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Quando o Silêncio “Negro” dói
Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, até 2015 era considerado pela ONU como o Mais Violento Município do Mundo. Porém, com a criação do 39º BPM e de um destacamento do Corpo de Bombeiro Militar e algumas outras infraestruturas implementadas, teria visto a criminalidade caindo em todo o município. Será?
Com um IDH de 0,684, a sétima população do Estado, um dos maiores valores de PIB do estado, devido a presença da gigantesca indústria química BAYER, a conhecida “Cidade do Amor”, mantém uma das rendas per capita mais baixas do estado. Sem contar a forte presença do Tráfico na região, não sendo isto uma exclusividade de Belford Roxo.
O que nos espanta é o caso, agora solucionado, ocorrido em 27 de dezembro de 2020, quando três crianças da comunidade desapareceram sem deixarem nenhum vestígio, levando a ocorrência de vários outros casos ligados, como tortura e mutilação de morador para assumir a autoria do crime, chegando ao desaparecimento de alguns membros da facção criminosa que controla a comunidade do Castelar, de onde as crianças mortas eram moradoras, “justiçados” pelos cabeças da facção criminosa, em outra comunidade, esta no Rio de Janeiro.
Um com nome de Evangelista, outro, com nome de Ministro do Supremo e outro, com nome de Ex presidente – Lucas Matheus – 9 anos, Alexandre da Silva – 11 anos e Fernando Henrique – 12 anos. Três meninos da cidade de Belford Roxo – “A Cidade do Amor”. Este foi o saldo dos menores, mortos pelo crime organizado, apurado pela polícia, pelo fato de, supostamente, terem furtado uma gaiola de passarinho pertencente ao tio de um dos membros do Tráfico da região.
Um absurdo completo, vermos, por motivo tão torpe, três crianças PRETAS terem sido executadas com requintes de crueldade, tendo seus corpos, como se diz no jargão policial, “desovados”. Porém, o que mais nos dói é o Silencio da COMUNIDADE NEGRA, dos Artistas defensores da campanha “Imagina a dor, advinha a cor”, dos partidos políticos que tanto ‘berram” defendendo a Consciência Negra, dos políticos que se dizem defensores das causas dos pobres e dos Negros, deve ser por que as crianças eram PRETAS e não negras? Preto para esse povo é diferente de negro? Ou são apenas organismos e pessoas que querem “movimentar” falácias midiáticas que interessam a seus escusos objetivos?
Onde estão os Defensores de “Vidas negras importam”, ou defensores dos “Direitos Humanos Negros”? Não vemos um deles se quer fazendo “Vakinhas” para mitigar a dor dessas famílias, não há uma nota em nenhum meio de comunicação que venha a lembrar que “Crianças Pretas” foram mortas e não por Policiais Militares, mas por traficantes, por conta de um “suposto” roubo de gaiola de passarinho que nem mesmo provado foi. Chegando inclusive as vias de fato, de que os chefes da facção tomaram para si a obrigação de “aplicar a justiça” para estas famílias, “sumindo” com os autores dessa brutalidade contra crianças, CRIANÇAS PRETAS.
O Silêncio das Mídias chamadas “Lacradoras”, dos ditos artistas defensores dos Negros (não dos PRETOS, estes, “que se virem nos 30”) chega apenas a dar um sentimento a este Jornalista, Historiador, Conservador e PARDO – Total NOJO desses seres que na verdade vão na contramão da história e do Jornalismo, defendendo apenas o que suas mentes pensam que “seja o certo”, mas, no momento que podem fazer a diferença, levar um alento a três famílias, que tiveram seus filhos arrancados de seu convívio por motivos fúteis e banais, de forma cruel e violenta, por pseudos DONOS DO LUGAR, nem se manifestam, nem se mostram interessados em poder fazer valer as suas “Defesas da Comunidade Negra”. Não dá IBOPE, não podem culpar o atual governo federal, não podem fazer campanhas para ver se conseguem uma “BOQUINHA ROUANET”, não podem nem apontar o dedo para a “Polícia Militar” e dizer que “entraram atirando na Comunidade e mataram três indefesas crianças”.
Este “Silêncio Negro” dói, essa “Omissão Negra” dói, essa “Falácia Negra” dói, dói tanto quando para as mães e pais dessas três crianças, que hoje estão privados de seus filhos, pela brutalidade que vemos ocorrer em nosso estado, e isto não é caso isolado, quantos outros não são relatados, não aparecem, quantos outros são jogados para debaixo do tapete, e quantos PRETOS são mortos dessa forma sem que se saibam, e nem Estatística se tornem. Pois, quando não é interessante aos membros e defensores do Movimento Negro, apenas o CALAR é ouvido.
Aos pais desses meninos, que não sabemos que futuro teriam, o que poderiam se tornar, quem sabe, engenheiros químicos, gerentes, funcionários ou que outro tipo de serviço viesse a conseguir na BAYER (apenas a cito por ser a grande geradora de postos de trabalho no município, sendo apenas uma boa referência dos bons serviços dessa grande empresa), hoje, não lhes foi dado o direito nem de um enterro Cristão, nem de uma cova rasa. Mas o pior é o Silêncio daqueles que vivem berrando e vociferando em favor dos Negros, mas nada fizeram por esses três “Pretinhos” que tiveram a vida sugada com crueldade, por motivos torpes e fúteis,
Lucas, Alexandre e Fernando, que Deus os tenha recebido no céu como merecem todos os que se vão e nada devem nessa vida. Porém, com certeza, uma hora chegará a vez destes pseudo defensores afro-mimizentos, e nessa hora, espero que o capeta esteja de excelente humor e saiba julgá-los com o requinte de desprezo, que tiveram por essas crianças e suas famílias, assim como, com outros que não lhes servem de palanque político.
E se eu estiver lá, pagando por meus pecados, será um refrigério para minha alma… olhar e rir de suas desgraças.
Luiz Gustavo Chrispino
Professor, Historiador e Jornalista