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SEMINÁRIO INTERCÂMBIOS AFRO-LATINOS: Educadores falam de exclusão e inclusão afirmativa na Colômbia e na América Latina
Publicado em
01/08/2007 16h00
Atualizado em
22/05/2024 10h32
Rio de Janeiro, 1º/8/07 – No primeiro painel do Seminário Internacional Intercâmbios Afro-Latinos, realizado na manhã desta quarta-feira (1º) o debate em torno da Perspectiva Afro-Latina e a apresentação de experiências em educação e inclusão racial na Colômbia. Em sua apresentação, a professora Fanny Milena Quiñones, da Universidad Pedagógica Nacional da Colômbia apresentou as inúmeras ações que estão sendo realizadas por um grupo de docentes, os quais estão atuando na implantação do ensino da cultura afro na rede pública de Bogotá, capital do país.
A Colômbia ainda carece, segundo a educadora, de representações públicas de incremento a inclusão da população negra. De acordo com a educadora, o negro ainda é representado nos livros escolares com aspectos inferiores e a educação ainda é eurocêntrica. Fanny lembrou um episódio promovido pela comunidade negra em novembro de 2005, quando promoveu a invasão de uma igreja católica em Bogotá, exigindo a inclusão de ações políticas e sociais para com os afro-colombianos, que, segundo a educadora, representam 26,5% do total da população colombiana. Depois do Brasil, a Colômbia é o país da América Latina que possui o maior contingente de negros em sua população.
O professor Wilmer Villa, da Universidad Distrital da Colômbia, ampiou aos presentes a discussão em torno do racismo e da discriminação no contexto histórico. Sua explanação frisou a importância da palavra e também a memória em torno da cultura racial, a qual foi e é representada na história da Colômbia e de toda a América Latina com a ótica da discriminação, segregação e inferiorização do negro, como um ser não passível de estudos pela academia.
A invisibilidade midiática e seus discursos foram também apresentados na participação do professor Morgan N´Gom, da Morgan State University, de Baltimore, Estados Unidos. Professor Morgan ressaltou em sua fala que ao mesmo tempo em que se observa as práticas racistas, também se observa inúmeros avanços no trato em torno do tema discriminação. Ao exemplificar as ações midiáticas, apresentou como case a revista Newsweek, onde em várias capas apresenta o cidadão negro como objeto discriminado e inferior. Um dos questionamentos apresentados pelo professor senegalês se deu no intenso questionamento que a mídia norte-americana faz para a sociedade, pois pergunta se os negros bem sucedidos são ou não realmente negros.
A manhã prosseguiu com debates e a promoção da segunda plenária do dia. Com o título Cultura, Política e Sociedades Multiculturais, participam da segunda rodada de discussões os professores Marcelo Paixão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Joel Zito Araújo e Elielma Machado, da Universidade Estácio de Sá.
A Colômbia ainda carece, segundo a educadora, de representações públicas de incremento a inclusão da população negra. De acordo com a educadora, o negro ainda é representado nos livros escolares com aspectos inferiores e a educação ainda é eurocêntrica. Fanny lembrou um episódio promovido pela comunidade negra em novembro de 2005, quando promoveu a invasão de uma igreja católica em Bogotá, exigindo a inclusão de ações políticas e sociais para com os afro-colombianos, que, segundo a educadora, representam 26,5% do total da população colombiana. Depois do Brasil, a Colômbia é o país da América Latina que possui o maior contingente de negros em sua população.
O professor Wilmer Villa, da Universidad Distrital da Colômbia, ampiou aos presentes a discussão em torno do racismo e da discriminação no contexto histórico. Sua explanação frisou a importância da palavra e também a memória em torno da cultura racial, a qual foi e é representada na história da Colômbia e de toda a América Latina com a ótica da discriminação, segregação e inferiorização do negro, como um ser não passível de estudos pela academia.
A invisibilidade midiática e seus discursos foram também apresentados na participação do professor Morgan N´Gom, da Morgan State University, de Baltimore, Estados Unidos. Professor Morgan ressaltou em sua fala que ao mesmo tempo em que se observa as práticas racistas, também se observa inúmeros avanços no trato em torno do tema discriminação. Ao exemplificar as ações midiáticas, apresentou como case a revista Newsweek, onde em várias capas apresenta o cidadão negro como objeto discriminado e inferior. Um dos questionamentos apresentados pelo professor senegalês se deu no intenso questionamento que a mídia norte-americana faz para a sociedade, pois pergunta se os negros bem sucedidos são ou não realmente negros.
A manhã prosseguiu com debates e a promoção da segunda plenária do dia. Com o título Cultura, Política e Sociedades Multiculturais, participam da segunda rodada de discussões os professores Marcelo Paixão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Joel Zito Araújo e Elielma Machado, da Universidade Estácio de Sá.