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R$ 635 mil para mapear terreiros
Os primeiros recursos para tocar o projeto – da ordem de R$ 200 mil – saíram dos cofres do governo pernambucano e serviram no catálogo de 178 casas que realizam rituais afrodescendentes na Capital
Convênio assinado entre o Governo do Estado e o Ministério da Cultura (MinC), ontem, no Palácio do Campo das Princesas, viabilizou o repasse de R$ 635 mil para que, nos próximos seis meses, Recife tenha todos os seus terreiros mapeados. O acordo permitirá dar seqüência a um trabalho iniciado, no ano passado, pelo Comitê Estadual de Políticas da Igualdade Racial (Cepir), órgão criado para articular ações entre secretarias estaduais a fim de garantir a eqüidade entre raças e etnias. Os primeiros recursos para tocar o projeto – da ordem de R$ 200 mil – saíram dos cofres do governo pernambucano e serviram no catálogo de 178 casas que realizam rituais afrodescendentes na Capital.
O dinheiro do MinC será utilizado na capacitação de 115 jovens negros selecionados entre 300 garotos que freqüentam terreiros nas comunidades. A verba irá para a instalação de 50 oficinas de sensibilização sobre a importância da existência das casas afrodescendentes para transformar os meninos em recenseadores. “O mapeamento servirá para reparar a negação de direitos e garantir a cidadania plena”, observa Jorge Arruda, secretário-executivo do Cepir.
Os recursos virão de duas fontes: R$ 300 mil sairá da aprovação de uma emenda parlamentar e R$ 335 mil será da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao MinC. Pernambuco é o quarto estado do País a tomar a iniciativa de promover a contagem.