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Vadinho França recebe medalha Zumbi dos Palmares
A medalha, já outorgada ao presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2009, será entregue pela vereadora Olívia Santana, autora da proposta e uma das mais efetivas combatentes em prol dos direitos dos negros na capital baiana. O presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, comemora: “Esta homenagem é mais do que merecida”, diz.
A história de Vadinho França se confunde com a do Bloco Alvorada, criado a partir da militância na União de Estudantes Secundaristas do Colégio Severino Viera, em 1975. “No início, a intenção era apenas manter, com muito samba, aquele pessoal reunido. Com o tempo, o grupo cresceu e se expandiu, da mesma forma que os objetivos do Bloco”, conta Vadinho.
De fato, nos 34 anos de existência do grupo, muita coisa mudou. Junto à performance musical, foi sendo desenvolvido um importante trabalho social, auxiliando jovens econômica e culturalmente desprovidos. “Durante toda nossa história, além de laços musicais, criamos vínculos com os associados, que, muito mais do que clientes, hoje fazem parte desta família chamada Bloco Alvorada”, diz França.
Ao longo das três décadas de existência, a Sociedade Recreativa, Cultural e Carnavalesca Bloco Alvorada conquistou cerca de três mil associados, que participam ativamente do trabalho sociocultural do grupo, responsável por uma produção de sons que mescla a tradição do samba-de-roda com aparatos tecnológicos e as tendências do samba urbano.
História Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas, no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Em 1680, com 25 anos de idade, tornou-se líder do Quilombo dos Palmares, localizado na região da Serra da Barriga (AL), comandando a resistência dos ex-escravos contra as tropas do governo. |