, protocolos, planos, programas e projetos de baixa emissão de carbono e adoção de boas práticas nos setores primários das cadeias de produção agropecuária;

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5.2.6. Fomentar a comercialização de créditos de carbono íntegros e rastreáveis, oriundos do setor agropecuário;

18

5.2.7. Fomentar a ciência e a inovação no âmbito da agropecuária de baixa emissão de carbono;

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5.2.8. Oportunizar acesso a instrumentos de crédito e fomento para o setor primário das cadeias primárias descarbonizadas;

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5.2.9. Evidenciar os esforços do setor agropecuário voltados à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em território nacional, e sua colaboração à Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil.

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6.    Definição

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   O Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas, proposto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, apresenta diretrizes, orientações, conceitos, requisitos e critérios para a concessão do Selo Carbono + Verde, e distinção de Créditos de Carbono Verde, aos setores primários da cadeia de produção agropecuária.

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   Em seu primeiro ciclo, são contemplados 13 produtos/cadeias produtivas, quais: Açaí, Algodão, Arroz, Borracha, Bovinos de Corte, Cacau, Café, Erva-Mate, Leite, Milho, Soja, Trigo e Uva.

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   Trata-se de um Programa de adesão voluntária, que possibilitará ao produtor rural demonstrar aos clientes e à sociedade, por meio de uma avaliação de conformidade, que o seu produto atende aos princípios da agropecuária de baixa emissão de carbono e/ou o crédito de carbono originado no seu sistema produtivo é verde, aumentando seu valor tangível e intangível.

25

   O Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Inovação, é responsável pela gestão do Programa, bem como por coordenar os mecanismos de formulação e de aplicação das referências normativas a serem atendidas, cujas diretrizes buscam:

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I - Promover ações estratégicas para fomentar, apoiar e desenvolver modelos de reconhecimento e valoração de ativos tangíveis e intangíveis derivados da agropecuária brasileira de baixo carbono;

27

II - Estimular o desenvolvimento e a implementação de práticas, processos e serviços, derivados de sistemas de produção e tecnologias sustentáveis e descarbonizadas;

28

III - Valorizar as iniciativas públicas e privadas, com foco na descarbonização, aplicáveis ao setor primário das cadeias de produção agropecuária;

29

IV -  Contribuir para o acesso de pequenos e médios produtores a mercados diferenciados;

30

V - prover transparência às partes interessadas.

31

     O Programa é aplicável aos setores primários das cadeias produtivas agropecuárias, desde que atendam aos  critérios habilitatórios e de elegibilidade para concessão do selo Carbono + Verde e do ativo Crédito de Carbono Verde.

32

Os critérios para habilitação e de elegibilidade deverão considerar os seguintes grupos de critérios:

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I -  ambiental;

34

II - transparência; e

35

III - social e trabalhista.

36

   Além disso, devem considerar sistemas produtivos e tecnologias de baixa emissão de carbono, preconizados no Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (2020-2030), Plano ABC+.

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   O MAPA deverá estabelecer os requisitos de avaliação de conformidade, os critérios habilitatórios e de elegibilidade, os prazos e os procedimentos do Programa, considerando as particularidades de cada cadeia de produção primária agropecuária. 

38

  O MAPA deverá estabelecer ferramentas de gestão para o monitoramento e avaliação do Programa, de forma sistematizada e transparente.

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7.    Vantagens e Benefícios do Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas

40

7.1. Maior engajamento do setor público, da iniciativa privada e da sociedade civil em ações efetivas de redução e neutralização das emissões de gases de efeito estufa, e na estocagem de carbono no setor agropecuário;

41

7.2. Melhoria da competitividade do produto, incluindo acesso a linhas de crédito diferenciadas e status de parceiro preferencial;

42

7.3. Ampliação da captura e agregação de valor sobre ativos tangíveis e intangíveis originados no setor primário agropecuário;

43

7.4. Ampliação e fortalecimento do mercado voluntário de créditos de carbono derivados de atividades agropecuárias nacionais;

44

7.5. Aumento da segurança jurídica para os créditos de carbono derivados de atividades agropecuárias, com estímulo à geração de créditos de carbono padronizados, fiáveis e fungíveis;

45

7.6. Geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida dos atores que integram as cadeias de valor do agronegócio brasileiro;

46

7.7. Ampliação da oferta de produtos agropecuários, e seus derivados, com diferencial de sustentabilidade e descarbonização em seus processos produtivos, e alto valor intrínseco e extrínseco agregado;

47

7.8. Impulsionamento à geração de tecnologias sustentáveis e descarbonizadas, e promoção da inovação no agronegócio brasileiro;

48

7.9. Antecipação e adequação tecnológica dos processos produtivos no setor primário das cadeias agropecuárias à exigências comerciais requeridas por mercados consumidores e países;

49

7.10. Fortalecimento da imagem do setor agropecuário, de seus produtos e do País, no mercado nacional e internacional;

50

7.11. Redução da assimetria informacional e promoção da concorrência justa, em benefício da sociedade e sua proteção contra fraudes; e

51

7.12. Aumento na rentabilidade da atividade econômica exercida no setor primário das cadeias produtivas, advindo do aumento da produtividade e da eficiência operacional do sistema produtivo descarbonizado.

Considerações Finais
   O Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas direciona e sistematiza o conjunto de diretrizes tecnológicas e de conformidade que normatizam e conferem reconhecimento oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária a ativos tangíveis e intangíveis originados em sistemas produtivos de baixa emissão de carbono.
   Em convergência e concordância com o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC 2020-2030), este Programa busca assegurar os interesses estratégicos da economia nacional, bem como o desenvolvimento sustentável do Brasil, ao considerar a real diversidade dos potenciais, das limitações e das complexidades inerentes ao setor agropecuário nacional.
   Ao agregar valor aos seus produtos, tangíveis ou intangíveis, confere-se as condições necessárias ao aumento da competitividade deste importante setor econômico, estimulando emprego, renda e melhoria da qualidade de vida aos seus atores.

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