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RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE SANTA RITA DO BRACUÍ
Fonte: Imagem do Google
A Fundação Cultural Palmares comunica o reconhecimento das terras da comunidade quilombola de Santa Rita do Bracuí, de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, publicado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Diário Oficial nesta quarta-feira, 26 de julho de 2023.
Ainda que reconhecida em 1999, pela Fundação Cultural Palmares como quilombo, oficialmente, teve sua certificação concedida 13 (treze) anos depois, em 2012.
A origem desta Comunidade Quilombola deu-se no século 19, quando o cafeicultor comendador José Joaquim de Souza Breves legou a seus ex-escravos cerca de 260 alqueires da chamada “Fazenda Santa Rita do Bracuhy”. Na década de 1970, a construção da rodovia Rio-Santos (BR-101) cortou o território quilombola ao meio.
Santa Rita do Bracuí é uma comunidade específica que recebe esse nome em homenagem a Santa Rita de Cássia, uma santa católica conhecida como a padroeira das causas impossíveis e das mulheres maltratadas.
Desde 1990, a área que conta com 616,6504 (seiscentos e dezesseis hectares, sessenta e cinco ares e quatro sitiares) vinha sofrendo por grilagem, especulação imobiliária e conflitos territoriais, lutava pelo seu reconhecimento como terras de povos originários.
A memória que os moradores de Bracuí receberam de seus antepassados fala de uma relação de cordialidade do fazendeiro com seus escravos, da qual a doação seria a maior prova.
Para os moradores de Bracuí, as terras que ocupam foram doadas aos seus ancestrais e é também de propriedade de Santa Rita, a padroeira da fazenda.
Por ser uma comunidade com um importante contexto histórico e cultural, é essencial garantir a preservação de suas terras e tradições, além de assegurar que seus direitos sejam respeitados e que tenham acesso a serviços básicos, como saúde, educação e infraestrutura adequada.
Por Fundação Cultural Palmares.