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Virada Afro em Amapá foi um sucesso!
Às margens do rio Amazonas, na orla do Macapá, a Virada Afro foi um sucesso absoluto. A programação que aconteceu do dia 16 a 18 de junho ocorreu exatamente como foi planejada. Tudo foi executado com muito profissionalismo, o que proporcionou à população macapaense um ambiente organizado e agradável para levar a família e mergulhar na cultura afro.
Quem passou por lá pôde conhecer a Feira do Afroempreendedor, que contou com 60 quiosques onde uma grande variedade de produtos existentes no mercado afro-brasileiro foram expostos. A beleza dos tecidos com estampas étnicas apresentados nos desfiles, a delicadeza do artesanato e a culinária regional e internacional conquistaram o grande público que circulou nos três dias do evento. As comunidades tradicionais do Amapá venderam seus produtos agrícolas e grupos de danças puderam mostrar sua arte.
Houve também roda de capoeira e maculelê. Maculelê é uma dança bem teatral que conta por meio de cânticos a lenda de um guerreiro jovem que conseguiu defender sozinho sua tribo de outra rival usando apenas dois pedaços de pau.
As religiões de matriz africana foram representadas na Tenda Mística. Nela estavam sacerdotes e sacerdotisas jogando búzios, baralho, carta e tarô. A abertura da Virada Afro se deu com a participação dessas religiões no Rito de Exu. Também chamado de Padê de Exu, o rito é executado antes de qualquer cerimônia interna ou pública do candomblé. Nele são feitas as oferendas ao orixá pedindo que tudo ocorra bem durante o evento. Sobre a segurança apenas uma ocorrência foi registrada e rapidamente resolvida. Setenta policiais foram disponibilizados, viaturas estavam de prontidão garantindo a segurança do público.
Não apenas de apresentação de grandes bandas como a Afro Brasil, Araketu e Negro de Nós se fez a Virada Afro. Ela também proporcionou espaços de conversa e reflexão sobre a realidade do afrodescendente no Brasil. O presidente da Fundação Cultural Palmares foi um dos participantes da mesa redonda com o tema “Racismo Institucional: Avanços e Desafios para a Valorização do Negro na Sociedade Brasileira”. Também participou Luislinda Valois, ministra dos Direitos Humanos e Maria de Nazaré Farias, secretária de Estado. Estava presente o governador do Estado do Amapá, o ministro das Comunicações e Dilson Borges da Secretaria de Estado da Cultura.
No primeiro dia a Fundação Cultural Palmares, por meio do seu Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra entregou o kit de material didático do projeto Conhecendo Nossa História: Da África ao Brasil. Os professores que receberam o kit também receberam qualificação no mesmo dia para ministrar o conteúdo.
A Virada Afro – Circuito Amapá Afro foi uma iniciativa do deputado Marcos Reátegui, autor da emenda parlamentar que deixou a disposição R$1.000.000,00 (um milhão de reais) para serem investidos na festividade. A Fundação Cultural Palmares foi quem recepcionou o recurso da emenda, viabilizou e deu suporte técnico ao convênio para a execução do evento.