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Projeto Parabólica discute a partilha do conhecimento
“O saber que adquirimos não nos pertence, ele deve estar a serviço da luta do combate ao racismo, da desigualdade”, disse Makota Valdina, do Conselho Curador da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, na abertura do Projeto Parabólica na Bahia. O evento foi aberto ontem (19) a noite em Salvador, encerrando um ciclo de dez estados visitados pelo Projeto.
Para a conselheira o momento é singular. “Estamos tendo a oportunidade de participar da construção da cultura em nosso País e a necessidade de capacitação é urgente. Estamos precisando nos apropriar dessa linguagem que até bem pouco tempo atrás não nos pertencia. É preciso saber utilizar as ferramentas, do espaço para depois darmos cara nova a ele. E para isso é preciso sermos solidários, dividir o conhecimento e fazer o dever de casa, sairmos daqui e multiplicarmos as informações”, declarou.
A superintendente de cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Ângela Andrade, também presente na abertura do evento, falou da importância do encontro. “É um excelente exercício para o diálogo. Quando a sociedade apresenta seus projetos ela está dizendo para o Estado o que ela quer e dessa forma poderemos construir juntos uma política para a cultura”.
O diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira , Elísio Lopes, falou do cenário encontrado nos outros Estados em que a Parabólica visitou. “Há muita coisa sendo produzida no âmbito da cultura negra, a produção está fervendo, mas as dificuldades são as mesmas e estamos aqui para dar as orientações, nosso trabalho é esse, viabilizar”, explicou. Elísio também falou do esforço empreendido para reunir técnicos de todas as áreas da Palmares para organizar o encontro, “mas estamos aqui para captar novas idéias”.
Além de Elísio, também estavam presentes o Diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro, Maurício Reis, a procuradora chefe, Dora Bertúlio, a coordenadora do Centro Nacional de Referência Negra, Mércia Queiroz e a representante da Fundação na Bahia, Luciana Mota.
Assessoria de Comunicação da FCP