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SEMINÁRIO INTERNACIONAL INTERCÂMBIOS AFRO-LATINOS: Especialistas avaliam a universidade como espaço de inclusão afrodescendente
Publicado em
02/08/2007 11h00
Atualizado em
22/05/2024 10h26
Rio de Janeiro, 2/8/07 – Uma nova transformação está acontecendo no meio acadêmico brasileiro. Essa transformação está sendo impulsionada a partir da mobilização da militância negra, a qual ingressa no meio acadêmico e impulsiona pesquisas e mobilizações. Essa foi a tônica do debate Movimento Negro e as relações com o Estado, realizada na manhã desta quinta-feira (2) no terceiro dia do Seminário Internacional Intercâmbios Afro-Latinos, no Rio de Janeiro.
Mediadora do debate, a professora Cláudia Miranda, da Universidade Estácio de Sá, relatou os resultados de sua tese de doutorado, a qual tratou da presença do negro na universidade brasileira. Cláudia apresentou em seu trabalho dois importantes momentos, onde os militantes, na década de 80, acessaram o ensino superior e completaram sua graduação em instituições privadas como as universidades católicas. Em um segundo momento, já nos anos 90, começa uma nova ocupação da academia, a qual motiva o fortalecimento do movimento negro dentro da universidade brasileira.
Os participantes também conheceram os resultados prévios da pesquisa Ação Afirmativa, acompanhamento e monitoramento das universidades brasileiras, coordenado pela professora Elielma Machado, do Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Os números apontam que hoje 41 instituições universitárias públicas, nas cinco regiões brasileiras, possuem algum tipo de Programa de Ação Afirmativa, que garante o acesso de estudantes negros à universidade. De acordo com a professora Elielma Machado, em 28 universidades a adoção de políticas afirmativas partiu da própria orientação de seus conselhos universitários.
Apresentando um panorama político e racial na América Latina, o professor Mbare N´Gom, da Morgan State University, dos Estados Unidos, apresentou o panorama de exclusão pelo qual a população transafricana enfrenta nos países latinos, com ênfase nos casos do Peru, Colômbia e Equador. Mbare citou o intenso número de pesquisas em instituições superiores norte-americanas sobre a realidade afrodescendente na América Latina, em razão de a mobilização em favor da criação de instituições superiores de ensino ter começado dentro das igrejas protestantes no século XIX. Os Estados Unidos possuem 3.300 universidades. Destas, 107 são universidades negras, freqüentadas por mais de 90% de alunos afrodescendentes.
A segunda palestra desta quinta-feira tratará sobre a Agenda Política e perspectivas para a América Latina, com as presenças da professora Magali Almeida, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Fanny Quiñones, da Universidad Pedagógica Nacional da Colômbia, Júlio Tavares, da Universidade Federal Fluminense e José Carlos Félix, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Mediadora do debate, a professora Cláudia Miranda, da Universidade Estácio de Sá, relatou os resultados de sua tese de doutorado, a qual tratou da presença do negro na universidade brasileira. Cláudia apresentou em seu trabalho dois importantes momentos, onde os militantes, na década de 80, acessaram o ensino superior e completaram sua graduação em instituições privadas como as universidades católicas. Em um segundo momento, já nos anos 90, começa uma nova ocupação da academia, a qual motiva o fortalecimento do movimento negro dentro da universidade brasileira.
Os participantes também conheceram os resultados prévios da pesquisa Ação Afirmativa, acompanhamento e monitoramento das universidades brasileiras, coordenado pela professora Elielma Machado, do Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Os números apontam que hoje 41 instituições universitárias públicas, nas cinco regiões brasileiras, possuem algum tipo de Programa de Ação Afirmativa, que garante o acesso de estudantes negros à universidade. De acordo com a professora Elielma Machado, em 28 universidades a adoção de políticas afirmativas partiu da própria orientação de seus conselhos universitários.
Apresentando um panorama político e racial na América Latina, o professor Mbare N´Gom, da Morgan State University, dos Estados Unidos, apresentou o panorama de exclusão pelo qual a população transafricana enfrenta nos países latinos, com ênfase nos casos do Peru, Colômbia e Equador. Mbare citou o intenso número de pesquisas em instituições superiores norte-americanas sobre a realidade afrodescendente na América Latina, em razão de a mobilização em favor da criação de instituições superiores de ensino ter começado dentro das igrejas protestantes no século XIX. Os Estados Unidos possuem 3.300 universidades. Destas, 107 são universidades negras, freqüentadas por mais de 90% de alunos afrodescendentes.
A segunda palestra desta quinta-feira tratará sobre a Agenda Política e perspectivas para a América Latina, com as presenças da professora Magali Almeida, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Fanny Quiñones, da Universidad Pedagógica Nacional da Colômbia, Júlio Tavares, da Universidade Federal Fluminense e José Carlos Félix, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.