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Terreiro Omo Ilê Agbôula é tombado pelo Iphan como patrimônio cultural
Nesta quarta-feira (25), a presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, participou da reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que, dentre outros bens, avaliou e aprovou, por unanimidade, o tombamento do terreiro Omo Ilê Agbôula.
Localizado na Ilha de Itaparica/BA e fundado em 1940, este Terreiro foi o primeiro do Brasil a cultuar os Egunguns (ancestrais masculinos). Os marcos que testemunham a ocupação do terreiro constituem três lugares sagrados para seus devotos: a casa de Exu, localizada onde hoje se encontra a Igreja Nossa Senhora das Candeias, uma gameleira branca (orixá Iroco) e uma cajazeira (culto a Ogun).
Atualmente, situado numa área de mata, o terreiro é composto pelo Ilê Awô, a casa do segredo (casa de Egum), que é considerada a peça mais importante do conjunto de construções num terreiro Egum, e pelo barracão, onde são realizadas as cerimônias públicas.
Segundo o Iphan, o processo do terreiro Omo Ilê Agbôula “foi aberto em 2002 mas sua instrução foi retomada a partir de um esforço do Grupo de Trabalho Interdepartamental para Preservação do Patrimônio Cultural de Terreiro (GTIT), […] que vem trabalhando no sentido de elaborar diretrizes de identificação e reconhecimento, como também de gestão, a fim de responder ao passivo de processos de tombamento relativos aos terreiros.”
O Omo Ilê Agbôula é o oitavo terreiro reconhecido pelo Iphan como patrimônio cultural.