CNDH realiza reunião com embaixador da França para Direitos da População LGBTQIA+
Na ocasião, foi apresentado o cenário das violações de direitos desse grupo e como a cooperação internacional pode fortalecer a luta
A realidade da população LGBTQIA+ no Brasil possui nuances e desafios específicos. Com o intuito de elaborar as questões enfrentadas no nosso país e fortalecer o diálogo internacional, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) reuniu o diplomata francês Jean-Marc Berthon, atualmente embaixador da França para Direitos LGBTQIA+, com representantes de diversas organizações da sociedade civil.
O encontro aconteceu na tarde dessa terça-feira (16), no auditório da Central Única de Trabalhadores e Trabalhadoras de São Paulo (CUT-SP) e contou com transmissão para garantir a participação de representantes de outros estados do país.
A primeira intervenção foi realizada por Marina Dermmam, presidenta do CNDH, que apresentou as funções do conselho e explanou o papel que desempenha na defesa de direitos humanos, o que inclui pautas de gênero e sexualidade. Na sequência, foram convidados a falar os conselheiros Gleyson Silva de Oliveira e Helen Perrella, para abordar as atividades da Comissão Permanente de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, da População LGBTQIA+, Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo.
Na sequência, Fabian Algarte, membro da Mesa Diretora do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, destacou a necessidade de atuar, engajar e fortalecer as ações de coletivos regionais, estaduais e municipais, somando forças para garantia da dignidade absoluta de todos. Também destacou os esforços que vêm sendo envidados para a realização da 4ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+.
Para contribuir com perspectivas, o CNDH convidou ainda Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe/SP); a Central Única dos Trabalhadores (CUT); o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a União Nacional LGBT (UNALGBT); a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABLT); e a União Brasileira de Mulheres (UBM).
Após breve explanação dos representantes das organizações sobre o quadro nacional, o embaixador Jean-Marc Berthon, ressaltou a importância da retomada de diálogo do Brasil com a comunidade internacional, reatada pelo atual governo. O embaixador francês salientou pontos em comum e diferenças entre os dois países, entre elas uma polarização política e conservadorismo muito mais presentes no Brasil. Ele agradeceu cada depoimento e enfatizou que a troca de experiências e que o diálogo são essenciais na construção de uma cooperação entre França e Brasil.
Outras informações sobre cenário brasileiro de luta pela garantia dos direitos LGBTQIA+ serão encaminhados à embaixada da França em documento elaborado pelo CNDH e pelo CNLGBT.
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