Notícias
ESPETÁCULOS
Ritos artísticos celebram a festa da cultura afro-brasileira
O samba é destaque no aniversário da Fundação Palmares pela voz do cantor e compositor Marcelo Café
A festa da cultura negra não poderia acontecer sem uma mostra de talentos. E para animar a programação dos 36 anos da Palmares, foram convidados dois de seus expoentes: o grupo Obará e Marcelo Café.
OBARÁ. Fechando as atividades do dia 21, às 18 horas, o grupo Obará apresentará o espetáculo “Alagbedé: O ferreiro celestial”, inspirado nas lendas de Ogum, um dos deuses mais poderosos da mitologia Iorubá.
Conhecido como o portador do ferro e do fogo, com poder de abrir caminhos e seguir as forças da natureza, guia o espetáculo para falar dos humanos e seus desafios na luta em defesa da natureza.
De amor também. E espiritualidade.
O GRUPO. O Obará é brasiliense, e sua trajetória tem a marca das tradições afro-brasileiras, com repertório que transita entre ritmos tradicionais como o samba-reggae, maracatu, coco e baião.
O espetáculo é uma reafirmação do papel central da cultura afro-brasileira na sociedade contemporânea, prometendo, ao fundir música, dança e oralidade, encantar os presentes.
E provocar reflexão.
MARCELO CAFÉ. Para fechar as festividades do 36° aniversário da Palmares, um dos maiores expoentes do samba-rock brasiliense, Marcelo Café, se apresentará na sexta (23), às 17h30.
O repertório do show é de música de origem negra, como o ijexá, abarcando criações próprias e de compositores consagrados, como Wilson Simonal e Marku Ribas, por exemplo.
Cantor, produtor e compositor, tem músicas de sucesso, como "Coração de Malandro" e "Meu Exílio", sendo responsável, dentre outras produções, pelo festival Tardezinha do Samba, que nasceu em Ceilândia.
Para dar ideia da potência do artista, Marcelo atuou na produção de trilhas sonoras para cinema, como o documentário “Filhas de Lavadeira”, de Edileuza de Souza, premiado em diversos festivais do Brasil.
Participou, também, como músico, do espetáculo teatral “Esperando Zumbi”, de Cristiane Sobral. Enfim, um artista completo e consciente do poder que a arte tem de combater o racismo.