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Quilombolas participam do Projeto Parabólica em Goiânia
Foto: Nádia Lima
“Muitas vezes nós temos idéias, mas não sabemos passá-las para o papel. Nós não somos pesquisadores; somos a história”, assim se manifestou a congadeira Valéria Eurípedes Oliveira, durante a abertura do Projeto Parabólica, no domingo, dia 21, em Goiânia.
O projeto busca promover o diálogo direto entre o governo e os agentes sociais interessados no desenvolvimento de políticas públicas e projetos que promovam e disseminem a cultura afro-brasileira.
Com a participação de comunidades quilombolas e organizações não governamentais, a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, apresentou o projeto que, na capital goiana, integra o 2º Fórum pela Igualdade na Diversidade, coordenado pela Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira).
“Nestes dois dias vamos falar sobre a estrutura e as finalidades da Fundação em relação a este projeto e de que forma podemos dar nossa contribuição para a elaboração de projetos e captação de recursos”, comentou o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Maurício Reis, para em seguida ler um texto do presidente da Palmares dirigido aos participantes do Parabólica.
Para Valéria, que faz parte do movimento de religião de matriz africana e é presidente da congada Irmandade 3 de maio, de Goiânia, que completa neste ano ´67 anos de gritos dos tambores´, é gratificante o trabalho que a Palmares está desenvolvendo em parceria com a Semira, “porque vai nos ensinar a trabalhar projetos e conseguir recursos”.