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Quilombo da Pedra do Sal é área remanescente de quilombo, afirma presidente da FCP a Rede Globo
Publicado em
24/05/2007 09h00
Atualizado em
28/05/2024 08h41
Brasília, 24/5/07 – Em entrevista a edição desta quarta-feira (23) ao Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, o presidente da Fundação Cultural Palmares/MinC, Zulu Araújo, destacou que a comunidade quilombola da Pedra do Sal, localizada no bairro da Saúde, no Rio de Janeiro, é realmente remanescente de quilombo. Hoje, a Ordem Terceira da Penitência, instituição religiosa ligada à Igreja Católica contesta a certificação da área como terra quilombola e também diverge do processo de reconhecimento da comunidade, feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Zulu Araújo esclareceu que uma primeira certificação, dada em uma forma preliminar, foi feito pelo então secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, à época, Darcy Ribeiro, no dia 20 de novembro de 1984. Após, no dia 27 de abril de 1987 o Governo do Rio de Janeiro também deferiu a certificação da área. As ações em favor da certificação da área se estenderam com a produção de peças para a comprovação da área, como laudo antropológico deferido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi então no dia 12 de fevereiro de 2005 que a Fundação Cultural Palmares emitiu, mediante todas as comprovações anteriores, a certidão de auto-reconhecimento a comunidade quilombola de Pedra do Sal.
Zulu Araújo frisou também na entrevista que todos os processos de autoreconhecimento realizados pela instituição cumprem o Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003 e até hoje não ocorreu nenhum episódio de fraude ou incidente que colocasse em dúvida tal ação.
A Pedra do Sal, que fica no pé do Morro da Conceição, no mesmo bairro, nas cercanias da Praça Mauá, era o local onde os negros foram negociados como escravos logo que desembarcavam no Porto do Rio de Janeiro, vindos da África e da Bahia. Mais tarde, livres, fizeram ali seu ponto para rituais, cultos religiosos, batuques e rodas de capoeira. Sambistas e chorões, como João da Baiana, Donga e Pixinguinha também se reuniam na Pedra do Sal. A Pedra do Sal, assim chamada devido ao sal que ali era desembarcado e comercializado, foi o berço do Samba carioca no final do século XIX. O ponto de encontro do ritmo carioca era um ambiente recheado de inspirações vivas de grupos de samba e ranchos de carnaval.
Zulu Araújo esclareceu que uma primeira certificação, dada em uma forma preliminar, foi feito pelo então secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, à época, Darcy Ribeiro, no dia 20 de novembro de 1984. Após, no dia 27 de abril de 1987 o Governo do Rio de Janeiro também deferiu a certificação da área. As ações em favor da certificação da área se estenderam com a produção de peças para a comprovação da área, como laudo antropológico deferido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi então no dia 12 de fevereiro de 2005 que a Fundação Cultural Palmares emitiu, mediante todas as comprovações anteriores, a certidão de auto-reconhecimento a comunidade quilombola de Pedra do Sal.
Zulu Araújo frisou também na entrevista que todos os processos de autoreconhecimento realizados pela instituição cumprem o Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003 e até hoje não ocorreu nenhum episódio de fraude ou incidente que colocasse em dúvida tal ação.
A Pedra do Sal, que fica no pé do Morro da Conceição, no mesmo bairro, nas cercanias da Praça Mauá, era o local onde os negros foram negociados como escravos logo que desembarcavam no Porto do Rio de Janeiro, vindos da África e da Bahia. Mais tarde, livres, fizeram ali seu ponto para rituais, cultos religiosos, batuques e rodas de capoeira. Sambistas e chorões, como João da Baiana, Donga e Pixinguinha também se reuniam na Pedra do Sal. A Pedra do Sal, assim chamada devido ao sal que ali era desembarcado e comercializado, foi o berço do Samba carioca no final do século XIX. O ponto de encontro do ritmo carioca era um ambiente recheado de inspirações vivas de grupos de samba e ranchos de carnaval.